Era uma vez um menino que se chamava Bruno. O pai dele tinha em emprego muito importante, era um soldado muito conceituado e cujo seu valor o chefe, um senhor com um bigodinho ridículo que se chamava Fúria, reconhecia e tinha grandes planos para o seu futuro. Um dia mudou de casa. Saiu de Berlim, onde adorava brincar com três amigos no jardim e escorregar pelo corrimão da sua grande casa. O sitio para onde mudou chamava-se Acho-Vil. Bruno não gostava de viver ali, sentia-se sempre muito só, mas um dia ele quis explorar esse sitio, o sonho dele era ser explorador, e viu "um pontinho que se transformou numa mancha que se transformou num vulto que se transformou num rapaz ". E esse rapaz tinha um pijama às riscas. Assim como muitas outras pessoas que lá viviam com esse rapaz. Ele chamava-se Shmuel, um nome que " parece o vento a soprar". Bruno e Shmuel ficaram amigos e juntos querem partilhar uma aventura...
Qualquer descrição que tente fazer, nunca conseguirei transmitir com exactidão a imensa beleza que este livro tem nas suas páginas. Aliás, como diz na parte de trás " esta é uma história especial e muito dificil de descrever. " Posso acrescentar que Fúria é sinónimo de Fuhrer, e que Acho-vil é sinónimo de Auschwitz, o que já desvenda um pouco mais daquilo que vamos encontrar neste maravilhoso livro que se lê num só fôlego, mas pedindo por mais.
A visão do narrador é-nos transmitida de forma simplificada, como se fosse dirigida a crianças, aliás a colecção onde este livro está inserido é mesmo numa colecção destinada para crianças, mas é um livro para todas as idades e que deveria ser lido por toda a gente.
É um livro com um final um pouco amargo, mas com uma lição para a vida, que mais parece ser uma ópera-trágica, ou talvez uma peça de teatro dramática, penso até que seria uma história que iria resultar bem em cima de um palco. Espero que alguém tenha a ideia de transformar isto numa peça de teatro, ou num filme porque histórias destas merecem serem eternizadas no tempo de todas as maneiras.
Naquelas páginas cujo tempo nunca irá apagar a sua beleza, estão inscritas palavras que merecem serem lidas, relidas, guardadas para sempre, passadas entre gerações e nunca esquecidas tudo porque "... nada poderá voltar a acontecer. Não nos dias de hoje, não na época em que vivemos".
A visão do narrador é-nos transmitida de forma simplificada, como se fosse dirigida a crianças, aliás a colecção onde este livro está inserido é mesmo numa colecção destinada para crianças, mas é um livro para todas as idades e que deveria ser lido por toda a gente.
É um livro com um final um pouco amargo, mas com uma lição para a vida, que mais parece ser uma ópera-trágica, ou talvez uma peça de teatro dramática, penso até que seria uma história que iria resultar bem em cima de um palco. Espero que alguém tenha a ideia de transformar isto numa peça de teatro, ou num filme porque histórias destas merecem serem eternizadas no tempo de todas as maneiras.
Naquelas páginas cujo tempo nunca irá apagar a sua beleza, estão inscritas palavras que merecem serem lidas, relidas, guardadas para sempre, passadas entre gerações e nunca esquecidas tudo porque "... nada poderá voltar a acontecer. Não nos dias de hoje, não na época em que vivemos".
9 comentários:
Por acaso acabei há bem pouco tempo a minha última leitura. Se me cruzar com este numa livraria, vou folheá-lo com atenção. Parece merecedor duma oportunidade. :)
Beijinhos!
Parece-me mais uma boa sugestão tua ;)
Agora ando a ler um que penso que já leste o "Pura Anarquia" do Woody Allen.
Abraço
maria del sol - e qual foi a tua última leitura ? ( admito, sou um curioso )
loot - já li o " Pura Anarquia", assim como toda a obra de Woody Allen. Adoro a sua escrita onde mistura o humor e a ironia de forma genial .
Foi "A Queda", de Albert Camus. Adorei. Andava há uns tempos com vontade de regressar a este autor (adorei "O estrangeiro", que li quando tinha 17 anos) e ainda bem que o fiz. :)
Também li " O estrangeiro" à algum tempo ( julgo que cerca de 4/5 anos atrás) e gostei muito, mas não voltei a ler Camus. Um dia destes, tenho de voltar às suas obras.
Oh, que ternura.
Bem sei que não perguntaste, mas ando a ler a obra de Miguel Torga, de seguida, estou perdida de amores pelo homem.
E ando numa luta com autores germânicos, e não consigo levar nenhum livro até ao fim...
wish me luck!
Que interessante, ainda hoje estive numa feira de livros usados e estive a folhear o " Novos contos da montanha" e pensei " um dia tenho de ler Torga" e agora falas-me de Torga :)
Quanto a autores germânicos, gosto muito de Hesse, aprecio Goethe ( embora já o tenha lido mesmo à muito tempo ), Grass é um dos próximos escritores a ler e, assim de repente, não me lembro de mais nenhum. Boa sorte para as tuas leituras.
Adorei este livro, um dos melhores que li este ano, e também não encontro palavras para o definir... É mesmo "...muito especial e dificil de descrever" mas tu conseguiste expressar bem, gostei muito de ler a tua opinião!
Voltarei.
O livro é muito bom adorei lê-lo. Dá uma perspectiva de outra vivência de vida diferente da vida actual.
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