26 de fevereiro de 2006

And the winner is...

"Philip Seymour Hoffman in Capote "

No dia 5 de Março, na Gala dos Óscares, na categoria de melhor actor, esta frase vai, muito certamente, ser dita com mais ênfase, mais pompa, e depois será acompanhada com as tradicionais palmas e gritos, os cínicos sorrisos amarelos e o abanar da cabeça , afirmativamente, dos perdedores, e os beijos e cumprimentos ao vencedor, e o vencedor desta categoria só pode ser um...Philip Seymour Hoffman .
O filme " Capote " poderá não ser considerado o melhor filme do ano, mas Philip irá ganhar, isto é, se houver justiça nos Óscares, a sua interpretação no filme em questão é irrepreensível, com todos os tiques, as vozinhas, os comentários irónicos, o egocentrismo inflamado do escritor Truman Capote, um escritor que dedicou 7 anos da sua vida à obra-prima " In Cold Blood ", um livro na categoria " romance - não ficção " sobre um assassinato de uma família no Kansas .
No filme Philip " aguenta ", com um á-vontade admirável, todos os olhares que os espectadores pousam sobre ele e esperam sobre um actor que representa a vida de uma personagem polémica, mas que ficamos a admirar, e a ter pena na parte final do filme, porque vive somente para a sua obra .
Sobre o filme, ele também é excelente, e, embora, tenha concorrentes mais fortes na luta, pode também ganhar na categoria de melhor filme e realizador.
Escusado será dizer, que mal saí do cinema entrei logo numa livraria e comprei o livro que dá origem ao filme, " A Sangue Frio", mas isso fica para outra altura, num outro "post" .

18 de fevereiro de 2006


Caminhando sobre o céu...e o inferno
Fui ver o filme " Walk the Line ", o filme que retrata uma parte da vida do grande músico country Johnny Cash, e considero-o magnífico.
Comparando-o com " Ray ", a vida de Ray Charles, este é menos abrangente na história da vida de Cash, apenas conta uma parte específica, enquanto o do Ray Charles vai contando a vida dele até morrer, mas este acaba por ser um filme mais intenso, mais belo, e, até, mais dramático do que " Ray " porque, acima de tudo, conta uma história de amor...uma grande história de amor entre Cash e June Carter, uma cantora americana que Cash apaixona-se até ao seu fim da vida .
É claro que temos o seu começo da carreira, os problemas com as drogas, a infância traumatizada, o pai que nunca lhe reconhece valor, os altos e baixos da sua carreira, mas o romance é explorado até à última cena e, de facto, a razão para este filme existir, mas, na minha opinião, ainda bem que no mundo existem paixões assim que inspiram filmes fabulosos.
Depois, é a música, aquilo que nos leva a amar Johnny Cash, a sua música rebelde, selvagem, onde o caminho entre o céu e o inferno está tão perto que nos leva a pensar em que caminho optamos no fim da nossa vida , música essa que foi, superiormente, cantada por Joaquin Phoenix e Reese Witherspoon .
Resumindo, um grande filme de um cantor fabuloso, tendo a sua vida sido suportada por uma mulher excepcional, e onde saímos da sala de cinema com vontade de conhecer mais da carreira de Cash e a esperar, ansiosamente, pelos Óscares para ver se cabe algum prémio .

9 de fevereiro de 2006



Chama-se " To : Elliot, From : Portland " e é um albúm de homenagem ao grande músico Elliott Smith , cuja vida eterna permanece nos nossos corações.

Descubri na Net o álbum que se destaca pela versão, fabulosa, dos The Decemberists da música " Clementine " , de chorar por mais.

Link útil ( já que não consegui postar a música ) : http://music.aol.com/songs/new_releases_full_cds?defaultTab=19

7 de fevereiro de 2006

TV BUDDHA

O que diz esta fotografia ? Nam June Paik criou o conceito de Video Art, dizendo que a rede de telecomunicações iria ser "uma fonte de novos e surpreendentes empreendimentos humanos".
Uma ideia, hoje vulgarizada com o avanço espectacular da Internet e de todos os seus componentes, mas, sem dúvida, uma ideia visionário quando datamos as suas declarações e observamos que foram ditas em 1974 !
A ver a sua obra no site oficial : http://www.paikstudios.com/ ou em http://www.njpmuseum.org/, onde se pode ver uma retrospectiva da obra deste coreano visionário.

2 de fevereiro de 2006


Richard Swift

Eu já o descobri e fiquei encantado com a sua música bela, simples e pura como a vida.