Não resisti e hoje fui ver a comédia do ano

Da mente de Sacha Boran Cohen, um comediante inglês, já saiu uma personagem inesquecível : Ali G.

Ali G era, acima de tudo, uma personagem para inglês ver, onde abundavam os calões, as mulheres, o hip-hop, e toda a sua cultura. Digamos que ele era um " rapper - apimbalhado", mas a razão do seu pouco êxito, ou menos êxito do que Borat, fora da Grã-Bretanha, era porque ele falava uma língua pouco universal, era mesmo mais britânica e, quase, dirigido para eles.

Mas Borat é diferente. Borat é universal. Borat é grande. Ele consegue, com pouco esforço diga-se de passagem, que vejamos os defeitos, os preconceitos, a hipocrisia das pessoas que ele entrevista/contacta. Com mestria ele usa-as, quais bonecos de marionetas, para que eles participem no jogo em que ele quer jogar.

Borat consegue transmitir a imagem de bronco ingénuo, de palhaço, de uma forma irrepreensível conseguindo, com isso, levar as pessoas a acreditarem na sua personagem e a caírem nas suas armadilhas.

Questionei-me no filme, várias vezes, como era possível que as pessoas agissem daquela maneira, só porque, pensavam elas, ele era um bronco, mas concluiu-se que os broncos eram eles. Como foi possível que as pessoas acreditassem que existia um Cazaquistão daquela maneira de que Borat os descrevia.

O filme, definitivamente, fica na história da comédia física, da comédia "face-to-face" com a vítima, Sacha Boran Cohen criou uma personagem onde recordaremos para sempre a sua originalidade, a sua irreverência e a sua coragem.

PS: Mais uma vez, um filme de comédia é arrasado pelos críticos portugueses. Sinceramente, já não há pachorra para tanto politicamente correcto, tanta falta de humor dos críticos portugueses. Não é filme de 5 estrelas, mas de 4 lá isso é. Porquê têm medo de dar grandes estrelas ? O que leva um crítico a dar a classificação " de fugir " de um filme como Borat ? Só em Portugal, terra onde Sacha iria encontrar muitos Borats, mas estes reais.

2) - Como sempre num filme de comédia existe alguém que tem um riso peculiar. Alguém que quer roubar o papel ao artista principal e ficar com os louros da sessão, talvez para impressionar alguma míuda ao lado com o seu humor. Daqueles risos em que já nem se sabe se a sala está a rir do filme ou daquela pessoa. Hoje estive num sessão assim e é a coisa mais irritante que pode haver.

Este post foi escrito ao som de