27 de janeiro de 2010

Nas Nuvens


Se há um filme recheado de ironias esse será “ Nas nuvens”. Desde o inicio somos confrontados com essas ironias, e até ao final vamos ser conduzidos até à ironia principal: quem defendia a vida de solidão, é quase obrigado acabar por defender o contrário. É caso para dizer, é muito giro estar sozinho e fazer uma vida solitária, até altura em que conhecemos alguém que nos muda a vida. A verdade é simplesmente essa, por muito que nós, solitários, vamos tentando nos convencendo do contrário, sendo também o leitmotiv do filme.

Disfarçado de comédia romântica quando nos apercebemos que nada disso acontece (que ironia…), “ Nas Nuvens” consegue ser bem-humorado, dramático, tocando nos pontos essenciais, nunca caindo nas lamechices habituais neste género de filme, mostrando a realidade de muita gente. Foi dos filmes que mais gostei de ver num cinema nos últimos tempos.

O que não é ironia, é a brilhante ( mais uma...) interpretação de George Clooney, a surpreendente Anna Kendrick e a beleza de Vera Farmiga, mas isso já tinha dito aqui.

Um filme para ver, com uma excelente banda sonora (confesso: arrepiei-me a ouvir Elliott Smith. Mas haverá algum dia em que não fique arrepiado ?), saindo da sala com a garantia de duas horas muito bem passadas.


3 comentários:

Tânia disse...

Começo a ficar fã deste realizador: primeiro o Juno que amei de paixão e agora este que ainda não vi mas já toda a gente viu e do qual toda a gente diz bem.
Já está em lista de espera, talvez no próximo fim de semana :)

pegueitrinquei disse...

Curioso como não achei nada disso. A crítica realmente é óptima, mas é um filme que a mim não me deixou a pensar em nada de especial ou a sentir algo. Procuro sempre isso nos filmes e com este não aconteceu. Valha-nos o Clooney.

Desnorteada disse...

O filme é muito bom mesmo! :) e a tua crítica descreve isso mto bem... devias ter um blog tb de cinema! :P A personagem do Clooney é brutal! Adorei a história...