30 de julho de 2010

29 de julho de 2010

Voltar



O regresso é sempre mais fácil quando vamos para perto do que gostamos.Do Alentejo ficou aquele desejo, que já conhecia, de voltar sempre que puder. Mas agora é tempo de voltar à vida normal e regressar aos "meus lugares", o que é sempre mágico.

Foram dias tranquilos, prazerosos, felizes, retemperadores. E também foram dias de reencontros. Tive um reencontro, através do Facebook, que me fez acordar uma parte de mim, que julgava adormecida, e que me fez, acima de tudo, voltar a reencontrar-me comigo próprio. As férias também servem para isso, para reflectirmos no nosso passado, tentando moldar o presente e programar o futuro.

E, neste caso, uma coincidência inesperada, serviu-me para olhar um pouco para trás na minha vida ( neste caso, recuar 12 anos ) e tentar fazer uma avaliação do que era e do que sou agora. Entre o deve e o haver acho que, com a idade, e com a aprendizagem que o tempo me trouxe, tornei-me em alguém muito diferente do que era, perdoem-me a imodéstia, mais positiva, quer no relacionamento com os outros, quer no relacionamento comigo próprio.

Agora é tempo de aproveitar os últimos momentos de férias para repôr, ainda mais, energias para enfrentar o resto do ano com a mesma coragem, valentia e vontade de vencer que estas férias me trouxeram.


16 de julho de 2010

Destino: Vila Nova de Milfontes


No entanto, aqui, todos os dias, está programado
postar uma canção de um artista/banda que me vai acompanhar nestes dias.

Até dia 28 e portem-se bem na minha ausência.

14 de julho de 2010

O pão nosso de cada dia


Neste caso, o meu e do John...

13 de julho de 2010

Toy Story 3

É impressão minha ou vou ter que convidar a minha prima pequenina para vermos este filme ao cinema, assim não parece tão mal. Corro o risco de vibrar mais do que ela. No fundo, nestas coisas, continuo a ser um miudo. Mas aquela parte do Ken quando vê a Barbie a primeira vez é mesmo de risos.




ah..e ainda tenho para ver o meu adorado Shrek...ai que nunca mais cresço.

Alive'2010


The Drums, Devendra Banhart , Florence & The Machine, The XX , La Roux, Faith No More, Holy Ghost, Mão Morta, Manic Street Preachers ( cumpri um sonho que me perseguia desde muito tempo, vê-los ao vivo. ), Skunk Anansie ( em homenagem à minha adolescência) , Sean Riley & The Slowriders, Gogol Bordello, Pearl Jam ( noite mágica, até mesmo para não indefectiveís) e LCD Soundsystem, uns mais do que outros, uns mais intensos e inesqueciveis do que outros, mas todos eles proporcionaram momentos que irei recordar.

Mas queria partilhar aquele que, para mim, foi o momento que vivi com mais intensidade. MIl vídeos não reproduzem a magia do que se passou ali .Até mais do que "The Everlasting" a minha canção favorita dos Manic Street Preachers, ou qualquer outra deles ( e eles cantaram todas as minhas favoritas) claramente, a banda que eu mais queria ver e que me fez perder The Gossip. Ou melhor, queria dedicar a todos os amigos. A todos que revi. Aos outros que conheci. Também para quem não foi mas gostava de ter ido. Para quem partilhei grandes momentos juntos. Para vocês todos. Para todos, o momento do concerto, que curiosamente vi sozinho, mais vibrei, mais saltei e mais cantei. Para todos " You´ve got the love". O meu.



PS: Skunk Anansie não tiveram direito a fotos, a bateria da máquina terminou. Podem carregar na imagem para ver melhor um bocadinho

7 de julho de 2010

6 de julho de 2010

Plano de férias

1- Tratar do cartão de cidadão único.
2- Correr na praia.
3- Entrar no
"Submundo" de Don DeLillo.
4-Escrever.
5-Deixar crescer a barba por uns dias.
6- Deixar passar o Ben Harper no "Festival Marés Vivas".
7- Ver, finalmente, algumas séries em atraso.
8- Deliciar-me com sardinhas assadas.
9- Comer, alarvamente, ameijoas.
10- Beber groselha com leite fresco.
11-Dançar ao som dos
Virgem Suta.
12- Saltar, cantar, me emocionar, conviver, entre outras coisas no Optimus Alive.
13-Tirar fotografias a tudo o que me aparecer à frente.
14- Desligar o telefone ao chefe e dizer que estou sem bateria.
15- Andar com a minha prima de mãos dadas na praia.
16- Fazer castelos de areia com a minha prima na praia.
17- Jogar à bola na praia.
18- Saltar para a água e gritar " woooooooooowwwwwwww"
19- Fechar os olhos e sentir o sol a queimar a minha pele.
20- Assobiar a canção da
"Maria Clementina" ( está lá o grande Fachada, não está ?)
21- Seduzir.
22- Ser seduzido.
23- Dormir dentro de uma tenda.
24- Rever amigos.
25- Beber sangria em noites quentes.
26- Apreciar a moda dos calções nas mulheres. ( fica-lhes tão bem...)
27 - Não ouvir o lixo radiofónico da RFM.
28- Comer melancia fresca.

29- Retomar o hábito de dormir a sesta.
30- Esquecer que o Patrick Watson vai ao Super Rock.
31-Esquecer que os The National, o Casablancas, o Beirut e os Vampire Weekend também vão ao Super Rock.
32- Ver o "Shrek para sempre".
33- Nadar, nadar, nadar.
34- Ler à noite numa varanda, solitário e com silêncio.
35- Churrascada de amigos.
36-Jogar às cartas até altas horas da noite.
37- Beber chá relaxadamente em noites mais frias.
38- Imaginar as figuras das nuvens.
39- Espreguiçar e ficar novamente na cama.
40- Não usar relógio.
41- Observar o mar.
42- Tomar uma bebida numa esplanada.
43- Não usar jeans.
44- Ler o
livro de poesia do Sérgio Godinho.
45- Tentar escrever Haiku.
46- Perder horas a jogar "cruzadex".
47-Esperar que as férias não sejam interrompidas por causa do trabalho.
48- Ouvir o novo album dos The Soaked Lamb.
49- Uma cerveja fresca ao lanche.

e o melhor de todos:

50- Ter a liberdade de não cumprir os 49 pontos anteriores e fazer o que me apetecer.

4 de julho de 2010

a angústia do banco de jardim


" Um dos problemas actuais das cidades é que elas já não servem para parar. Quando eu era criança as pessoas paravam nas cidades, fosse num café, num banco de jardim, no muro duma casa ou até numa paragem de autocarro. Agora não. Os bancos de jardim estão vazios, as pessoas tomam o café em pé enquanto olham para o relógio e até pelo autocarro esperam em pé, sempre a olhar para um lado e para o outro como se estivessem atrasadas.


Há bocado passei por um banco de jardim e pareceu-me que ele estava angustiado, não só por se sentir inútil mas principalmente por ter saudades das conversas de amor que já não ouve. É que o problema também é esse: as cidades onde as pessoas param são cidades onde as pessoas aprendem a amar, as cidades onde as pessoas não param são cidades de gente só. E o problema da gente só é que esta acaba por estar só mesmo quando não está.

O amor já não nasce numa conversa de banco de jardim. Agora manda-se dois nomes para um número de valor acrescentado e fica-se a saber se as pessoas são compatíveis ou não. Joana e Mário dá setenta por cento e toma-se isso como definitivo. Surpresa. Não é definitivo."

visto aqui