5 de janeiro de 2010

Adiós, La Llorona


Soube da tua ausência deste mundo,
e fiquei perdido no labirinto
que a escuridão me envolveu.

E agora, pergunto-me inquietamente,
para onde vais, Anjo que me secavas as lágrimas
e lambias-me as feridas do amor.

Para onde vais, pássaro esvoaçante,
nómada beija-flôr. Para onde levas
a magia das tuas palavras,
a beleza do teu canto.

O eco cantado da tua dor
embalava o meu sono,
como uma mãe embala a criança
que chora sem parar.

Agora sim, fugiste do teu deserto,
quebraste as fronteiras da vida.

Sonhei que sorriste para mim,
porque
encontraste o caminho do céu dos imortais.



2 comentários:

Tânia disse...

É uma perda muito surpreendente. Quase tão surpreendente como o teu "poema", como lhe chamas. E que tal pensar em 2010 investir mais nessa veia?! É que não te saíste nada mal :)

Carriço disse...

Um campo em que não me atrevo, a poesia. Mas que se sentiu o que escreveste, sentiu. Não é isso o importante?

Abraço