22 de fevereiro de 2009

CHE

A primeira parte do retrato de Ernesto “ Che” Guevara, realizado por Steven Soderbergh, dá-nos a conhecer o ingresso de Che no grupo que viria a derrubar o ditador Batista, e uma viagem, e uma entrevista televisiva, já como governante de Cuba, aos EUA, filmado de forma exemplar a preto e branco.

Ficamos sempre com a sensação que falta algo a “ Che – O Argentino”, é assim que se chama a primeira parte do filme, por isso espero ver a segunda parte deste biopic de um dos maiores mitos, (o maior?) do século XX para dar uma opinião mais completa.

Benicio Del Toro está brilhante, sendo impressionante a sua parecença física com El Comandante, e para já, sinto que existiu um certo cuidado do realizador em não “ mexer no mito”, ou seja, Che , e isso pode ser mau agoiro porque sou mais a favor de personagens mais “humanas “, está sempre certo, não cometendo erros, sempre a favor dos mais justos. E quem diz isto, é um grande admirador de Che, ou não tivesse lido, durante a minha adolescência, quase todas as coisas que me apareciam à frente sobre a sua vida.

Nesta primeira parte está lá, quase, tudo, retratado, como conheceu Fidel, o preconceito dos revolucionários em serem liderados por um argentino, os aflitivos ataques de asma que quase o levavam à morte, o seu espirito de liderança, a sua obediencia cega à causa, etc, como factos históricos, pelo menos daqueles que eu desconhecia, interessante ver a liderança de Fidel Castro, e a forma como Che subiu na escala, começou por baixo, foi, várias vezes, passado para trás por Fidel, muitas delas injustas parecendo que Fidel adivinharia que Che iria ser um mito, ou isso, conforme digo atrás, é mais uma tentativa de glorificar, ainda mais, a personagem principal. Aguarda-se, ansiosamente, a segunda parte deste biopic que, nota-se bem, foi realizado por um grande admirador.

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