31 de dezembro de 2008

vinte e oito promessas fundamentais para o ano de dois mil e nove


cortar os pulsos passando por cada veia,

inundar a cama, voltar a cosê-los em apenas alguns minutos.
aperfeiçoar todas as
técnicas de ressuscitar.
depois, ser para sempre
com a ganância distinta da felicidade

( valter hugo mãe in " Diga Trinta e Três" )

Desejo a todos um excelente 2009 com tudo do bom e do melhor, que consigam concretizar com sucesso todos os vossos objectivos e sonhos, que a alegria possa abençoar a vocês e à vossa família e, como diz o poema, quando algo corre mal que consigam se ressuscitar com uma força imensa para conquistarem toda a felicidade que merecem viver. Beijinhos e abraços para todos, pensamentos positivos e encontramos-nos no próximo ano.

Balanços e resoluções

Mais do que balanços de um ano, que até me correu bastante bem nalgumas coisas, em contraponto a um certo vazio ao nível de outras coisas, como por exemplo coisas relacionadas assim com o coração e sentimentos, ou de resoluções para o próximo ano que depois serão esquecidas na névoa do tempo, o que interessa é que 2009 corra melhor um bocadinho, ou pelo menos igual que já não foi mau, do que 2008.

Foi um ano de construção de muitas, e belas, amizades, um ano de muitos conhecimentos, de muitos objectivos traçados e conseguidos, alguns falhados mas que serviram sempre para aprender, um ano de alegrias, poucas tristezas, de muitas reflexões, de muitas coisas novas, e reavivar outras que estavam esquecidas, tudo vivido com intensidade.

Este ano, ao contrário de outros, acho que era mesmo impossível criar um post com imagens, foram tantas e tantas imagens que ficam deste ano, que era quase impossível fazer um post com todas elas, até porque, neste momento, nem tenho muita paciência para ter aquele trabalho todo. Para o próximo ano, não tenho grandes resoluções, nem sei se terei doze desejos para as passas, se calhar nem as como, tenho sim algumas coisas que gostaria mesmo, e quando digo "mesmo" é porque tem de ser " mesmo", de concretizar mas, e a vida ensinou-me muito isso, passo a passo concretizarei tudo aquilo que quero conquistar. Como diz o outro " O caminho faz-se caminhando", sempre serena e positivamente, sinto que estou a trilhar um caminho o qual possa me orgulhar no futuro.

Vem uma promoção a caminho, vem novos objectivos, vem uma vontade de fechar portas que estão por fechar na minha vida e abrir outras que estão entre-abertas, vem novos, e velhos, sonhos para tentar concretizar e novos, e velhos, defeitos para tentar colmatar.
A vida continua na mesma. O ano é que é outro. E tudo isto passa tão depressa que, o mais importante, é ter a noção e a capacidade de saber moldar esta rapidez à nossa vida e fazer uso dela para que tenhamos tempo de realizar tudo o que desejamos enquanto pudermos. Venha 2009 que já estou pronto para o receber.

PS: Dou-lhe um beijo de boa-noite e ela despede-se fazendo-me este pedido: " Podes pedir para que no próximo ano eu possa saber ler ? ". À meia-noite, será logo dos meus primeiros desejos.

30 de dezembro de 2008

Não é que eu ande com sorte ao jogo, neste Natal até perdi dinheiro no Loto vamos a ver se tenho mais sorte agora, mas, este ano, até nem me posso queixar relativamente aos prémios que tenho vindo a ganhar nos passatempos. Depois de ter ganho isto e isto, eis que agora ganhei isto.Venha ele, que estou ansioso por começar a ler e depois ir ver o filme.

28 de dezembro de 2008

Last night i dreamt...

Há uma certa sacanice na postura de Morrissey. Um estilo canalha e cínico, onde a mistura entre um filho da mãe e um menino bem comportado cria uma certa aura de encanto. Ele tanto pode ser um homem sedutor como um rebelde. É um pistoleiro que, com a sua voz poderosa, dispara palavras em nossa direcção, sendo elas, não conseguimos negar, o espelho das nossas vidas. Ele canta a melancolia e o amor, ou o desespero pela falta dele, com um charme imenso. Com as suas canções não custa nada ser solitário. Até o apreciamos ser. Com um tempo que nos convida a ter a música ao nosso lado para nos aconchegar, ando a ouvir, em repeat, este albúm.







Last night I dreamt
That somebody loved me
No hope, no harm
Just another false alarm

Last night I felt
Warm arms around me
No hope, no harm
Just another false alarm


So, tell me how long
Before the last one ?
And tell me how long
Before the right one ?


The story is old - I know
But it goes on
The story is old - I know
But it goes on


Oh, GOES ON
And on
Oh, goes on
And on

26 de dezembro de 2008

Dos fantasmas dos sonhos

" O mais importante é libertar-me dos fantasmas, pois acarreto com as sombras de todas as coisas a que não tive coragem para colocar um fim. Isso reflecte-se, sobretudo, nos meus sonhos: ao contrário da crença habitual, não me parece que os sonhos sejam dos nossos desejos; cá para mim, acho que os sonhos são o espelho dos nossos horrores, dos nossos piores medos, da vida que poderíamos ter tido se, numa altura ou noutra, não fôssemos incomensuravelmente cobardes. " - João Tordo no seu livro " 3 vidas"


24 de dezembro de 2008


Desejo a todos um excelente Natal, com muita paz, muita saúde, com direito a muitas prendinhas e que a festa tenha toda a alegria possível, sendo que os meus votos são extensivos a toda a vossa família e amigos. Beijinhos com direito a uma vénia para as meninas e abraço sentido aos meninos.

22 de dezembro de 2008

Amores desencontrados




A canção perfeita para cantar, neste Natal, junto à lareira.

e depois de bebidos uns copos, nada como dançar a lambada.


21 de dezembro de 2008

Garden State

Ou um maravilhoso filme que nos fala da mudança, e da coragem de querer mudar, que, por vezes, necessitamos fazer na nossa vida. Basta, para isso, que aconteça o maior motivo para surgir essa mesma mudança: o amor.
Atenção, contêm o sorriso mais bonito de toda a história do cinema: o de Natalia Portman.




Obrigado a ti e a ti pelo empréstimo do filme. Não me esquecerei de vos retribuir emprestando-vos este.

18 de dezembro de 2008

Vai buscar



Com os devidos cumprimentos ao jornalista da RTP que, no final, perguntou se ele queria fazer isto ?

ah...e ao Valdemar Duarte, da TVI, também, que no jogo contra o Sporting teve a tirada " Hulk..lá vai ele...individualista...não passa a ninguém..quer uma bola só pra ele...atenção...golo...muito bem".

...e já agora, ao adepto que, aos 9 segundos deste vídeo, tem aquele elogio ao Lisandro ( ponham mais alto).

Obrigado a todos pela inspiração.



17 de dezembro de 2008

As boas noticias de 2009, continuam a chegar. Tu e tu, encontramos-nos lá ? E quem mais quer vir ?

16 de dezembro de 2008

Analgésico

Depois de, admito, um pouco de desânimo da minha parte pela demora, eis que, afinal, parece que isto vai para a frente. E aparece agora como um analgésico à minha forte constipação que me assola.Venha ela.

15 de dezembro de 2008

De olhos vendados


"Atravessamos o presente de olhos vendados. No máximo, conseguimos pressentir e adivinhar aquilo que estamos a viver. Só mais tarde, quando se desata a venda e examinamos o passado é que nos apercebemos daquilo que vivemos e compreendemos o seu sentido . " Milan Kundera in " O livro dos amores risíveis."

13 de dezembro de 2008

Desafios e prémios

Na blogosfera, assim como na vida, proliferam os desafios e os prémios. Neste meu tempo de "ausência" tive direito a um prémio e um desafio.

O prémio, neste caso, dois prémios, foi-me atribuído pela Tânia, e o desafio foi-me imposto pela Maria Del Sol . Quanto ao prémio, partilho com todos vocês, penso que é injusto premiar quem quer que seja, por muito pouco de valor que este blog tenha, muito ao jeito de um jogador de futebol que ganha prémios individuais e divide-os pela equipa, eu divido por todos aqueles que leio e me influencia.
Quanto ao desafio, o livro que me calhou, foi do próximo que será lido, " O livro dos amores risíveis" de Milan Kundera. A frase reza assim:

" E veio-lhe então a ideia que seria injuriar a mulher recusar esta oferenda, recusar esta terna atenção".

Coincidência, até tem a haver com a atribuição do prémio e do desafio. Nunca poderia recusar a atenção e simpatia destas duas meninas. A todos, sintam-se premiados e desafiados.

11 de dezembro de 2008

Do tempo (da semana que passou )

Vindo de um fim de semana alargado, entre lanche com a malta do costume, jantar de Natal com a malta do ginásio e um jantar com um casal de amigos, onde as notas dominantes, nesses encontros, foram a amizade, a boa disposição e o aconchego de bons momentos passados, a semana que passou foi perita em peripécias que me levaram a afastar um bocadinho daqui. Desde dias onde altos valores se levantaram, até à descoberta de um doce de Natal, tradicional do nosso país vizinho capaz de rivalizar com todos os outros que já comi, até a compra de uma prenda de mim para mim (são as primeiras) depois de ter chegado à conclusão que as que tinha comprado antes ao segundo dia já estavam a descolar, além de me tingirem as meias todas, acabando numa nova função no emprego: a de orientar a nova funcionária que vai começar a trabalhar por lá. Mais do que o tempo que não tive, ou que foi para outras coisas, a paciência e a disposição para escrever umas palavras foram-se diluindo no cansaço dos dias passados. E isto tudo, ainda sem comprar nenhuma prenda para o Natal, avizinhando-se um fim de semana movimentado...


O ano ainda não terminou e já começam as boas noticias de 2009.

10 de dezembro de 2008

Declaração Universal dos Direitos Humanos

Naquilo a que vou chamar, salvaguardando as devidas distâncias e heresias à parte, " o meu momento José Saramago na defesa dos Direitos Humanos" escrevi este texto que também publiquei aqui. Já agora, e para quem não sabe, podem concorrer a este passatempo, para ver se ganham uma obra maravilhosa, apressem-se que o prazo está a terminar. Então aqui fica o texto:

" Impressionados pelas imensas atrocidades, julgavam eles inimagináveis, cometidas pelo Homem, ainda para mais sobre outros Humanos indefesos, os altos dirigentes dos países mais poderosos do mundo decidiram, em conjunto, criar um documento onde pudessem ser incluídos todos os direitos básicos para que esta passagem, principalmente das gerações seguintes, pela Terra, fosse vista como digna e não apenas como uma introdução ao que se pode encontrar na visão daquilo que temos do Inferno.


No dia 10 de Dezembro de 1948, na Assembleia Geral das Nações Unidas em Paris, foi aprovada por unanimidade, esse documento que se viria a chamar “Declaração Universal dos Direitos Humanos”. A Declaração Universal dos Direitos Humanos é o documento mais traduzido em todo o mundo, são imensos os livros que têm como objectivo que ela não seja esquecida na névoa do Tempo, outros livros construíram histórias com base nela para darem lições de moral, outros, ainda, discutem-na e analisam-na ao pormenor.

O mais triste é observar que após 60 anos, comemorados hoje, o objectivo principal para a sua criação seja desrespeitado e maltratado a toda hora, que as gerações seguintes dos dirigentes políticos sejam os primeiros a violentá-la em troca de interesses desleais, rasgando as páginas dos livros onde ela está escrita em troca da ambição humana.
Todos os alertas são poucos para que as páginas desses livros não possam amarelecer no tempo e que o seu cheiro a mofo e o pó possa levar-nos a colocá-la no lixo como se fosse um livro velho e inútil.

Para bem da nossa Humanidade, é necessário sempre divulgá-la como se fosse aquele novo livro do autor que mais mexe com a nossa vida e com os nossos sentimentos. Mas, neste caso, o autor somos todos nós e cabe-nos, todos juntos, tentar mudar a vida de toda uma Humanidade. Porque tentar é sempre o primeiro passo para tudo. Podem consultá-la
aqui.

4 de dezembro de 2008

24 - A redenção de Jack Baeur

Jack Bauer nasceu para a salvação e para o sacrifício. Para a salvação de uma causa dos justos não olhando a meios, sacrificando-se a si próprio e a todos que o rodeiam pelo objectivo o qual traçou defender, custe o que custar. Ele nunca se rende. O mundo, provavelmente, seria mais seguro com um Jack Baeur em todo o lado. Ou talvez não, mas, como diz a Teresa Guilherme, isso agora não interessa nada.

" 24 - Redemption" é um episódio que faz a ligação entre a 6ª e a 7ª temporada de uma das séries que mais aprecio ver ( acima dela, talvez só os grandes The Sopranos) e foi transmitido na RTP2 nesta 4ª feira.

O episódio, alargado de duas horas, funciona com uma introdução à nova temporada que será transmitida apenas em Janeiro de 2009. E posso dizer que é uma introdução espectacular.

Ele consegue criar o tal efeito de " stress psicológico" sobre o telespectador, sempre a tentar adivinhar o que vai acontecer a seguir, que esta série tão bem sabe fazer. Depois abre várias pistas para aquilo que vamos encontrar na próxima temporada, apresenta-nos novas personagens ( como por exemplo, o episódio passa-se no dia da tomada de posse da 1ª presidenta dos EUA, o que não deixa de ser curioso, já que na temporada anterior o presidente foi o primeiro...negro a ser eleito.) e transporta-nos para dentro da história de tal forma que ficamos ansiosos para que a temporada comece o mais rápido possível. Ou seja, cumpre claramente o seu objectivo.

E como não existe a necessidade de "encher chouriços", o ritmo e a velocidade que é dada à história é de tal forma vertiginosa, que até temos medo de ter perdido algum momento importante para o desenrolar da trama.

Mais uma vez, Kiefer Sutherland está em grande e, mais uma vez, a personagem Jack Baeur anda à solta, invencível e obcecado pela defesa dos inocentes. Nunca mais chega Janeiro de 2009.


3 de dezembro de 2008

Este frio da manhã

Punhos cerrados nos bolsos para tentar aquecer as mãos geladas, ( mas nunca as consigo aquecer ), cachecol aconchegado junto ao pescoço fazendo lembrar caricias esquecidas no tempo, casaco apertado até cima, respiração o mais tranquila possível, como se isso impedisse de respirar o frio que quase me corta em dois, braços encolhidos junto ao corpo parecendo que estou a dar um abraço acolhedor a mim próprio.

Como (quase) tudo o que é bom termina depressa, regresso à rotina diária depois de uma semana de descanso. Observo, curioso, as pessoas na rua, os seus movimentos apressados, os seus olhos meio sonolentos, os seus sorrisos já despertos, as mil e uma maneiras de se agasalharem, oiço os "Olá, Bom dia. ", e o " Bom dia. Que frio, não está ?" , o assunto gira à volta do mesmo. O frio. Este frio da manhã.