23 de janeiro de 2007

Eles vão voltar



Um dia a minha mãe achou um walkman e tinha lá dentro uma k7. Ouvi o grupo com curiosidade e comecei a adorar aquilo que estava a ouvir, só que havia um grande problema : não sabia quem eles eram.
Mostrei a K7 a um amigo que adorava o estilo de música que rolava, e ele disse-me que o grupo chamava-se Rage Against the Machine.
Nos tempos de adolescência é normal haver sempre uma altura em que se precisa de gritar bem alto para se fazer ouvir, de agir, de começar a ter ideias e ideais e os Rage com o seu som poderoso e as suas palavras de ordem, formaram-me um pouco o meu pensamento político e as minhas ideias sobre o mundo, procurando as soluções para que este mundo seja mais justo, mais solidário, mais humano. Ainda me lembro os meus cadernos de escola escritos com as palavras de ordem dos Rage e encadernados com as suas imagens. No fundo, na minha " escola política " os Rage foram os meus professores porque me guiaram até aos mestres.
Dentro do seu género, os Rage foram das melhores bandas de sempre, os seus elementos são dos melhores e as suas palavras de ordem as mais certeiras.
Separaram-se e saíu o vocalista e letrista Zack de la Rocha e entrou Chris Cornell formando, com os outros 3 elementos, os Audioslave. Apesar de um grande 1º álbum, o 2º veio demonstrar que os Audioslave não chegavam aos calcanhares dos Rage, ou Cornell, apesar de ser um grande cantor, nunca fez esquecer Zack de la Rocha, nem nunca escreveu tão certeiro como Zack.
Em tempos conturbados politicamente como são os de agora, os Rage irão voltar porque o mundo precisa das palavras de ordem deles.


Lights out, Guerrila Rádio it's back


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