30 de agosto de 2009

Noites Ritual ( 1º acto)

As Noites Ritual demonstraram que a cidade do Porto necessita de mais festivais destes, com boas bandas, muito público, num espaço lindo (que esperamos não seja assassinado pelo capitalismo) e, de preferência, com duas noites quentes e perfeitas de Verão. A minha história do Noites Ritual’09 reza assim:


One Man Hand – Um Legendary Tiger Man de 2º categoria, com canções que falam de mulheres, noites e alcool, bem ao velho estilo de blues/rock ,com momentos bem agradáveis. A seguir atentamente a sua carreira.

Foge Foge Bandido – Poderá ter sido uma grande desilusão para a maior parte dos espectadores. Não porque Manel Cruz e a sua plebe estivessem mal, muito antes pelo contrário achei-os mais soltos, mais cool e mais jazzisticos do que Paredes de Coura ( o que é muito bom em noites amenas de Verão), mas sim pela sua curta duração. 35 minutos não chega para degustar a música do Manel. Soube a pouco.

Noiserv – O, passe o exagero, Andrew Bird português (comparação mais pela costela de multi-instrumentista, embora pense que ele não rejeitará essa comparação) portou-se à altura do hype que tem à sua volta. Com muito público curioso e atento em o ouvir, David Santos esteve muito bem (apesar de, pareceu-me, ter tido alguns problemas de som), um som suave, intimista, com uma luminosidade imensa, com canções brilhantes e bem bonitas. Curioso é mesmo o seu espectáculo visual, à medida que vai cantando, uma ilustradora vai desenhando imagens num computador que, por sua vez, nos vai mostrando, criando um ambiente bem acolhedor. Tenham atenção a este nome.

Dead Combo- Saíram do festival com o meu epíteto de “ banda que mais quero ver novamente “, mas, de preferência, num concerto só deles, evitando os espectadores mais interessados em conversar do que ouvir, e com mais tempo de concerto. Duas guitarras ( ou, por vezes um violoncelo e uma guitarra), sem vozes, deram um espectáculo intenso, criando “imagens” na nossa mente. Por momentos, sentimo-nos num deserto americano, com paisagens à lá “Paris, Texas”, por outros fomos levados para os filmes de cowboys de Clint Eastwood, e por outros fomos apenas desaguando em águas agitadas e nocturnas em terras áridas. Acabaram o concerto com uma versão de “Temptation” de Tom Waits, prometo que irei postar aqui esse momento, quando me passarem o vídeo que gravei.

Peltzer – Foi mais para descansar, do que para ver o concerto. Sentados no chão apenas se ouviu um rock intenso, com som duro, algo atractivo, mas que se esqueceu no momento em que terminou o concerto.


Deolinda- São canções que são histórias (ou histórias em formas de canções?) com marca bem tipicamente portuguesa e que, por causa delas, os jardins do Palácio de Cristal estiveram lotados. Deram um bom espectáculo, à sua maneira, Ana Bacalhau alia a sua voz perfeita para aquele estilo musical com uma engraçada interacção com o público que estava completamente rendido. Têm valor, estiveram muito bem, mas confesso ainda não foi desta que saí fã deles.

PS. Fotos todas de minha autoria, com excepção de Deolinda que retirei do LastFm. A bateria falhou nesse concerto...ah e se quiserem podem carregar em cima delas para melhor visualização.

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