Mais uma década que passou.10 anos é muito tempo. Mas, olhando para trás, vejo que talvez tenha passado depressa. Demasiado depressa. Agora estamos num tempo onde vimos passar a vida, quase ao nosso lado, sem darmos por isso. Vive-se depressa, demasiado depressa para podermos gozá-la como merecemos.
À 10 anos tudo era diferente, tudo parecia ser mais calmo, éramos donos do nosso tempo, a vida era mais relaxada, tínhamos tempo para tudo e agora queremos ter tempo para tudo. “ Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”, como diria o poeta,” muda-se o ser muda-se a confiança, todo o mundo é composto de mudança” completa, acertadamente, o poeta e nós que todos os dias mudamos um bocadinho que seja, somos parte dessa mudança, muitas vezes, sem dar por isso.
À 10 anos era um miúdo tímido, na flor da maioridade, demasiado tímido e introvertido para viver, hoje o meu trabalho obrigou-me a ser mais aberto e agora sou menos, muito menos, tímido do que era, embora ainda tenha as mesmas amarras que me impediam de fazer e dizer algumas coisas.
Era um rapaz que estudava no secundário e tinha todos os sonhos do mundo, entretanto, deixei de estudar, pus os pés no chão e trabalho à 8 anos, começando por ganhar o ordenado mínimo, sendo que agora ganho bem mais à custa de subidas de categoria.
À 10 anos usava cabelo comprido, 10 anos depois rapo o cabelo de 15 em 15 dias, era um míope que usava óculos, hoje sou um míope que usa lentes de contacto, à 10 anos sonhava com um carro, mas nem carta tinha, entretanto tirei a carta, comprei um, novinho, mas depois trai-o logo quando tive a 1ª oportunidade e troquei-o por um melhor.
À 10 anos atrás, apenas tinha os meus avós paternos. Deixei de os ter e já não tenho avós. À 10 anos o amor fazia parte de mim, e era, pensava eu, correspondido, agora já não lembro do que é isso.
À 10 anos, ia uma vez por outra ao Estádio das Antas, era uma festa, entretanto fiz-me sócio do FCP, comecei a ir habitualmente ao Estádio das Antas, posteriormente, fiquei de coração apertado com a sua demolição mas feliz por ter visto erguer o Estádio do Dragão. À 10 anos lembrava-me pouco do FCP ter sido campeão europeu e do mundo. Nestes 10 anos vi o meu clube ser campeão nacional 6 vezes, ganhar 5 Taças de Portugal e Supertaças, ser novamente campeão europeu e campeão do mundo, e vencer a Taça Uefa. O Presidente continua o mesmo, e espero que daqui a 10 anos também esteja.
À 10 anos li-a muito menos, mas mesmo muito menos, do que leio agora. Na música, sempre foi o melhor escape da minha vida, fazia compilações nas k7´s, imaginando programas de rádio, ouvi-a num walkman da Sony, depois veio o discman e agora tenho um Ipod nano que nunca me avariou nos 4/5 anos que o tenho e é o meu companheiro nas caminhadas do dia-a-dia. À 10 anos não sabia muito bem trabalhar com internet, hoje até para o trabalho não posso viver sem ela. No cinema, vejo tantos ou iguais filmes do que naquela altura, a oferta é que é maior. Vi ao vivo Bob Dylan, Nick Cave, Rage Against the Machine, PJ Harvey, Neil Young, Ben Harper, tudo grupos que à uma década atrás apenas sonhava ver. Conheci outras bandas e vi muitos e muitos espectáculos.
À 10 anos era um preguiçoso de primeira e não fazia ginásio, fazia parte de uma direcção de um clube de futebol, agora deixei o futebol, e disfarço a preguiça indo para o ginásio, e fico triste quando não posso ir. E, podem crer, ganhei mais tempo e anos de vida. À 10 anos o mais longe que tinha ido era Espanha, agora o mais longe que fui foi Londres.
Nesta década que findou, nasceu a Patrícia, uma rapariga em familia maioritaria de homens, por isso é o verdadeiro razão de mimo de toda a família, entretanto, e como o tempo passa, já está no primeiro ano da escola. O Fábio ainda era bebé quando a década começou, agora é um bebé grande que gosta de hip-hop, grafittis e verdadeiro animador da familia com as suas anedotas e imitações.
À 10 anos vinha de uma década onde a morte esteve muitas vezes presente, e de forma intensa, na minha casa, agora tudo, felizmente, aliviou e passou essa fase.
Foi uma década de muitas aventuras, algumas perdas, muitos ganhos, de alegrias, de tristezas, muitos sonhos perdidos, alguns concretizados, outros nascidos, uma década de amadurecimento. Iludi e desiludi muita gente, vivi iludido e fiquei desiludido algumas vezes. Ganhei amigos, mas também os perdi, penso que nem ganhei nem perdi inimigos.
Quando olho para trás e vejo o que fui, o que sou, o que vivi, o que não vivi, o que procurei e encontrei, o que perdi, o que ganhei, como ganhei e porquê ganhei, e penso que a minha década foi uma década muito boa.
10 anos é muito tempo, como digo no primeiro parágrafo. Mas passam tão depressa. Não deixem que a vida passe por vós. Porque, no fundo, vida, apenas existe uma. E é nesta que temos de deixar a nossa marca. Porque quando olhamos para trás, já poderá ser muito tarde.
À 10 anos tudo era diferente, tudo parecia ser mais calmo, éramos donos do nosso tempo, a vida era mais relaxada, tínhamos tempo para tudo e agora queremos ter tempo para tudo. “ Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”, como diria o poeta,” muda-se o ser muda-se a confiança, todo o mundo é composto de mudança” completa, acertadamente, o poeta e nós que todos os dias mudamos um bocadinho que seja, somos parte dessa mudança, muitas vezes, sem dar por isso.
À 10 anos era um miúdo tímido, na flor da maioridade, demasiado tímido e introvertido para viver, hoje o meu trabalho obrigou-me a ser mais aberto e agora sou menos, muito menos, tímido do que era, embora ainda tenha as mesmas amarras que me impediam de fazer e dizer algumas coisas.
Era um rapaz que estudava no secundário e tinha todos os sonhos do mundo, entretanto, deixei de estudar, pus os pés no chão e trabalho à 8 anos, começando por ganhar o ordenado mínimo, sendo que agora ganho bem mais à custa de subidas de categoria.
À 10 anos usava cabelo comprido, 10 anos depois rapo o cabelo de 15 em 15 dias, era um míope que usava óculos, hoje sou um míope que usa lentes de contacto, à 10 anos sonhava com um carro, mas nem carta tinha, entretanto tirei a carta, comprei um, novinho, mas depois trai-o logo quando tive a 1ª oportunidade e troquei-o por um melhor.
À 10 anos atrás, apenas tinha os meus avós paternos. Deixei de os ter e já não tenho avós. À 10 anos o amor fazia parte de mim, e era, pensava eu, correspondido, agora já não lembro do que é isso.
À 10 anos, ia uma vez por outra ao Estádio das Antas, era uma festa, entretanto fiz-me sócio do FCP, comecei a ir habitualmente ao Estádio das Antas, posteriormente, fiquei de coração apertado com a sua demolição mas feliz por ter visto erguer o Estádio do Dragão. À 10 anos lembrava-me pouco do FCP ter sido campeão europeu e do mundo. Nestes 10 anos vi o meu clube ser campeão nacional 6 vezes, ganhar 5 Taças de Portugal e Supertaças, ser novamente campeão europeu e campeão do mundo, e vencer a Taça Uefa. O Presidente continua o mesmo, e espero que daqui a 10 anos também esteja.
À 10 anos li-a muito menos, mas mesmo muito menos, do que leio agora. Na música, sempre foi o melhor escape da minha vida, fazia compilações nas k7´s, imaginando programas de rádio, ouvi-a num walkman da Sony, depois veio o discman e agora tenho um Ipod nano que nunca me avariou nos 4/5 anos que o tenho e é o meu companheiro nas caminhadas do dia-a-dia. À 10 anos não sabia muito bem trabalhar com internet, hoje até para o trabalho não posso viver sem ela. No cinema, vejo tantos ou iguais filmes do que naquela altura, a oferta é que é maior. Vi ao vivo Bob Dylan, Nick Cave, Rage Against the Machine, PJ Harvey, Neil Young, Ben Harper, tudo grupos que à uma década atrás apenas sonhava ver. Conheci outras bandas e vi muitos e muitos espectáculos.
À 10 anos era um preguiçoso de primeira e não fazia ginásio, fazia parte de uma direcção de um clube de futebol, agora deixei o futebol, e disfarço a preguiça indo para o ginásio, e fico triste quando não posso ir. E, podem crer, ganhei mais tempo e anos de vida. À 10 anos o mais longe que tinha ido era Espanha, agora o mais longe que fui foi Londres.
Nesta década que findou, nasceu a Patrícia, uma rapariga em familia maioritaria de homens, por isso é o verdadeiro razão de mimo de toda a família, entretanto, e como o tempo passa, já está no primeiro ano da escola. O Fábio ainda era bebé quando a década começou, agora é um bebé grande que gosta de hip-hop, grafittis e verdadeiro animador da familia com as suas anedotas e imitações.
À 10 anos vinha de uma década onde a morte esteve muitas vezes presente, e de forma intensa, na minha casa, agora tudo, felizmente, aliviou e passou essa fase.
Foi uma década de muitas aventuras, algumas perdas, muitos ganhos, de alegrias, de tristezas, muitos sonhos perdidos, alguns concretizados, outros nascidos, uma década de amadurecimento. Iludi e desiludi muita gente, vivi iludido e fiquei desiludido algumas vezes. Ganhei amigos, mas também os perdi, penso que nem ganhei nem perdi inimigos.
Quando olho para trás e vejo o que fui, o que sou, o que vivi, o que não vivi, o que procurei e encontrei, o que perdi, o que ganhei, como ganhei e porquê ganhei, e penso que a minha década foi uma década muito boa.
10 anos é muito tempo, como digo no primeiro parágrafo. Mas passam tão depressa. Não deixem que a vida passe por vós. Porque, no fundo, vida, apenas existe uma. E é nesta que temos de deixar a nossa marca. Porque quando olhamos para trás, já poderá ser muito tarde.
3 comentários:
Dez anos resumidos? Também vou fazer uma tentativa lá no meu estaminé, se não te importas.
Agora importam os próximos dez, durante os quais espero que possamos ir a mais umas feiras do livro, a mais uns jogos do FCP e muito mais...
Abraço
é claro que podes :) agora fiquei curioso, vais ver que é como uma catarse LOL
E, claro, nos próximos anos haverá sempre tardes passadas na Feira do Livro e muitos jogos do FCP.
Abraço
Posso só deixar um reparo? "À dez anos" não está correcto. Tens que usar o verbo haver. Há dez anos.
E gostei, como sempre :)*
beijinho*
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