Numa sala repleta de gente conhecida e bem vestida (por momentos, pensei que teria sido convidado para um casamento VIP) Miss Polly Jean Harvey, agora partilhando os créditos com, o excelente músico diga-se, Mr. John Parish, além dos fabulosos companheiros de estrada, com destaque para o irrequieto baterista, mostrou o seu outro lado.
O lado angélical, repleto de sombras e cores negras, o qual já tínhamos visto no seu ultimo álbum a solo.
Agora PJ Harvey já não é a leoa selvagem que calça botas à cowboy, mini-saia, de guitarra em punho, que disparava canções como se fossem balas, transformou-se numa gatinha que canta palavras doces, que serpenteia, descalça, o seu corpo frágil pelo palco fora, que sorri inocentemente, que brinca com a sua voz...e que voz, ou melhor, que vozes que habitam dentro de si ! Ora num registo doce, ora em falsete, ora num registo mais grave, ora num registo mais duro (aquele o qual mais nos habituamos a vê-la/ouvi-la), a voz de PJ Harvey encontrou o espaço certo para originar momentos de pura beleza.
Foi estranho ver a selvagem PJ neste registo, fica aquela sensação que faltava ali alguma coisa, embora ela ainda tivesse canções à moda antiga, mas quem ouviu atentamente o álbum já contava com um concerto assim, apesar de, crer-me parecer, as canções perderem todo o poder e a crueza do rock, mas ganhando uma doçura folk, quase outonal, que encanta. Se quiserem ver alguma coisa vejam através deste link*, porque, ou muito me engano, ou não haverá vídeos espalhados no Youtube e afins, este público era bem educadinho. Quanto ao espaço em si, posso dizer que fiquei encantado com a Casa da Música, a cidade deve-se orgulhar do espaço e do prestigio que já alcançou nessa Europa fora ( havia muita malta estrangeira ) e que, contrariamente ao que ouvi aí, penso que a acústica esteve excelente, talvez tenha sido do lugar onde estive, não sei. Ficarei à espera do seu regresso, agora a solo, seja num registo rock duro ou mais intimista, mas um concerto da PJ Harvey valerá sempre a pena.
fotos : Cristina Pinto Pinto do jornal Blitz
*- Quero uma PJ Harvey a dançar assim para mim.
O lado angélical, repleto de sombras e cores negras, o qual já tínhamos visto no seu ultimo álbum a solo.
Agora PJ Harvey já não é a leoa selvagem que calça botas à cowboy, mini-saia, de guitarra em punho, que disparava canções como se fossem balas, transformou-se numa gatinha que canta palavras doces, que serpenteia, descalça, o seu corpo frágil pelo palco fora, que sorri inocentemente, que brinca com a sua voz...e que voz, ou melhor, que vozes que habitam dentro de si ! Ora num registo doce, ora em falsete, ora num registo mais grave, ora num registo mais duro (aquele o qual mais nos habituamos a vê-la/ouvi-la), a voz de PJ Harvey encontrou o espaço certo para originar momentos de pura beleza.
Foi estranho ver a selvagem PJ neste registo, fica aquela sensação que faltava ali alguma coisa, embora ela ainda tivesse canções à moda antiga, mas quem ouviu atentamente o álbum já contava com um concerto assim, apesar de, crer-me parecer, as canções perderem todo o poder e a crueza do rock, mas ganhando uma doçura folk, quase outonal, que encanta. Se quiserem ver alguma coisa vejam através deste link*, porque, ou muito me engano, ou não haverá vídeos espalhados no Youtube e afins, este público era bem educadinho. Quanto ao espaço em si, posso dizer que fiquei encantado com a Casa da Música, a cidade deve-se orgulhar do espaço e do prestigio que já alcançou nessa Europa fora ( havia muita malta estrangeira ) e que, contrariamente ao que ouvi aí, penso que a acústica esteve excelente, talvez tenha sido do lugar onde estive, não sei. Ficarei à espera do seu regresso, agora a solo, seja num registo rock duro ou mais intimista, mas um concerto da PJ Harvey valerá sempre a pena.
fotos : Cristina Pinto Pinto do jornal Blitz
*- Quero uma PJ Harvey a dançar assim para mim.
2 comentários:
Pois... "sala repleta de gente conhecida"... por isso é que os bilhetes esgotaram tão depressa!
Enfim... tenho inveja de quem foi, adoraria ter visto o concerto.
:) Que lindo!
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