29 de abril de 2011

LINDO





Esta equipa cria um espaço na nossa imaginação que nos permite sonhar e sonhar e sonhar e sonhar e sonhar...Que este sonho lindo não fique por aqui. Apenas me ocorre uma canção:

"Venceremos, venceremos.
Venceremos outra vez.
O Porto vai ganhar a taça, 
como em 2003" 

e acrescento: " e o Menphis vai deixar crescer a barba um mês " :-)
 

27 de abril de 2011







Somos a fachada
de uma coisa morta
e a vida como que a bater à nossa
porta
quando formos velhos
se um dia formos velhos
quem irá querer saber quem tinha razão
de olhos na falésia
espera pelo vento
ele dá-te a direcção

Ninguém é quem queria ser
eu queria ser ninguém

A idade é oca e não pode ser motivo
estás a ver o mundo feito um velho
arquivo
eu caminho e canto pela estrada fora
e o que era mentira pode ser verdade
agora
se o cifrão sustenta a química da vida
porque tens ainda medo de morrer
faltará dinheiro
faltará cultura
faltará procura dentro do teu ser

Ninguém é quem queria ser
eu queria ser ninguém

Diz-me se ainda esperas encontrar o
sentido
mesmo sendo avesso a vê-lo em ti
vestido
não tens de olhar sem gosto
nem de gostar sem ver
ninguém é quem queria ser

Ninguém é quem queria ser
eu queria ser ninguém

Manel Cruz, in Foge Foge Bandido

25 de abril de 2011

Conta-me como foi


Vou ter imensas saudades das minhas noites de Domingo na companhia do "Conta-me...". Série extraordinária, com um elenco fabuloso e que deveria ser ensinada e mostrada nas escolas. E apesar do imenso que ficou por contar, foi um final parecido com os The Sopranos, desafiando a nossa imaginação, quem viu, tenho a certeza, que terminou com um enorme sorriso nos lábios. E agora os Domingos ficam mais vazios...

25 DE ABRIL SEMPRE


apesar de tudo do que estamos a viver. Mas os verdadeiros valores de Abril nunca se podem perder. VIVA O 25 DE ABRIL.

Patrick Watson no Teatro Sá da Bandeira


Quando algo nos diz muito acabámos por ser mais facilmente conquistados, somos mais parciais nas nossas opiniões, mas os concertos de Patrick Watson parecem ter um dom genial, acabando por ser impossível não sair deles com um sorriso de orelha a orelha pleno de felicidade, e não sermos conquistados pela sua simplicidade, pelo seu imenso talento ( posso dizer novamente genialidade ? ), por serem verdadeiramente únicos.

Nas suas canções, que parecem terem saído um caldeirão mágico, há espaço para tudo: para a imprevisibilidade do jazz, para o ritmo frenético e dançante do cabaret, para a sedução do blues, para a beleza intemporal da música mais clássica, para agressividade juvenil do rock, para a simplicidade viciante do pop, para a poesia das suas palavras, juntando a sua voz fantástica e os seus  companheiros de estrada que se complementam bastante bem formando um grupo coeso e que se sente que estão a divertirem-se imenso em palco.

Mesclando temas novos a pedirem um álbum novo com temas mais antigos, mas com novas roupagens, o canadiano mostrou o seu imenso valor, ficando a aguardar por mais momentos tão belos e únicos como aqueles que foram vistos no Teatro Sá da Bandeira.

PS: Na 1ª parte, Tiago Bettencourt mostrou um seu outro lado, um lado mais "singer-songwriter" cantando versões de artistas como Arcade Fire, Tom Waits, Bob Dylan, entre outros e novas canções suas, com destaque muito positivo para uma canção de intervenção que poderá surpreender num futuro próximo. Certamente, um projecto a seguir com atenção.

23 de abril de 2011


   

21 de abril de 2011

Do amor aos livros à noção de Paraíso

Há quem se vin­cule a um deus com cara de velho ter­rí­vel; outros fazem-​no ao mur­mú­rio intan­gí­vel do patrão ouro; eu, nos dias de hoje, refugio-​me no afecto da minha mulher e em cer­tos livros. Não minto. Para mim, o Paraíso inclui uma bibli­o­teca sem cer­cas de arame far­pado nem arma­di­lhas visí­veis, um ven­tre de baleia para onde algum acaso cari­doso me ati­rou para a eternidade. 
 
Tudo é pó, desejo e silên­cio, e uma luz crua, zeni­tal que con­duz ao Valhalla dos ilus­tra­dos atra­vés de lon­gas esca­das em cara­col. E o cheiro… 

Por­que o cheiro do livro é a quinta-​essência de todos os chei­ros, a geo­gra­fia do herói, o tró­pico da qui­e­tude e dos bos­ques fron­do­sos. Qual­quer livro é pas­sa­gem. Quando abro um volume e aspiro as suas pági­nas, já não estou ali. 

(…) Pode­mos viver sem ler, é ver­dade; mas tam­bém pode­mos viver sem amar: o argu­mento mete água como uma jan­gada con­du­zida por rata­za­nas. Só quem já esteve apai­xo­nado sabe o que o amor nos ofe­rece e tira; só quem já leu sabe se a vida merece a pena ser vivida sem a cons­ci­ên­cia daque­les homens e mulhe­res que nos escre­ve­ram milha­res de vezes antes de ter­mos nas­cido. E que nin­guém sor­ria perante estas linhas. Por uma vez, e sem que sirva de pre­ce­dente, foram escri­tas exclu­si­va­mente a par­tir da emo­ção.

In “O Revi­sor”, de Ricardo Menén­dez Salmón, retirado daqui.

20 de abril de 2011

Não há palavras. Vencer é o nosso destino.


Como diz o Falcao no seu Twitter: é uma alegria que não tem fim. Este é o Porto que aprendi a amar, a defender, a lutar por ele, a vibrar, este é simplesmente o meu PORTO. E a época ainda não terminou... Como digo a todos " este é o verdadeiro Porto. O Porto que nunca me falha".

18 de abril de 2011


 fotografia: Nélson D'Aires


Para quê se procuram palavras se estas imagens falam-nos de tudo e mostram-nos a realidade ?

16 de abril de 2011

One day



One day maybe we will dance again
Under fiery skies
One day maybe you will love again
Love that never dies


One day maybe you will see the land
Touch skin with sand
You've been swimming in the lonely sea
With no company


Oh, don't you want to find?
Can't you hear this beauty in life?
The roads, the highs, breaking up your life
Can't you hear this beauty in life?


One day maybe you will cry again
Just like a child
You've gotta tie yourself to the mast my friend
And the storm will end


Oh, don't you want to find?
Can't you hear this beauty in life?
The times, the highs, breaking up your mind
Can't you hear this beauty in life?


Oh, you're too afraid to touch
Too afraid you'll like it too much
The roads, the times, breaking up your mind
Can't you hear this beauty in life?


One day maybe I will dance again
One day maybe I will love again
One day maybe we will dance again
You know you've gotta
Tie yourself to the mast my friend
And the storm will end
One day maybe you will love again
You've gotta tie yourself to the mast my friend
And the storm will end -

15 de abril de 2011

Happy Birthday, Charlie

No meu quarto não tenho posters de gajas boas descascadas, de jogadores do meu clube, de carros, da Scarlett Johansson, da Sharapova, da Ana Ivanovic, nem das bandas que mais gosto, não tenho fotografias minhas num quadro, não tenho bandeiras do meu clube, mas tenho dois posters  do Charlie Chaplin.  Aqui se vê a admiração que tenho por ele. Por isso, no dia onde ele completaria 122 anos não posso deixar de o recordar e dizer HAPPY BIRTHDAY, CHARLIE e de dizer a todos para que não deixem cair a mensagem, a verdadeira mensagem, que Chaplin nos deu durante toda a sua vida. SMILE....nunca deixem de sorrir. ;-)



14 de abril de 2011

Noite de Abril





Hoje, noite de Abril, sem lua,
A minha rua
É outra rua.

Talvez por ser mais que nenhuma escura
E bailar o vento leste
A noite de hoje veste
As coisas conhecidas de aventura.

Uma rua nova destruiu a rua do costume.
Como se sempre nela houvesse este perfume
De vento leste e Primavera,
A sombra dos muros espera

Alguém que ela conhece.
E às vezes, o silêncio estremece
Como se fosse a hora de passar alguém
Que só hoje não vem.



Sophia de Mello Breyner Andresen
Obra Poética I
Caminho

13 de abril de 2011


" Estamos tão habituados a que o televisor seja o mediador entre nós e o que acontece, o nosso arauto e mestre-de-cerimonias. o Grande Irmão que tudo vê, que, quando o horror entra na nossa casa através do ecrã, não parece tão inoportuno como o que nos assalta num acidente de tráfego ou durante a visita a um pavilhão de esquizofrénicos. 

De facto, muitos adultos só conhecem a morte através do televisor, tal como os escravos da caverna de Platão só conhecem os objectos através do seu reflexo na parede.

Filhos de uma cultura do simulacro, onde cada copia assume, satisfeita, a sua condição de imagem esbatida, já parece que só obtemos prazer na negação ou na náusea, na ausência do real ou na sua exaltação . " in " O Revisor " de Ricardo Menendez Salmon

10 de abril de 2011


Melhor do que a ultima vez. E com um percurso cheio de subidas e descidas, algum terreno em paralelo e, a maior dificuldade, um imenso calor.Venha a próxima, agora apenas em Junho. E logo duas num mês.Estou a gostar destes desafios.

A minha segunda prova

8 de abril de 2011

The Beautiful one



SUEDE na Queima das Fitas do Porto a 6 de Maio. E ainda mais especial porque vai me fazer sentir regressar aos meus tempos de estudante onde os descobri.

7 de abril de 2011

Da politica...como arte

"Perverter a realidade através da linguagem, conseguir que a linguagem diga o que a realidade nega, é uma das maiores conquistas do poder. A política transforma-se, assim, na arte de disfarçar a mentira."

 " Ninguém como o político perverteu tanto o sentido das palavras, de todas as palavras; nem sequer o mais recalcitrante fideísta. E se, como pretendia Heraclito, a alma humana se parece com uma aranha que acorre velozmente a qualquer lugar da sua teia quando sente uma das suas partes danificada, o político é uma aranha que acorre velozmente ao depósito comum da linguagem cada vez que se sente atacado por algum dos seus adversários."


"Somos repetidamente ludibriados, despojados da nossa honra, compelidos a comungar essa hóstia cheia de náusea a que eles chamam
democracia, justiça ou liberdade. Todas estas palavras, na realidade tão profundas que deveriam queimar a língua de quem as pronuncia sem respeito, perderam o seu significado, a ponto de soarem aos nossos ouvidos como a música de Verão, ou como uma prece aprendida na catequese quando éramos crianças." in O Revisor, de Ricardo Menéndez Salmón, trad. de Helena Pitta, Porto Editora

5 de abril de 2011

Rising up

Enquanto ainda luto com o meu pc para eliminar o virus que ele possui e que me impede de acentuar as palavras e gozando um pouco este calor que nos sacode a alma e nos levanta o astral, aqui fica Lhasa de Sela como uma forma de pausa e porque a saudade aperta .