Depois de dada a volta do costume pelas barracas das t'shirts fomos, relaxadamente, para perto do palco onde assistimos ao concerto dos Kumpania Algazarra.
Os portugueses tiveram a, sempre dificil, tarefa de abrir as hostilidades no palco principal tentando captar a atenção do público que começava a chegar e, pode-se dizer, que cumpriram essa função com distinção. A sua música onde entra a festa, a diversão, a ironia, e as boas vibrações foram como um bom aperitivo para o que se viria a passar a seguir. De repente, começamos a nos aperceber que eles estariam demasiado à vontade com o tempo e pensamos que algo de mau iria a acontecer.
Esse pressentimento tinha razão de ser, fomos informados que os Nouvelle Vague ficaram retidos em França e não viriam actuar, o que me entristeceu, até porque era uma das bandas que tinha muita curiosidade em ver actuar. Se a falta de comparência dos Cansei de ser sexy até foi um "mal-menor" porque deu para ver os Gogol Bordello, esta ausência viria a dar origem que estivéssemos a ver mais 40 minutos de John Butler Trio, o que se até passou bem mas preferia conhecer mais uma banda ao vivo.
O John Butler portou-se à altura, presenteando os espectadores com um grande concerto, recheado de boas vibrações, de improvisações, de um som bem poderoso na percussão, que grande baterista ele tem, e tudo muito relaxado. Depois da intensidade do dia anterior, nada melhor do que ouvir Butler e seus compinchas. Um bom som para este Verão.
Até que chegou o momento mais inesperado...de chapéu à cowboy, de fato, de olhar cabisbaixo, entrou Deus Dylan. O que dizer de Deus Dylan ? Foi, verdadeiramente, um concerto à medida do que eu esperava. Se havia concerto onde me havia preparado conveniente era de Dylan, através de audições dos concertos mais recentes dele, e de leitura de algumas criticas que me chegavam de blogs estrangeiros. Por isso, estava preparado para "aquele" concerto, para o ver só nas teclas, para "aquela" voz que pouco se percebia, para "aquelas " versões irreconhecíveis de algumas músicas, de ele não se dirigir ao público, daquela banda de grandes músicos com escola que fizeram um concerto, acima de tudo, competente. Posso dizer que um dos meus maiores sonhos da minha vida se concretizou: vi Bob Dylan ao vivo e até trouxe um poster como recordação para perpetuar esse momento no meu quarto.
O que não estava preparado era estar ao lado de fãs dos Within Temptation maquilhadas com pó de talco na cara, talvez para disfarçar o seu cérebro cheio de diarreia, a bocejarem no concerto de Dylan e a não o respeitarem. Acabando o Dylan, como os Within Temptation não me diziam nada, afastei-me do local deixando os fãs curtirem o concerto. Mas no concerto do Dylan tive que levar com os comentários parvos das adolescentes com careta cheia de pó de talco a criticarem o Dylan. Se não gostam, afastam-se minhas pequenas cabrazinhas. Gostava de as ver no meio do concerto dos Rage, ou então a irem buscar cervejas no meio do concerto incomodando quem queria ver o espectáculo. Ia tudo pelos ares, eu levei com um liquido qualquer e tudo.
Mas, o certo, é que mesmo nada me dizendo a sua música, os Within Temptation deixaram os seus admiradores satisfeitos, até que fizeram um bom concerto. E a vocalista...sim senhor, muito gira e sensual. De facto, faltou mais vocalistas assim neste Festival.
Por fim, vieram os Buraka Som Sistema, e os concertos deles são sempre o mesmo: é só festa e dançar sem parar até ao fim . Empurrados por um público que lhes prestou uma dedicação imensa os Buraka portaram-se à altura, tendo sido pena a pequena actuação do Pacman, dos Da Weasel, esperava-se mais tempo, mas apenas cantou a " Dialectos de Ternura" e foi logo embora.
Cansados, mas ainda não vencidos, fomos dançar um pouco para a tenda do Palco Metro Stage, onde estava a actuar o DJ Sebastien. Estivemos apenas um bocadinho, mas deu para ouvir versões de canções dos Blur, da Feist, dos Gossip, entre outros. Se fossem assim as discotecas, era bem capaz de sair mais à noite. Mas, o cansaço venceu-nos e não aguentamos muito tempo tendo indo embora pouco depois. No caminho arrependemos-nos de ter ido embora naquela altura porque ouvimos uma trilogia irresistível de canções de grande bandas " Radiohead - The Strokes - Rage Against the Machine", mas o corpo fraquejava.
No dia seguinte haveria mais...
Fotos : Loot
Os portugueses tiveram a, sempre dificil, tarefa de abrir as hostilidades no palco principal tentando captar a atenção do público que começava a chegar e, pode-se dizer, que cumpriram essa função com distinção. A sua música onde entra a festa, a diversão, a ironia, e as boas vibrações foram como um bom aperitivo para o que se viria a passar a seguir. De repente, começamos a nos aperceber que eles estariam demasiado à vontade com o tempo e pensamos que algo de mau iria a acontecer.
Esse pressentimento tinha razão de ser, fomos informados que os Nouvelle Vague ficaram retidos em França e não viriam actuar, o que me entristeceu, até porque era uma das bandas que tinha muita curiosidade em ver actuar. Se a falta de comparência dos Cansei de ser sexy até foi um "mal-menor" porque deu para ver os Gogol Bordello, esta ausência viria a dar origem que estivéssemos a ver mais 40 minutos de John Butler Trio, o que se até passou bem mas preferia conhecer mais uma banda ao vivo.
O John Butler portou-se à altura, presenteando os espectadores com um grande concerto, recheado de boas vibrações, de improvisações, de um som bem poderoso na percussão, que grande baterista ele tem, e tudo muito relaxado. Depois da intensidade do dia anterior, nada melhor do que ouvir Butler e seus compinchas. Um bom som para este Verão.
Até que chegou o momento mais inesperado...de chapéu à cowboy, de fato, de olhar cabisbaixo, entrou Deus Dylan. O que dizer de Deus Dylan ? Foi, verdadeiramente, um concerto à medida do que eu esperava. Se havia concerto onde me havia preparado conveniente era de Dylan, através de audições dos concertos mais recentes dele, e de leitura de algumas criticas que me chegavam de blogs estrangeiros. Por isso, estava preparado para "aquele" concerto, para o ver só nas teclas, para "aquela" voz que pouco se percebia, para "aquelas " versões irreconhecíveis de algumas músicas, de ele não se dirigir ao público, daquela banda de grandes músicos com escola que fizeram um concerto, acima de tudo, competente. Posso dizer que um dos meus maiores sonhos da minha vida se concretizou: vi Bob Dylan ao vivo e até trouxe um poster como recordação para perpetuar esse momento no meu quarto.
O que não estava preparado era estar ao lado de fãs dos Within Temptation maquilhadas com pó de talco na cara, talvez para disfarçar o seu cérebro cheio de diarreia, a bocejarem no concerto de Dylan e a não o respeitarem. Acabando o Dylan, como os Within Temptation não me diziam nada, afastei-me do local deixando os fãs curtirem o concerto. Mas no concerto do Dylan tive que levar com os comentários parvos das adolescentes com careta cheia de pó de talco a criticarem o Dylan. Se não gostam, afastam-se minhas pequenas cabrazinhas. Gostava de as ver no meio do concerto dos Rage, ou então a irem buscar cervejas no meio do concerto incomodando quem queria ver o espectáculo. Ia tudo pelos ares, eu levei com um liquido qualquer e tudo.
Mas, o certo, é que mesmo nada me dizendo a sua música, os Within Temptation deixaram os seus admiradores satisfeitos, até que fizeram um bom concerto. E a vocalista...sim senhor, muito gira e sensual. De facto, faltou mais vocalistas assim neste Festival.
Por fim, vieram os Buraka Som Sistema, e os concertos deles são sempre o mesmo: é só festa e dançar sem parar até ao fim . Empurrados por um público que lhes prestou uma dedicação imensa os Buraka portaram-se à altura, tendo sido pena a pequena actuação do Pacman, dos Da Weasel, esperava-se mais tempo, mas apenas cantou a " Dialectos de Ternura" e foi logo embora.
Cansados, mas ainda não vencidos, fomos dançar um pouco para a tenda do Palco Metro Stage, onde estava a actuar o DJ Sebastien. Estivemos apenas um bocadinho, mas deu para ouvir versões de canções dos Blur, da Feist, dos Gossip, entre outros. Se fossem assim as discotecas, era bem capaz de sair mais à noite. Mas, o cansaço venceu-nos e não aguentamos muito tempo tendo indo embora pouco depois. No caminho arrependemos-nos de ter ido embora naquela altura porque ouvimos uma trilogia irresistível de canções de grande bandas " Radiohead - The Strokes - Rage Against the Machine", mas o corpo fraquejava.
No dia seguinte haveria mais...
Fotos : Loot
2 comentários:
Mais um grande dia!
Antes de mais aviso-te que o link do Dylan está errado e vai parar ao John Butler Trio.
A falta de respeito por parte de algumas pessoas é incrível. Não gostam não vêem. No caso de Dylan por acaso não reparei em nada do que contas, reparei foi em Neil Young. se bem te lembras havia um grupo de pessoas a guardar lugar para Ben Harper e não se calavam.
De resto é mesmo verdade, pessoas constantemente a sair e voltar da multidão para ir buscar cerveja e ir molhando dois ou três pelo caminho.
Queria vê-los passar assim em Rage ;)
E estou contigo se as discotecas passassem aquele tipo de som que ouvimos pelo Sebastian eu também ia mais vezes.
Abraço
O link já está resolvido. o meu pc é um espectáculo. O que vale é que este fim de semana já vai à vida dele :)
No concerto do Dylan estive mais para a frente e vi bocejos,mas, de facto, os do Ben Harper ainda eram mais mal educados. O irónico é que o Neil Young deu um espectáculo muito melhor do que o Ben.
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