29 de junho de 2010

" Jogar como nunca, perder como sempre "

Voltou o lema que tem sido o nosso fado, se bem que a primeira parte foi melhor do que a segunda. Queiroz convidou os criticos a cairem em cima dele, errando tacticamente, depois de ter estado excelente até àquele fatídico minuto em que tirou Hugo Almeida.

É verdade que nunca teve um banco à altura, nunca teve um Ronaldo ( nem na qualificação, nem no Mundial, nunca foi um líder à altura, provando ser um jogador de clubes e não de selecção), nunca teve um Simão "bigmacmacmacmac" em forma, Pedro Mendes sempre mal, Tiago não é, nem nunca vai ser, um 10 como Deco, fez falta Bosingwa e Nani
, etc. Portugal, dentro do seus limites, acaba por fazer um Mundial normal, pelo plantel que tem.

Parabéns para alguns jogadores que acabaram por fazer um bom Mundial, mas, principalmente, para Eduardo e Fábio Coentrão, sem dúvida os melhores, mas também Ricardo Carvalho, Bruno Alves, Meireles.

A partir de hoje, deixei de ser ateu e estou com Deus, mas tentado em fazer um pacto com o Diabo.


PS. As declarações do Ronaldo indefensáveis e inaceitáveis para quem foi dos piores jogadores portugueses, as polémicas e a lavagem de roupa suja que vamos assistir, o clubismo exacerbado nas opiniões, o ajuste de contas dos jornalistas com o seleccionador, a hipocrisia e o 8 e o 80 do povo português que só mal-diz, tudo isso é o que me leva a vibrar muito mais pelo meu clube do que pela selecção. Por mim, estou de férias oficialmente desde a final da Taça de Portugal. E o meu clube apresenta-se dia 2. Venha a época depressa que já tenho saudades das camisolas azuis e brancas.

27 de junho de 2010

Akinator


O maior responsável deste post é o meu amigo Loot. O jogo é tão simples, como viciante e divertido. Pensa numa pessoa, famosa ou não, responde às perguntas do Akinator que ele, na maior parte das vezes, adivinha. Queres tentar ? Então vai aqui.

PS: Experimentei pensar em mim próprio. Na pergunta " o seu personagem é fofo ?" respondi que sim. É claro que ele adivinhou logo, apontando que era eu. Ele sabe mesmo muito...

23 de junho de 2010

Coisas boas para serem relembradas

Falta apenas uma semana para eu ter direito a quatro semanas de férias. ;)

21 de junho de 2010

Setazero


A frase-chave de jogo: " Não éramos os piores antes e não somos os melhores agora" - Simão Sabrosa.

Nem éramos os coitadinhos que os velhos do Restelo apregoavam a sete ventos, nem somos os maiores por ter goleado a Coreia do Norte. Mas, convenhamos, fizemos uma exibição perfeita, por isso Parabéns Portugal.




Um simples obrigado

Foto : Marcos Borga


"Não é verdade. A viagem não acaba nunca. Só os viajantes acabam. E mesmo estes podem prolongar-se em memória, em lembrança, em narrativa. Quando o viajante se sentou na areia da praia e disse: «Não há mais que ver», sabia que não era assim. O fim de uma viagem é apenas o começo de outra. É preciso ver o que não foi visto, ver outra vez o que se viu já, ver na Primavera o que se vira no Verão, ver de dia o que se viu de noite, com Sol onde primeiramente a chuva caía, ver a seara verde, o fruto maduro, a pedra que mudou de lugar, a sombra que aqui não estava. É preciso voltar aos passos que foram dados, para os repetir, e para traçar caminhos novos ao lado deles. É preciso recomeçar a viagem. Sempre. O viajante volta já."
in "Viagens a Portugal"



É tempo de sacudir a tristeza do nosso corpo, como se estivéssemos a limpar o pó à nossa alma. É tempo de recomeçar. De voltar às suas palavras. De voltar a sorrir, carinhosamente, com as suas frases.


O corpo, reduzido a cinzas, já não habita no nosso Mundo. Já não respira o nosso ar. Agora pertence a um lugar que conquistou com dignidade, muito trabalho e imenso talento. Pertence à eternidade que apenas os grandes génios conseguem alcançar.

Olho para os seus livros na minha estante. Conto-os. São onze. Desses, li mais de metade. Ainda me faltam cinco. Mais aqueles que ainda não comprei. Um dia, irei comprar a todos, prometi a mim num dia longínquo, depois ter fechado um livro seu. Volto a pegar neles, vejo alguns cantos dobrados e sorrio cúmplice de momentos só nossos.

A partir de agora, irei lê-los. Alguns, irei relê-los. Em silêncio. Em segredo. Para que pareça que as suas palavras sejam só minhas. Para o recordar, como se deve recordar todos os grandes escritores.

Neste mundo de incoerentes, irei ter saudades da sua coerência, da sua frontalidade, de não ter medo de dizer a verdade, apenas porque ela é a sua convicção, mesmo que pareça ser só ele a defendê-la.

A partir de hoje, a tua viagem recomeçou. As minhas palavras serão sempre pequenas demais para a grandiosidade do que deixaste. Apenas, um simples obrigado.


18 de junho de 2010

ADEUS


PS. Não consigo dizer mais nada. A tristeza roubou-me as palavras. Felizmente, a sua obra perdurará para sempre.

17 de junho de 2010

Minutos, dias

Todos os dias têm a sua história, um só minuto levaria anos a contar, o mínimo gesto, o descasque miudinho duma palavra, duma sílaba, dum som, para já não falar dos pensamentos, que é coisa de muito estofo, pensar no que se pensa, ou pensou, ou está pensando, e que pensamento é esse que pensa o outro pensamento, não acabaríamos nunca mais.

In Levantado do Chão, Ed. Caminho, 14.ª ed., p. 59
(Selecção de Diego Mesa) - Retirado do caderno online do Mestre.

16 de junho de 2010

29


E pronto. Já despi a camisola nº 28. Poderia ser melhor, mas também não foi mau. A partir de hoje, visto a camisola com o nº 29. Que venha mais um ano.

15 de junho de 2010

Boa sorte, Portugal ( apesar de tudo...)


Hoje, entra em campo, finalmente, Portugal. Desde já faço uma declaração de interesses: nunca fui um grande adepto da selecção. Sou, assumidamente, clubista, a minha selecção é o FCPorto. Sou adepto daquela teoria que li algures de sentir mais o hino do meu clube do que o hino nacional, porque foi com o coração que escolhi o clube que amo, quanto ao país que nasci, não fui eu que o escolhi. É parvo, talvez, mas sou assumidamente parvo, mas não sou, de certeza, falso.

À parte de 2004, porque 2004 foi de facto diferente, vibrei sempre mais ou menos com a selecção, com qualquer treinador, o treinador que vibrei mais foi mesmo o Humberto Coelho, mas com Scolari, a partir de 2004, o meu apoio foi-se desvanecendo ainda mais, e se o meu apoio foi sempre incondicional e com alguma emoção, a partir daí foi-se secando o meu amor à selecção, ao ponto de não festejar os golos.
Mas, claro, nunca desejei a derrota da selecção, mesmo com Scolari porque acho uma tremenda estupidez desejar o mal de uma coisa que se gosta, devido a uma pessoa que apenas passa pelos clubes. Como diz o provérbio, as pessoas passam, o clube fica.

Adiante, mas com a entrada de Queiroz confesso a minha desilusão, não pela pessoa em si, nem pela sua competência que, para mim, é inatacável, mas reconheço que ele não será a melhor pessoa para motivar os adeptos. É verdade que Scolari conseguiu abrir um ciclo muito forte na selecção: o ciclo do circo em volta à selecção. Queiroz ir atrás desse circo desiludiu-me e muito. O picnic do Tony, o circo da música dos Black Eyed Pies, além da sua enorme falta de jeito para conseguir unir, ou talvez animar, o povo em redor à selecção. Por outras palavras, Queiroz não tem jeito para a palhaçada.
Depois existe aquela particularidade que o povo português tem: entre o apoio incondicional a uma coisa e a parolice a linha é muito ténue, e nisso o povo português é o campeão, a sua atitude, como diz e bem Rui Reininho, é sempre a mais parola de todas. Scolari explorou e bem esse lado, Queiroz não consegue alegrar as pessoas com o seu ar tristonho.

Quanto à equipa, em comparação com Scolari, Queiroz também tem azar, o brasileiro herdou a defesa e o meio campo do FCPorto campeão europeu, juntando o melhor goleador de sempre, Pauleta, um Figo no auge da sua carreira e C. Ronaldo a despontar, juntou um, vá lá vou ser simpático, medíocre guarda-redes, um leque de suplentes de categoria e conseguiu duas boas classificações, quer no Europeu, quer no Mundial. Queiroz herdou uma selecção com alguns jogadores em fim de ciclo, a necessitar urgente de uma remodelação, mas a não ter opções com a mesma qualidade. Além da falta de liderança de alguns jogadores que por lá andam.

Por último, Queiroz não tem uma boa imprensa, que está ansiosa, sabe-se lá porquê, para poder desancar em cima dele. No tempo de Scolari quem criticava era contra a selecção, hoje, vejo programas e programas de gente, que nem é de futebol, a criticar de uma forma violenta as opções de Queiroz, e muitas delas a transpirar clubismo por todo o lado, mas a não assumir.

Apesar de tudo, acredito, não num Portugal campeão, mas sim num Portugal ao nível dos campeões. E hoje, mesmo que esteja apenas a ouvir o relato, ou a espreitar na net do pc do trabalho, estarei a torcer pela selecção, à espera que ela me dê uma alegria.
Boa sorte, Portugal.

12 de junho de 2010

I Got a feeling

que isto vale mais por qualquer música dos Black Eye Pyes ou qualquer som de vuvuzela ou publicidade a bancos ou qualquer outra manifestação de apoio à selecção feita por portugueses ( incluindo, claro está, o picnic do Tony)

Futebol também é isto. Pura Poesia.



11 de junho de 2010

Verão


Enquanto o verdadeiro não chega, vou começar a envolver-me neste, depois de me ter dedicado à obsessão de Pamuk.

8 de junho de 2010

Dreamin´man



I'm a dreamin' man,
yes, that's my problem
I can't tell
when I'm not being real.
In the meadow dusk
I park my Aerostar
With a loaded gun
and sweet dreams of you.

I'll always be a dreamin' man
I don't have to understand
I know it's alright.

I see your curves and
I feel your vibrations
You dressed in black and white,
you lost in the mall
I watch you disappear
past Club Med Vacations
Another sleepless night,
a sun that won't fall.

I'll always be a dreamin' man
I don't have to understand
I know it's alright.

Now the night is gone,
a new day is dawning
And our homeless dreams
go back to the street
Another time or place,
another civilization
Would really make
this life feel so complete.

I'll always be a dreamin' man
I don't have to understand
I know it's alright.

Dreamin' man
He's got a problem
Dreamin' man
Dreamin' man
He's got a problem
Dreamin' man.

7 de junho de 2010

O bilhete já cá canta


Do Festival e do Campismo também. Agora é começar a preparar-me, e esperar os horários para decidir o programa das festas.

6 de junho de 2010









É sempre muito bom voltar a visitar Serralves. Respirar aquele ar puro, aquela tranquilidade, aquela alegria diferente que parece ser única. Foi bom rever aqueles espaços verdes cheios de gente, de animação e de verdadeira cultura. As performances inesperadas, as feiras de artesanato, as crianças aos saltos, a Orquestra de Guitarras e de Baixos, os balões, os papagaios que fazem nascer a imaginação, o espectáculo de Jazz do Hot Clube de Portugal ao entardecer deitado na relva, os cornettos que só ali parecem saber tão bem, o blues no Ténis, a Feira do Livro de Arte, e o imenso que ainda ficou para ver, tudo ali se conjuga no verbo " apreciar". Seja sozinho ou acompanhado, Serralves é sempre motivo de prazer.

5 de junho de 2010

Apareçam



e digam qualquer coisa, que puderei andar por lá.

4 de junho de 2010

O meu colega de trabalho acaba de me relatar a conversa que teve, durante o almoço, com um condutor de um carro que queria saber onde era a Rua da Alegria. O problema é que ele disse a mim onde é que era a Rua da Alegria, explicou-me direitinho como se eu não soubesse. Até me deu duas opções. Como se eu não as soubesse. Eu agradeci, pois claro. E agora, dá opiniões nas letras das canções que passam 1001 vezes na rádio. E o sol fabuloso lá fora a convidar uma praia à maneira e eu a ouvir isto. E o trabalho a acumular, pois claro. De facto, cada um tem o que merece, e eu não devo merecer muito mais do que isto.

" Sit Down Beside on Me"



É a nova canção de mr. Patrick Watson. Genial. Como sempre. Versão original, e com melhor som aqui. Versão ao vivo aqui.

2 de junho de 2010

O melhor treinador do mundo é sempre o meu

Depois de Jesualdo Ferreira, a quem muito agradeço os bons serviços prestados, a partir de agora o melhor treinador do mundo é este

Aos adeptos do FCP, espero que não o vejam como cópia do Mourinho, ou que irá conseguir os mesmos feitos que o "special one" teve aqui, até porque são equipas diferentes. Vejam-no como um jovem irreverente, que quer mostrar trabalho, e que depois de 4 anos de gente experiente, abriu-se uma porta e veio uma enorme lufada de ar fresco, gente nova e, acima de tudo, competente. Confio, como sempre, na escolha do meu Presidente, mas fico agradado com a sua aquisição. Preferencialmente, gostava de um treinador estrangeiro, de preferência europeu, mas se a escolha fosse portuguesa, ele seria a minha primeira escolha. E agora o que o Paulo Bento vai fazer a tantas casas que comprou ? E lá vai ter que anular as matriculas das filhas no colégio...

Boa sorte Mister André e que para o ano voltemos a festejar um campeonato, é o que desejo .

1 de junho de 2010

Da selecção

Pior do que ver jogos da selecção com os comentários do Valdemar Duarte, é ver jogos da selecção com os comentários do Valdemar Duarte com as vuvuzelas de som de fundo.