6 de julho de 2009

No outro dia, quando soube da morte de Michael Jackson, fiquei com saudades dos tempos onde as noticias não corriam desta forma tão velozes, isto porque só soube daquela noticia comprando o jornal no dia seguinte, naquela altura não tinha acesso à Internet e só quando li a primeira página, é que fiquei a saber o que quase todo o mundo já sabia. Achei curioso, saber a noticia da morte do rei da geração MTV daquela maneira, como se fosse mesmo um epílogo.

Mas, neste fim de semana, deu para sentir as infinitas vantagens da Internet, o FLIP - Festa Literária Internacional de Paraty terminou neste fim de semana, e mesmo a muitas horas de distância, através de um link podemos ver, ouvir e nos deleitarmos com algumas conversas de grandes escritores que por lá estiveram.
Destaque, óbvio, para Chico Buarque que fala do seu último livro, e para a conversa maravilhosa de António Lobo Antunes sempre irónico, mordaz mas com um grande sentido de humor. A não perder.

2 comentários:

Madrigal disse...

Obrigada pelo link. Sinto muita vontade de ler os livros do Lobo Antunes, mas ainda não tomei coragem para o fazer, vejo que não são fáceis e eu penso que ainda não estou preparada. Cada vez que vejo entrevistas sinto-me fascinada pelas palavras dele.
Os novos tempos são fantásticos a nivel das tecnologias, mas penso que os media cada vez mais exploram as noticias até ao tutano, e fazem noticias onde eles não existem. Se o Michael tivesse morrido, há dez anos atrás, diziam que ele tinha morrido e davam uma pequena reportagem sobre a vida dele, nada de directos, de entrevistas com porteiros de hotel onde ele esteve, pessoas que são fãs, etc, etc.
Quando o Kurt Cobain morreu limitaram-se a dizer isso mesmo e ele era tão famoso como o Jackson. Além de ter tido importância para o grundge, acho que se chama assim...
E logo espera-nos a novela ( eu chamo-lhe assim) Cristiano Ronaldo haja paciência!!

Menphis disse...

Madrigal, penso que vale a pena conhecer a escrita de António Lobo Antunes. Aconselho a começares pelas crónicas da Visão e pelos primeiros livros dele, aí, tenho a certeza, irás ficar rendida à sua escrita. E não tenhas medo de abandonar um livro dele, é o autor que mais abandono e que depois volto sempre, é uma luta constante com a sua escrita mas ele ganha sempre com a sua genialidade. Quanto à diferença entre o acompanhamento das mortes do Kurt e do Michael Jackson reside mesmo nos tempos, hoje temos um mundo de informação completamente diferente do que tínhamos na altura, embora ache um exagero principalmente porque 85% das reportagens são aquilo que chamamos " não-noticias",é tudo para encher chouriços.