31 de agosto de 2009

Noites Ritual ( 2º acto )

( Hot Pink Abuse)

( Mão Morta)

(Andrew Thorn)

( Blind Zero)

( Os Pontos Negros )

O mesmo tempo perfeito para deambulações nocturnas, mas desta vez com muito rock’n’roll, de todas as gerações, à mistura com grupos menos conhecidos com componentes electrónicas.


Hot Pink Abuse – Um colectivo com uma menina bem “selvagem” na liderança, um pop-rock electrónico bem esgalhado com promessas de uma carreira que poderá ter um futuro interessante se mantiver a atitude demonstrada naquele espaço pequeno, mas muito bonito.

Os Pontos Negros- Acompanhados por uma legião de fans dedicados deram um concerto de puro rock’n’roll sempre com guitarras estridentes, muito comunicativos e bastante empenhados em não perderem oportunidade para brilhar.
Com letras engraçadas, contando situações da vida, com ironia e humor qb, Os Pontos Negros podem vir a ser o futuro do rock’n’roll em Portugal. Curiosamente, mostraram um som bem diferente daquele apresentado no álbum, ao vivo a comparação com os The Strokes parece fazer menos sentido, mas ganham ainda uma maior intensidade.

Paul da Silva – mais um concerto a qual a atenção não foi muito, um pop/rock duro mas pouco original. Serviu para descansar para outras emoções.

Blind Zero – Arrisco a dizer que foi o melhor concerto das Noites Ritual, a par com os Mão Morta. Em ritmo de uma festa para amigos, a jogar em casa, os Blind Zero apresentaram um concerto muito consistente, com canções antigas, como se fosse um best-of, misturando alguns temas do novo álbum, e uma versão de “ Where is my mind” dos Pixies” mostraram uma máquina bem oleada e a promessa de um grande álbum. Com Miguel Guedes muito emocionado por regressar a um Festival o qual esteve ausente 11 anos, parece-me que os Blind Zero estão a regressar em grande.Foi bom relembrar os meus tempos de adolescência onde idolatrava esta banda.

Andrew Thorn – João Pedro Coimbra,dos Mesa, mostrou um rock electrónico muito frenético, com atitude muito boa, muito comunicativo e sempre a puxar pelo público. Estou curioso em ver como este projecto irá crescer.

Mão Morta- Com um som muito poderoso, os Mão Morta, tal como os Blind Zero, deram um concerto puro e duro, revisitando a sua carreira Com uma legião de fãns bem maduros e muito conhecedores da sua vasta obra, Adolfo Luxúria Canibal mostrou o porquê de ter a fama de ser um enorme entertainner, verdadeiro agitador de massas, sempre pronto para a loucura. Mas desenganem-se quem pensa que os Mão Morta é apenas o vocalista, eles são um grupo que valem pelo seu conjunto, com grandes músicos, principalmente a baixista que debita um som muito poderoso que parece marcar ritmo às canções. Adorei vê-los e espero poder vê-los novamente.

Venha o próximo, de preferência, no mesmo local.

30 de agosto de 2009

Noites Ritual ( 1º acto)

As Noites Ritual demonstraram que a cidade do Porto necessita de mais festivais destes, com boas bandas, muito público, num espaço lindo (que esperamos não seja assassinado pelo capitalismo) e, de preferência, com duas noites quentes e perfeitas de Verão. A minha história do Noites Ritual’09 reza assim:


One Man Hand – Um Legendary Tiger Man de 2º categoria, com canções que falam de mulheres, noites e alcool, bem ao velho estilo de blues/rock ,com momentos bem agradáveis. A seguir atentamente a sua carreira.

Foge Foge Bandido – Poderá ter sido uma grande desilusão para a maior parte dos espectadores. Não porque Manel Cruz e a sua plebe estivessem mal, muito antes pelo contrário achei-os mais soltos, mais cool e mais jazzisticos do que Paredes de Coura ( o que é muito bom em noites amenas de Verão), mas sim pela sua curta duração. 35 minutos não chega para degustar a música do Manel. Soube a pouco.

Noiserv – O, passe o exagero, Andrew Bird português (comparação mais pela costela de multi-instrumentista, embora pense que ele não rejeitará essa comparação) portou-se à altura do hype que tem à sua volta. Com muito público curioso e atento em o ouvir, David Santos esteve muito bem (apesar de, pareceu-me, ter tido alguns problemas de som), um som suave, intimista, com uma luminosidade imensa, com canções brilhantes e bem bonitas. Curioso é mesmo o seu espectáculo visual, à medida que vai cantando, uma ilustradora vai desenhando imagens num computador que, por sua vez, nos vai mostrando, criando um ambiente bem acolhedor. Tenham atenção a este nome.

Dead Combo- Saíram do festival com o meu epíteto de “ banda que mais quero ver novamente “, mas, de preferência, num concerto só deles, evitando os espectadores mais interessados em conversar do que ouvir, e com mais tempo de concerto. Duas guitarras ( ou, por vezes um violoncelo e uma guitarra), sem vozes, deram um espectáculo intenso, criando “imagens” na nossa mente. Por momentos, sentimo-nos num deserto americano, com paisagens à lá “Paris, Texas”, por outros fomos levados para os filmes de cowboys de Clint Eastwood, e por outros fomos apenas desaguando em águas agitadas e nocturnas em terras áridas. Acabaram o concerto com uma versão de “Temptation” de Tom Waits, prometo que irei postar aqui esse momento, quando me passarem o vídeo que gravei.

Peltzer – Foi mais para descansar, do que para ver o concerto. Sentados no chão apenas se ouviu um rock intenso, com som duro, algo atractivo, mas que se esqueceu no momento em que terminou o concerto.


Deolinda- São canções que são histórias (ou histórias em formas de canções?) com marca bem tipicamente portuguesa e que, por causa delas, os jardins do Palácio de Cristal estiveram lotados. Deram um bom espectáculo, à sua maneira, Ana Bacalhau alia a sua voz perfeita para aquele estilo musical com uma engraçada interacção com o público que estava completamente rendido. Têm valor, estiveram muito bem, mas confesso ainda não foi desta que saí fã deles.

PS. Fotos todas de minha autoria, com excepção de Deolinda que retirei do LastFm. A bateria falhou nesse concerto...ah e se quiserem podem carregar em cima delas para melhor visualização.

28 de agosto de 2009

Noites Ritual

Apareçam...e digam qualquer coisa.

26 de agosto de 2009

Late Night with Jimmy Fallon



À noite, quando chego a casa, depois do trabalho e do ginásio, nada melhor do que jantar vendo o Late Night, de forma descontraída, agora com Jimmy Fallon, um comediante que muito me tem surpreendido pela positiva. Começou devagarinho, quase a medo, a herança era tremenda, mas agora vê-se que está a ter arcaboiço para o programa.

Não tem o tipo de humor tão negro, táo ácido, tão politicamente incorrecto ( se bem que aquela canção contra o Barack Obama está a demonstrar que anda a sair da casca) como tinha o Conan, apesar de tudo O'Brien continua a ser ENORME, Jimmy Fallon é um humor muito cool, com pose muito elegante, muito boazinha mas como não quer a coisa vai dando a suas bicadas.

Aquele programa com o Tiger Woods, jogando ambos a Wii é hilariante, além de ter-me feito inveja jogar a Wii deve ser muito divertido.
Continua com grandes convidados, e com grandes bandas a tocarem ao vivo, e a interacção com o público tem sido sempre divertida.

ah..o melhor de tudo é que ali não se fala da Gripe A, nem do Ronaldo. Só por causa disso, mesmo que naquela hora fosse a Oprah eu via na mesma.

25 de agosto de 2009

American Splendor


"American Splendor" é um maravilhoso biopic de Harvey Pekar, um solitário e neurótico arquivista cuja vida é um enorme bocejo e cujas metas a curto prazo andavam à volta da compra de LP's de música de jazz ou revistas de BD que colecciona obcecadamente. Mais ou menos igual o que se passa comigo e com os cd's do Tom Waits.

Até que um dia, quase sufocado por tantas frustrações decide criar uma BD underground inspirada na sua vida com personagens e factos reais. Curiosamente, como não sabe desenhar pede a vários desenhadores que o retratem o que dá origem a várias imagens de si próprio.

Apesar de se manter no seu emprego, consegue ter um enorme sucesso dentro do público sendo dos maiores argumentistas americanos de BD, embora a sua vida continue a ter as mesmas frustrações de sempre, incluindo um enorme drama que enfrenta com uma força que lhe era desconhecida.

O filme ultrapassa todas as regras convencionais dos biopics, seja porque o próprio Pekar entra no filme, comentando-o, de forma ácida e irónica como só ele sabe, ou porque tem o seu quê de documentário, com entrevistas aos amigos que ele caricaturava nas bd's, o que dá um registo diferente, mas muito curioso e eficaz, nunca antes visto, ou melhor tentado, no cinema.

Paul Giamatti, como sempre, com uma interpretação fabulosa, tem aqui o papel que, justamente, catapultou-o para a fama de Hollywood, assim como Hope Davis que interpreta uma fã especial, tem uma participação muito boa.

Desenganem-se quem pensa que é um filme virado apenas para os admiradores de BD, até porque conseguimos nos ver ao espelho nalgumas coisas, assim como pensam que vão encontrar uma comédia ligeira, muito antes pelo contrário.

Aqui fica o trailer


24 de agosto de 2009

Desabafo minimal

A vida é assim...

Encolher os ombros, erguer a cabeça, olhar decidido e seguir em frente.

E era apenas isto...

23 de agosto de 2009

Gelado de Verão



O (meu) sabor deste Verão: sourvet de manga. Ando viciado.

22 de agosto de 2009

Woodstock: 40 anos ( e uma semana) depois

Pensado, originalmente, como um Festival de Arte e Música para apenas 180 mil pessoas, o Woodstock, que se realizou entre 15 a 18 de Agosto de 1969, ultrapassou todas as expectativas da organização, cerca de 500 mil pessoas assistiram ao Festival criando imensos problemas, e prejuízo, à organização, desde logo os engarrafamentos criados pelos imensos carros, os quais impediam que as bandas chegassem a tempo das actuações, para isso a solução foi mesmo requisitar helicópteros para transportar os músicos e seus roadies.

O Woodstock foi muito mais do que um simples Festival de música, e muito mais do que droga, lama e libertinagem conforme o sempre quiserem reduzir mentes mais conservadoras, como prova disso, é mesmo o facto de ter existido apenas duas mortes ( um atropelamento e uma morte por congestão) e não ter existido quaisquer sinais de violência ( contrariamente ao que aconteceu em 1999).

Numa época onde a repressão e a falta de liberdade se fazia sentir mais do que nunca, o Festival Woodstock funcionou como um grito de alerta capaz de rasgar preconceitos, silêncios e medos, fazendo com que o mundo abrisse os olhos para o que se estava a passar, principalmente num pequeno país na Ásia com o nome de Vietname. Foi ali que começou a despontar verdadeira “liberdade” da qual tanta gente lutava.

Mas, no fundo disto tudo, existe sempre a arte servindo como uma comunhão de todos os presentes, ali a música era o que mais interessava, artistas como Joe Cocker ( numa actuação brilhante), The Who , Neil Young, Still & Crosby, Ravi Shankar, Joan Baez ( que actuou grávida de 6 meses), Santana, Grateful Dead ( tocaram durante a chuva, com os elementos da banda a levarem choques eléctricos ),Country Joe McDonald
, Jefferson Airplane, etc.

Mas,quando se fala em Woodstock existem sempre dois nomes que nos vem à memória, nomes incontornáveís do rock e os quais ficariam imortais.

Primeiro a mulher,



autêntica felina do rock, Janis Joplin deixou saudades pela sua música e voz inesquecível. Reza a lenda, que se apresentou no Woodstock bastante nervosa devido ao imenso público que a esperava, mas, quando se soltou, deu um concerto à sua maneira, ou seja, fabuloso.

depois, o Senhor, mais precisamente aquele que fechou o Festival




Jimmi Hendrix dispensa apresentações, Deus da guitarra eléctrica, era para ter actuado no Domingo à noite, mas com a interrupção do festival devido à chuva, apenas actou, com cerca de 25 a 30 mil pessoas a assistir, no inicio da manhã de Segunda-feira. Bem vistas as coisas, o que há de melhor do que ouvir Jimmy Hendrix logo ao nascer do sol ?


PS: este post era para ser publicado sábado, dia 15, justamente o dia do aniversário da realização do Festival mas problemas com a net impediram-me de cumprir este desejo. Quem se mete com incompetentes como é a PT e a Clix está sempre sujeito a isto. Mas isso agora passou, muda-se de operador e assunto resolvido. Adeus Clix, olá netcabo. Quanto ao post nunca poderia ser eliminado, a referência ao Festival tinha de ser, obrigatoriamente, feita.


20 de agosto de 2009

Já tenho.

Não poderia deixar de o comprar. Apenas me falta o vinil. Qualquer dia...

19 de agosto de 2009

A minha ausência

Não estou com Gripe A, não estou de férias, não fugi do país, não fui preso, se bem que isso possa acontecer se os INCOMPETENTES, e outros nomes que já os chamei mas fica mal dizer aqui, dos funcionários das empresas Clix e, principalmente, Portugal Telecom não me vierem arranjar as linhas telefónicas que eles próprios estragaram, nos próximos dias. Entretanto, vou comprando uns tacos de basebol à lá Tarantino ( que estreia o filme amanhã e que, neste fim de semana, não vou perder) para ver se eles vêm cá depressa ou não.


12 de agosto de 2009

11 de agosto de 2009

O trailer do filme que mais desejo ver *



Ultima aparição de Heath Ledger, elenco de luxo, história recheada de misticismo e magia e, mais importante, Mr. Tom Waits no papel de Diabo. Que mais se poderia pedir ?

* - ok, ainda há o do Tarantino, mas esse está quase. Sem esquecer o "Alice no País das Maravilhas" de Tim Burton, mas esse é apenas para o ano.

9 de agosto de 2009

Raúl Solnado ( 1929-2009 )

Quando desaparecem pessoas como o Raúl Solnado não podemos deixar de sentir sempre um enorme vazio. Solnado, com as suas dezenas de personagens, habituou a estar sempre connosco, habituamos-nos a precisar de sorrir com ele, ainda hoje, por muitas vezes que já tenhamos ouvido as suas piadas, rimos da mesma maneira como se fosse a primeira vez daquelas piadas inesqueciveís. Sem um palavrão, sempre cortês, afável e bonacheirão, Solnado foi sempre visto como se fosse uma pessoa da nossa familia. Por isso mesmo, ele estará sempre nos nossos corações. Até sempre, Raúl.

Paredes de Coura - 3º acto

Com a miss Cat Power e o seu "The Greatest" como companhia, lá fomos para o 3º dia onde começamos a pensar numa banda que cabia bem na próxima edição do Festival, entre muitas outras, ficamos a pensar que esta cabia nem que uma luva e lá enfrentamos as curvas e contra-curvas imaginando como seria lindo ouvir ao vivo esta canção ( vejam também em acústico, como é maravilhosa ). Também foi o dia em que inscrevi uma coisa na minha memória para sempre: os corsários não servem para tudo. Para o Festival de Paredes de Coura, uns jeans são bem precisos, muito frio eu passei neste dia, e, ainda por cima, o dia mais calmo, valeu-me os The Hives para aquecer.

Foi o dia mais cedo que chegamos ao Festival, tudo por causa deste senhor

Manel Cruz no seu projecto Foge, Foge, Bandido. Não havia melhor hora para ver/ouvir Manel Cruz e seus compinchas do que o pôr-de-sol e, melhor ainda, deitado em plena relva. Manel Cruz, neste projecto, já não é o animal de palco que era nos saudosos Ornatos Violeta ou nos Pluto, agora é o mestre de cerimónias atrás de uma parafernália de instrumentos que nos vai embalando com as suas palavras sempre certeiras, com um humor ácido e inquietante, falando sobre o amor e o desamor, politica, a vida em geral.

Sempre com a sua simplicidade impressionante, seguido por uma legião de fãs imensa com lição bem estudada ( deve ter sido o concerto que se realizou àquelas horas com mais gente), Manel Cruz, apesar da ausência da sua Borboleta, deixou o seu perfume melódico inebriar o público de Paredes de Coura. Espero o seu regresso, e em grande, nas Noites Ritual.

The Right Ones A bifana estava boa. Quentinha e dentro de um pão bem grande. Com mostarda lá dentro, que eu próprio coloquei mas muitas pessoas tinham lá posto as mãos, mas não lavei depois as mãos por causa da Gripe A. Uma cerveja ( a 2 €???) a acompanhar, pois claro,que me foi dada por uma menina simpática, mas que não lavei as mãos depois por causa da Gripe A. Foi um jantar bem saboroso...ah..a música, no meio de tanta coisa a música ficou pelo caminho. Quero dizer, o concerto foi dos mais fraquitos, ou isso, ou talvez fosse a bifana que estava boa demais,mas os The Right Ones pouco puxou pelo público.

Já os Howling Bells



deram um bom concerto, nada de muito transcendente, mas tiveram uma reacção bem calorosa do público ao que correspondiam com simpatia e boa música, principalmente, a vocalista Juanita que tinha uma figura que fazia lembrar, nem de propósito uma Cat Power mas mais menina, ou seja, era uma menina muito gira , fartou-se de sorrir e nós para ela, porque quando uma menina sorri não podemos deixar de sorrir para ela. Bem, gulosices à parte, é uma banda a ter debaixo de olho.

Jarvis Cocker



Um concerto extraordinário deste inglês, qual crooner sedutor dos novos tempos ( teve até direito a uma prenda de uma fã: umas cuecas de lingerie, as quais agradeceu embora não as servisse), com pose cool e descontraída, bastante comunicativo com o público, dizendo até várias palavras em português e "adivinhando" o nome dos fãs da 1ª fila antes de arrancar para a fabulosa canção " Angela", com uma banda de suporte muito profissional e de excelentes músicos, o ex-líder dos Pulp demosntrou que mesmo a solo continua a demonstrar um talento invejável. Dos melhores concertos do Festival. Depois, o 2º melhor concerto do Paredes de Coura


The Hives Quem melhor para fechar o Festival do que eles ? Prometeram não falar espanhol, e em troca falaram em sueco ( nem quero pensar no que ele terá dito…) e deram uma verdadeira lição de como se dá um concerto vibrante. Eu, que nestas coisas do rock´n´roll sou um exagerado, digo que se eles viessem cá, não os poderia perder novamente. Foram momentos de pura diversão, saltos, alegria, sorrisos e muita comunhão entre o público e a banda, como provaram os momentos da última música onde o público não deixava a banda sair e os The Hives emocionados se abraçavam. Momentos inesquecíveís para quem lá esteve. deram um concerto diferente daquele que vi no ano passado, nota-se uma maior amadurecimento da banda, para melhor. Pena a agressividade dos seguranças que mais pareciam estar a segurar, e a mandar de forma muito rude para o chão, um saco de batatas do que rapazes e raparigas jovens que apenas queriam curtir o momento.

Para o ano há mais !!!


PS: Mais uma vez, carregando nas fotos podem vê-las em grande. Falando em fotos, há mais e algumas bem fixes, outras nem tanto, nos próximos tempos vou colocando aqui, quando me lembrar, algumas. No entanto, se alguém quiser de algum grupo em especial, apitem que eu posso fornecer.

6 de agosto de 2009

Paredes de Coura - 2º acto

Desta vez os escolhidos foram mesmo os Nine Inch Nails, como banda sonora no carro, para desafiar as curvas e contra-curvas.

Depois de termos perdido os Mundo Cão ( por problemas logisticos, não nos deixaram entrar comida, por isso voltamos para trás, a vida está demasiada cara para pôr comida no lixo ) ,

vimos um bocadinho dos Portugal, The Man

mas a minha atenção não foi a melhor, vi um concerto razoável, mas o artista não era nada comunicativo, apesar do público estar participativo, foi dos concertos mais fracos que por lá vi, pareceu-me um pouco deslocado, mas, admito, que tenha sido porque não tomei a devida atenção ao concerto.

Seguiram-se os
Blood Red Shoes

Um homem na bateria, uma mulher na guitarra, por vezes canta ela, outras vezes ele, algumas os dois ao mesmo tempo, brincadeiras à parte, deram um excelente concerto, esta sim, a minha verdadeira surpresa do Festival. Tiveram momentos de puro rock´n´roll, a esgalhar com um público bastante participativo. Uma banda da qual vou procurar saber mais alguma coisa. Paredes de Coura também é isto. A descoberta.

Peaches
Um concerto sexualmente (quase) explicito, ao estilo de uma Madonna de outros tempos, levando ao rubro um público principalmente as primeiras filas que tiveram oportunidade de vê-la cantar no seu meio, e alguns até aproveitaram para a apalpar de forma descarada originando momentos de pura gargalhada. Foi um verdadeiro espectáculo dentro do espectáculo, Peaches esteve em grande mostrando a sua enorme forma, fazendo jus à sua fama de grande artista, principalmente, ao vivo.

Mas a noite estava destinada para os Nine Inch Nails

Trent Reznor ( que fiquei a admirar bastante depois de ler a sua entrevista ao Blitz e conhecer os seus projectos) e seus compinchas não desiludiram, antes pelo contrário, dando um concerto poderoso, com um som excelente ( aliás, não existiu em nenhum concerto algum problema de som) pondo o público rendido ás evidências: são uma grande banda, ao vivo são arrasadores e mesmo que não sejam muito comunicativos e que o espectáculo em si nada traga de novo, e original a música fala por si. Nunca fui um verdadeiro fã dos N I N, até Paredes de Coura, pena é termos visto um dos seus últimos espectáculos.

5 de agosto de 2009

Paredes de Coura - 1º acto

Dizer que o festival de Paredes de Coura é diferente de todos os outros pode soar a pedantismo, mas só vivendo de perto todas as emoções envoltas naqueles dias de liberdade, de comunhão, de música, de beleza, é que podemos compreender o que é o ambiente em sua volta.
Paredes de Coura é único, e, pelo menos uma vez na vida, toda a gente deveria sentir a sua magia. Como já foi quase tudo dito, principalmente pelo Blitz, aqui vai um pequeno resumo de como vivi o Festival.

Dia 1

Com os Supergrass a rolar no carro, e depois de curvas e mais curvas e contra-curvas que me deixou um pouco enjoado, de uma entrada no recinto à vontade, a saga de concertos começou pelos The Horrors


Apresentaram um rock obscuro que fazia vénias, imensas vénias, aos Joy Division, mas que por vezes tinha a agressividade dos velhos tempos de Nick Cave, deram um bom concerto, embora a sua música nada tenha de original, onde o melhor momento foi uma música de homenagem aos Parkinsons interpretando uma música quase punk.

Depois seguiram-se os esperados Supergr
ass


Pena o público não conhecer mais esta b
anda que demonstrou ser uma das mais consistentes ao vivo, não desiludindo, ainda por cima, com o guitarrista a falar, e bem, português. Pela reacção positiva, acredito que foi das maiores surpresas para muitos espectadores, para mim, foi uma recordação da adolescência e um sinal que, provavalmente, o brit-rock ainda pode renascer em força.

Franz Ferdinand – “ Find me and follow me” pediram eles no refrão de “ The Dark of Matinée”, a primeira canção, e a plebe não lhes pouparam apoio. O título, seguido de muito perto dos The Hives, de melhor concerto do Festival de Paredes de Coura 2009 pertence-lhes de pleno direito, em virtude de um espectáculo recheado de momentos altos, de pura euforia ( eu ia dizer loucura…), com o público fora de si ( “ Take me out” foram daqueles momentos que não se definem em palavras), e com os elementos da banda a divertirem-se imenso.

Jogaram os trunfos, leia-se singles mais conhecidos, muito cedo, mas aguentaram-se sempre em grande, depois de terem acabado a 1ª parte do concerto com 3 elementos a tocar bateria ao mesmo tempo, despediram-se do público a dar vivas aos anos 80, onde, por momentos, o recinto parecia ter virado uma Festa Revivalista de Disco Sound.

Dia 2 de Dezembro voltam a Portugal, ao Campo Pequeno, mas, pela 1ª vez, em nome próprio e eu…sim,estou a pensar em cometer uma loucura. Mochila ás costas, meto-me no comboio e lá vou eu.

Em azul, links para os myspaces das bandas ou para momentos do concerto dos Franz Ferdinand como testemunha da loucura. Carregar nas fotos para ver em grande.

4 de agosto de 2009

O Paredes de Coura numa canção




Eyes

Boring a way through me

Paralyse

Controlling completely

New

There is a fire in me

Fire that burns

Fire that burns


This fire is out of control

I'm going to burn this city

Burn this city

If this fire is out of control

Then i

I'm out of control

And i burn


Eyes

Burning a way to me

Overwhelm

Destroying so sweetly

New

There is a fire in me

Fire that burns

Fire that burns


This fire...


Quem fez este vídeo estava mesmo pertinho de mim, embora eu possa estar um pouquinho mais à frente. Segue reportagem dos dias de Paredes de Coura quando tiver as fotos.