Hoje vivemos numa sociedade onde se desgastam as palavras, utilizamos-as a torto e a direito esvaziando os seus conteúdos e significados . Uma delas é a palavra " direitos". Todos nos incitam para que façam valer dos nossos direitos. Temos direito a isto, direito àquilo e se não nos fazem valer os nossos direitos então temos o livro de reclamações que nos aparece como o Grande Santo Graal dos nossos direitos.
Mas, primeiro e provavelmente o mais importante, são aquilo que toda a gente se esquece quando se refere aos direitos : os nossos deveres. E saber que a linha que distingue uma coisa da outra é ténue e que antes de invocar os direitos, temos de cumprir os deveres.
Esta semana, por duas vezes, pediram-me o livro de reclamações por duas situações que nada tiveram a haver, nem razão para isso. Não houve faltas de educação da nossa parte ( uma delas passou-se comigo e com a minha nova colega de trabalho, e a outra passou-se apenas comigo), não houve mal tratamento, más informações, nada. Pede-se o livro de reclamações sem se lembrarem que necessitam de respeitar quem está no outro lado e além disso não existe uma regra especifica que se deve cumprir e que quebrando essa aí já se pode fazer uso dele. E depois protege-se um lado e o outro quem os protege ? E até é o lado que surge sempre como o maior prejudicado.
À 1 ano atrás descontrolei-me e recusei dar o livro de reclamações a uma pessoa. Sim, recusei, mesmo estando contra a lei recusei, ela indignada disse que iria telefonar à policia, e eu até lhe ofereci o telefone e comecei a ligar o número para espanto de quem assistia, tudo porque ela não me respeitou e levou uma resposta à altura, e sem ser mal-educado ( ou mandá-la calar é ser mal-educado ? ). Nesta semana, uma foi porque ela queria apenas inscrever no livro que esteve lá, como se o livro fosse um mero livro de presenças, ainda por cima quando ela é que estava a infligir a lei ( quem sabe o que faço perceberá melhor esta parte) .
A outra situação teve a haver com um mal-entendido, dei uns prazos de uma situação, que até nem depende de mim, e esses não foram cumpridos.
Que culpa tenho eu, e para quê escrever num livro de reclamações se tem contactos da nossa administração à disposição?
Os dois casos foram resolvidos a bem, se bem que neste último um soco nas trombas daquela pessoa era melhor resolvido, mas levou-me a questionar isto : será que, ao estar sempre a apelar a que façamos uso dos nossos direitos sempre e em qualquer situação estamos a preparar uma sociedade civil irresponsável e que se esquece dos seus deveres ?
Mas, primeiro e provavelmente o mais importante, são aquilo que toda a gente se esquece quando se refere aos direitos : os nossos deveres. E saber que a linha que distingue uma coisa da outra é ténue e que antes de invocar os direitos, temos de cumprir os deveres.
Esta semana, por duas vezes, pediram-me o livro de reclamações por duas situações que nada tiveram a haver, nem razão para isso. Não houve faltas de educação da nossa parte ( uma delas passou-se comigo e com a minha nova colega de trabalho, e a outra passou-se apenas comigo), não houve mal tratamento, más informações, nada. Pede-se o livro de reclamações sem se lembrarem que necessitam de respeitar quem está no outro lado e além disso não existe uma regra especifica que se deve cumprir e que quebrando essa aí já se pode fazer uso dele. E depois protege-se um lado e o outro quem os protege ? E até é o lado que surge sempre como o maior prejudicado.
À 1 ano atrás descontrolei-me e recusei dar o livro de reclamações a uma pessoa. Sim, recusei, mesmo estando contra a lei recusei, ela indignada disse que iria telefonar à policia, e eu até lhe ofereci o telefone e comecei a ligar o número para espanto de quem assistia, tudo porque ela não me respeitou e levou uma resposta à altura, e sem ser mal-educado ( ou mandá-la calar é ser mal-educado ? ). Nesta semana, uma foi porque ela queria apenas inscrever no livro que esteve lá, como se o livro fosse um mero livro de presenças, ainda por cima quando ela é que estava a infligir a lei ( quem sabe o que faço perceberá melhor esta parte) .
A outra situação teve a haver com um mal-entendido, dei uns prazos de uma situação, que até nem depende de mim, e esses não foram cumpridos.
Que culpa tenho eu, e para quê escrever num livro de reclamações se tem contactos da nossa administração à disposição?
Os dois casos foram resolvidos a bem, se bem que neste último um soco nas trombas daquela pessoa era melhor resolvido, mas levou-me a questionar isto : será que, ao estar sempre a apelar a que façamos uso dos nossos direitos sempre e em qualquer situação estamos a preparar uma sociedade civil irresponsável e que se esquece dos seus deveres ?
4 comentários:
Acredita, hoje grande parte da população julga que viver em sociedade e em democracia significa direitos, mas esquece-se dos deveres que a regulam.
Faz por desligar disso assim que sais do trabalho. É difícil, mas é o melhor!
Abraço
e verdade!!!eu tb ja tive duas ou tres situaçoes assim...sabendo ou conhecendo o meu trabalho sabes q se deve andar com mil olhos abertos lol e evitar mexer no q ta quietinho...mas as pessoas insistem ver com as maozinhas e truca....partem...ora depois nao axam bem pagar lol a...e tal...tava mal exposto....a...e tal...nao tava seguro....e entao pedem o livro de reclamaçoes para poder fazer valer os direitos deles ...claro...mas se queres q te diga nunca tive ...resposta a qualquer situaçao ...ms eu tambem ja pedi uma vez o livro...lol num supermercado que fechava as 8 e eram 7.30 e ja nao me serviram fiambre pq ja tinham a maquina limpa??!!!desculpa la aqui eu tive q me exaltar lol....mas nao ligues a pessoas q so vivem com o mal dos outros!! e q tal um senhor que partiu em casa uma peça e levou o a loja para reclamar ...dissemos lhe q iamos fazer tudo por tudo com a marca para ver se tinha arranjo ...e como demorou um bocadinho o senhor fez questao de escrever no livro q tinhamos em nosso poder uma coisa q era dele e que nao lha entregavamos....e que tal esta????bhaaaaa
O grande problema desta sociedade é olharmos muito para o nosso umbigo. Nunca pensamos nem queremos pensar onde começa e termina a nossa liberdade, por isso, muitas vezes, por interesse, facilitismo e estupidez, temos tendência para confundir os nossos direitos com os nossos deveres. Nos últimos tempos, tem-se vindo a verificar uma desculpabilização das coisas que acabam por ter reflexos nos trabalhos que tratam directamente com o público.
Aqui na empresa temos apoio ao cliente, que está ao meu cuidado, e quantas vezes não me ameaçam de que fecham a empresa, de que vão para a Deco, de que fazem queixa de mim... e tudo porque lhes tento explicar as coisas da forma mais simples (e estúpida) que dê para que percebam.
Tu fazes o quê? lol
Cristina ,o mais irónico é que a palavra " direitos" faz parte do meu dia-a-dia e do meu trabalho. :) vais perceber o porquê quando te disser o que faço ;)
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