Duas presenças bastaram para visitar a Feira do Livro e trazer uma catrefada de livros a bons preços e nem foi preciso gastar muito*.
Boas notícias para a cidade do Porto, os bons preços da feira voltaram, e, apesar de preferir o Palácio de Cristal, embora sem aquelas tendas, confesso que me surpreendeu positivamente a disposição da Feira. Defeitos, apenas dois: um, que depende da organização: continuo a pensar que fechar às 20:30 horas é estúpido. Segundo, já não depende da organização, falta espaços verdes, mas esse problema foi causado pelo Sr.Arq. Genial Siza Vieira, por isso ele é que é o grande génio, nós apenas temos direito aos lamentos...
Vamos às compras: na primeira vez vieram nos sacos, do grande Eça de Queiroz, dois volumes ( a um preço maravilhoso) de duas edições antigas de “ Páginas de Jornalismo – “ O Distrito de Évora ( 1867)” , edição organizada pela Lello & Irmão Editores, depois “ História Natural do Futebol” de Álvaro Magalhães da Assírio & Alvim ( porquê tudo da Assírio é tão perfeito ? O catálogo, as edições, etc) “ Bons Augúrios “ de Neil Gaiman e Terry Pratchett e o livro de bolso ( que é mais barato) de “Hotel Memória” do João Tordo ( o livro que estou a devorar, depois de ter adorado “ As 3 vidas” do mesmo autor. ).
Na segunda vez, já tive companhia de um casal amigo e, pois claro, foi um final de tarde bem mais divertido . Curiosamente, foi onde (as segundas vezes são sempre assim) trouxe mais coisas, a saber: aproveitando a promoção " Leya 4 pague 3" , vieram “ A Feiticeira de Florença” de Salman Rushdie, “ E se eu gostasse muito de morrer” de Rui Cardoso Martins, “O homem lento” de J. M. Coetzee e, este tinha obrigatoriamente de vir, “ Canário” de Rodrigo Guedes de Carvalho. Por fim, voltei à Assírio & Alvim e comprei os dois livros da série “ O Japão no Feminino” , um é relativo aos poemas “ Tanka – do século IX ao XI” e outro é relativamente à poesia " Haiku- séculos XVII a XX". De que tratam estes livros ? Depois falo deles, num post futuro.
Enfim, e lá se foi mais outra Feira do Livro ( acaba Domingo, mas estarei fora do país até lá), com muitas vantagens e desvantagens ( disso falarei aqui, um dia destes), e com livros suficientes para não comprar durante muito tempo.
Quero dizer, dia 15 sai o novo do Chico Buarque, o-b-r-i-g-a-t-ó-r-i-o...
Depois parece que a Leya vai lançar o primeiro livro do Rushdie...
E tem a Agustina que queria tanto conhecer a sua obra…
E o Cortazar com mais um livro…
e o Pamuk…
e quero ler a poesia do Torga...
e…
e…
* - esta parte é para evitar ouvir sermão da Mamacita.
4 comentários:
O que eu me ri a partir do " Com livros suficientes para não comprar durante muito tempo..."
eu sei que não tem piada, mas como eu digo sempre o mesmo depois de comprar vários livros, acabei por achar piada. lol
ler é um vício como outro qualquer com a diferença que não faz mal à saúde só à carteira. :)
mesmo arriscando ouvir sermão, tenho que dizer que a literatura em Portugal continua caríssima. à excepção de algumas colecções de material e encadernação propositadamente fracos, de forma geral o preço dos livros é exagerado e fora do alcance do salário médio português. e digo isto quer como consumidora (viciada!), quer como autora. pudesse eu intervir no assunto, e as minhas sombras custariam exactamente menos 10 vezes do que aquilo que na realidade custam. e ainda assim seriam caras!...
Dizer o que se poupou em vez do que se gastou é sempre uma boa solução! :)
E Espanha, estava no sítio?
Abraço
Madrigal - pois...quem gosta de ler, por muito que se controle, acaba por dizer o mesmo, embora saiba que não vai fazer isso.
Catarina - concordo plenamente contigo. A literatura ainda está com preços demasiado altos para a bolsa de quem gosta de ler. Vai-se aproveitando estas feiras. A propósito, não vi lá o teu livro. estive a ver o stand da tua editora mas não vi lá o teu.
Carriço - é verdade, sempre poupei alguma coisinha :). E Espanha lá estava solarenga e tranquila como sempre.
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