Dei comigo a pensar se não seria melhor viver noutro país. Num país onde a cultura não seja para as massas, ou para alguns tipos de massas, seja lá o que isso for, mas sim para todos nós, de todas as cidades, interessados em "consumir" essa mesma cultura.
Dei comigo a pensar se não seria melhor viver noutra cidade, numa cidade onde a palavra "cultura" estivesse para lá daquilo que os shoppings oferecem. Dei comigo a pensar o porquê dos dois filmes que mais queria ver, no momento, não terem estreado nas salas do Porto.
Tenho pensado muito... É melhor encolher os ombros conformado.
Dei comigo a pensar se não seria melhor viver noutra cidade, numa cidade onde a palavra "cultura" estivesse para lá daquilo que os shoppings oferecem. Dei comigo a pensar o porquê dos dois filmes que mais queria ver, no momento, não terem estreado nas salas do Porto.
Tenho pensado muito... É melhor encolher os ombros conformado.
3 comentários:
Acontece tantas vezes. E o que ainda vai safando a coisa é o cinema do Shopping Cidade do Porto, mas não chega para as encomendas.
Abraço
Muito simples. Se estiveres preparado para enfrentar um clima totalmente diferente do teu e se realmente queres mudança, muda de país. Mas não fiques por estes lados - vai tudo dar ao mesmo. Escandinávia, Canadá, Dinamarca, Luxemburgo, Holanda... Aí sim, sentirias a verdadeira mudança. Passarias de uma cultura do Eu, para uma cultura de população, as coisas funcionariam bem melhor e terias acesso a muitas mais coisas.
A mudança é radical e o clima influencia muito. Mas é a única maneira. Portugal é igual a muitos outros, com a diferença de ser, pequenino e ter menos capacidade económica graças a isso.
É uma crítica legítima, e que ainda por cima se mantém inalterada desde os tempos do Eça, que já naquela altura dizia que Portugal era Lisboa e o resto era paisagem.
E a mentira que nos vendem é que a cultura é para as massas. Nada mais falso. O que os governos querem para as massas é qualquer coisa que lhes adormeça os cérebros e lhes refreie o sentido crítico, para que nada mude. Por isso, infelizmente, a cultura continuará sempre mais ou menos como uma coisa minoritária.
(Todo este discurso soa mal dito por quem mora em Lisboa, mas a verdade é que mesmo cá podia fazer-se muito mais do que se tem feito até agora...)
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