Adiós, La Llorona
Soube da tua ausência deste mundo,
e fiquei perdido no labirinto
que a escuridão me envolveu.
E agora, pergunto-me inquietamente,
para onde vais, Anjo que me secavas as lágrimas
e lambias-me as feridas do amor.
Para onde vais, pássaro esvoaçante,
nómada beija-flôr. Para onde levas
a magia das tuas palavras,
a beleza do teu canto.
O eco cantado da tua dor
embalava o meu sono,
como uma mãe embala a criança
que chora sem parar.
Agora sim, fugiste do teu deserto,
quebraste as fronteiras da vida.
Sonhei que sorriste para mim,
porque encontraste o caminho do céu dos imortais.
2 comentários:
É uma perda muito surpreendente. Quase tão surpreendente como o teu "poema", como lhe chamas. E que tal pensar em 2010 investir mais nessa veia?! É que não te saíste nada mal :)
Um campo em que não me atrevo, a poesia. Mas que se sentiu o que escreveste, sentiu. Não é isso o importante?
Abraço
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