4 de janeiro de 2010

Lhasa de Sela ( 1972-2010 )

Adormeci sobressaltado. Tive medo que o rumor que o Twitter estava a propagar fosse verdade: tinha morrido Lhasa de Sela. Dormi com medo. Como se ela fosse a da minha família. Acordei e confirmei que afinal a mulher que amparava a minha tristeza, que parecia que cantava as minhas dores, que me fazia sorrir com a sua melancolia, a mulher o qual sempre invejei o seu nomadismo, a sua liberdade de viver, desapareceu deixando-nos um legado imenso de belíssimas histórias cantadas.
A última vez que tinha ouvido falar dela, foi no álbum do Patrick Watson, “ Wooden Arms”, onde ela (en)canta com a sua voz em duas canções.

Aqui ficam alguns exemplos da sua genialidade,



aqui com Patrick Watson ( não encontrei a interpretação de "Wooden Arms" onde ela brilha. Apesar de já doente, ela tem esta interpretação espectacular )



também podem ver uma actuação para o fabuloso site "La Blogotheque " um especial da Lhasa, intitulado " Lhasa, un au-revoir" e podem encontrar uma sua entrevista, muito curiosa, onde ela tem frases maravilhosas, verdadeiras lições de vida, com Carlos Vaz Marques, em 2005, aqui. Se não quiserem ouvir a entrevista, então fechem os olhos e passem à frente até aos 28 minutos, onde ela canta fado.

PS: O post a seguir é uma pequena homenagem minha. Escrevi-o sem qualquer intenção de ser poeta, ou melhor nem sei se é um poema, é, podem vê-lo assim, apenas uma tosca e timida homenagem de um grande admirador.

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