13 de junho de 2009

A Feira

( Foto: página Facebook da Feira do Livro do Porto )

Duas presenças bastaram para visitar a Feira do Livro e trazer uma catrefada de livros a bons preços e nem foi preciso gastar muito*.

Boas notícias para a cidade do Porto, os bons preços da feira voltaram, e, apesar de preferir o Palácio de Cristal, embora sem aquelas tendas, confesso que me surpreendeu positivamente a disposição da Feira. Defeitos, apenas dois: um, que depende da organização: continuo a pensar que fechar às 20:30 ho
ras é estúpido. Segundo, já não depende da organização, falta espaços verdes, mas esse problema foi causado pelo Sr.Arq. Genial Siza Vieira, por isso ele é que é o grande génio, nós apenas temos direito aos lamentos...

Vamos às compras: na primeira vez vieram nos sacos, do grande Eça de Queiroz, dois volumes ( a um preço maravilhoso) de duas edições antigas de “ Páginas de Jornalismo – “ O Distrito de Évora ( 1867)” , edição organizada pela Lello & Irmão Editores, depois História Natural do Futebol” de Álvaro Magalhães da Assírio & Alvim ( porquê tudo da Assírio é tão perfeito ? O catálogo, as edições, etc) “ Bons Augúrios de Neil Gaiman e Terry Pratchett e o livro de bolso ( que é mais barato) de Hotel Memória do João Tordo ( o livro que estou a devorar, depois de ter adorado As 3 vidas do mesmo autor. ).

Na segunda vez, já tive companhia de um casal amigo e, pois claro, foi um final de tarde bem mais divertido . Curiosamente, foi onde (as segundas vezes são sempre assim)
trouxe mais coisas, a saber: aproveitando a promoção " Leya 4 pague 3" , vieram A Feiticeira de Florença de Salman Rushdie, E se eu gostasse muito de morrer de Rui Cardoso Martins, O homem lento de J. M. Coetzee e, este tinha obrigatoriamente de vir, Canário” de Rodrigo Guedes de Carvalho. Por fim, voltei à Assírio & Alvim e comprei os dois livros da série O Japão no Feminino” , um é relativo aos poemas Tanka – do século IX ao XI e outro é relativamente à poesia " Haiku- séculos XVII a XX". De que tratam estes livros ? Depois falo deles, num post futuro.

Enfim, e lá se foi mais outra Feira do Livro ( acaba Domingo, mas estarei fora do país até lá), com muitas vantagens e desvantagens ( disso falarei aqui, um dia destes), e com livros suficientes para não comprar durante muito tempo.

Quero dizer, dia 15 sai o novo do Chico Buarque, o-b-r-i-g-a-t-ó-r-i-o...

Depois parece que a Leya vai lançar o primeiro livro do Rushdie...

E tem a Agustina que queria tanto conhecer a sua obra…

E o Cortazar com mais um livro…

e o Pamuk…

e quero ler a poesia do Torga...

e…

e…


* - esta parte é para evitar ouvir sermão da Mamacita.


4 comentários:

Madrigal disse...

O que eu me ri a partir do " Com livros suficientes para não comprar durante muito tempo..."
eu sei que não tem piada, mas como eu digo sempre o mesmo depois de comprar vários livros, acabei por achar piada. lol
ler é um vício como outro qualquer com a diferença que não faz mal à saúde só à carteira. :)

catarina disse...

mesmo arriscando ouvir sermão, tenho que dizer que a literatura em Portugal continua caríssima. à excepção de algumas colecções de material e encadernação propositadamente fracos, de forma geral o preço dos livros é exagerado e fora do alcance do salário médio português. e digo isto quer como consumidora (viciada!), quer como autora. pudesse eu intervir no assunto, e as minhas sombras custariam exactamente menos 10 vezes do que aquilo que na realidade custam. e ainda assim seriam caras!...

Carriço disse...

Dizer o que se poupou em vez do que se gastou é sempre uma boa solução! :)
E Espanha, estava no sítio?

Abraço

Menphis disse...

Madrigal - pois...quem gosta de ler, por muito que se controle, acaba por dizer o mesmo, embora saiba que não vai fazer isso.


Catarina - concordo plenamente contigo. A literatura ainda está com preços demasiado altos para a bolsa de quem gosta de ler. Vai-se aproveitando estas feiras. A propósito, não vi lá o teu livro. estive a ver o stand da tua editora mas não vi lá o teu.

Carriço - é verdade, sempre poupei alguma coisinha :). E Espanha lá estava solarenga e tranquila como sempre.