Esta equipa cria um espaço na nossa imaginação que nos permite sonhar e sonhar e sonhar e sonhar e sonhar...Que este sonho lindo não fique por aqui. Apenas me ocorre uma canção:
"Venceremos, venceremos.
Venceremos outra vez.
O Porto vai ganhar a taça,
como em 2003"
e acrescento: " e o Menphis vai deixar crescer a barba um mês " :-)
Vou ter imensas saudades das minhas noites de Domingo na companhia do "Conta-me...". Série extraordinária, com um elenco fabuloso e que deveria ser ensinada e mostrada nas escolas. E apesar do imenso que ficou por contar, foi um final parecido com os The Sopranos, desafiando a nossa imaginação, quem viu, tenho a certeza, que terminou com um enorme sorriso nos lábios. E agora os Domingos ficam mais vazios...
Quando algo nos diz muito acabámos por ser mais facilmente conquistados, somos mais parciais nas nossas opiniões, mas os concertos de Patrick Watson parecem ter um dom genial, acabando por ser impossível não sair deles com um sorriso de orelha a orelha pleno de felicidade, e não sermos conquistados pela sua simplicidade, pelo seu imenso talento ( posso dizer novamente genialidade ? ), por serem verdadeiramente únicos.
Nas suas canções, que parecem terem saído um caldeirão mágico, há espaço para tudo: para a imprevisibilidade do jazz, para o ritmo frenético e dançante do cabaret, para a sedução do blues, para a beleza intemporal da música mais clássica, para agressividade juvenil do rock, para a simplicidade viciante do pop, para a poesia das suas palavras, juntando a sua voz fantástica e os seus companheiros de estrada que se complementam bastante bem formando um grupo coeso e que se sente que estão a divertirem-se imenso em palco.
Mesclando temas novos a pedirem um álbum novo com temas mais antigos, mas com novas roupagens, o canadiano mostrou o seu imenso valor, ficando a aguardar por mais momentos tão belos e únicos como aqueles que foram vistos no Teatro Sá da Bandeira.
PS: Na 1ª parte, Tiago Bettencourt mostrou um seu outro lado, um lado mais "singer-songwriter" cantando versões de artistas como Arcade Fire, Tom Waits, Bob Dylan, entre outros e novas canções suas, com destaque muito positivo para uma canção de intervenção que poderá surpreender num futuro próximo. Certamente, um projecto a seguir com atenção.
Há quem se vincule a um deus com cara de velho terrível; outros fazem-no ao murmúrio intangível do patrão ouro; eu, nos dias de hoje, refugio-me no afecto da minha mulher e em certos livros. Não minto. Para mim, o Paraíso inclui uma biblioteca sem cercas de arame farpado nem armadilhas visíveis, um ventre de baleia para onde algum acaso caridoso me atirou para a eternidade.
Tudo é pó, desejo e silêncio, e uma luz crua, zenital que conduz ao Valhalla dos ilustrados através de longas escadas em caracol. E o cheiro…
Porque o cheiro do livro é a quinta-essência de todos os cheiros, a geografia do herói, o trópico da quietude e dos bosques frondosos. Qualquer livro é passagem. Quando abro um volume e aspiro as suas páginas, já não estou ali.
(…) Podemos viver sem ler, é verdade; mas também podemos viver sem amar: o argumento mete água como uma jangada conduzida por ratazanas. Só quem já esteve apaixonado sabe o que o amor nos oferece e tira; só quem já leu sabe se a vida merece a pena ser vivida sem a consciência daqueles homens e mulheres que nos escreveram milhares de vezes antes de termos nascido. E que ninguém sorria perante estas linhas. Por uma vez, e sem que sirva de precedente, foram escritas exclusivamente a partir da emoção.”
In “O Revisor”, de Ricardo Menéndez Salmón, retirado daqui.
Como diz o Falcao no seu Twitter: é uma alegria que não tem fim. Este é o Porto que aprendi a amar, a defender, a lutar por ele, a vibrar, este é simplesmente o meu PORTO. E a época ainda não terminou... Como digo a todos " este é o verdadeiro Porto. O Porto que nunca me falha".
No meu quarto não tenho posters de gajas boas descascadas, de jogadores do meu clube, de carros, da Scarlett Johansson, da Sharapova, da Ana Ivanovic, nem das bandas que mais gosto, não tenho fotografias minhas num quadro, não tenho bandeiras do meu clube, mas tenho dois posters do Charlie Chaplin. Aqui se vê a admiração que tenho por ele. Por isso, no dia onde ele completaria 122 anos não posso deixar de o recordar e dizer HAPPY BIRTHDAY, CHARLIE e de dizer a todos para que não deixem cair a mensagem, a verdadeira mensagem, que Chaplin nos deu durante toda a sua vida. SMILE....nunca deixem de sorrir. ;-)
" Estamos tão habituados a que o televisor seja o mediador entre nós e o que acontece, o nosso arauto e mestre-de-cerimonias. o Grande Irmão que tudo vê, que, quando o horror entra na nossa casa através do ecrã, não parece tão inoportuno como o que nos assalta num acidente de tráfego ou durante a visita a um pavilhão de esquizofrénicos.
De facto, muitos adultos só conhecem a morte através do televisor, tal como os escravos da caverna de Platão só conhecem os objectos através do seu reflexo na parede.
Filhos de uma cultura do simulacro, onde cada copia assume, satisfeita, a sua condição de imagem esbatida, já parece que só obtemos prazer na negação ou na náusea, na ausência do real ou na sua exaltação . " in " O Revisor " de Ricardo Menendez Salmon
10 de abril de 2011
Melhor do que a ultima vez. E com um percurso cheio de subidas e descidas, algum terreno em paralelo e, a maior dificuldade, um imenso calor.Venha a próxima, agora apenas em Junho. E logo duas num mês.Estou a gostar destes desafios.
SUEDE na Queima das Fitas do Porto a 6 de Maio. E ainda mais especial porque vai me fazer sentir regressar aos meus tempos de estudante onde os descobri.
"Perverter a realidade através da linguagem, conseguir que a linguagem diga o que a realidade nega, é uma das maiores conquistas do poder. A política transforma-se, assim, na arte de disfarçar a mentira."
" Ninguém como o político perverteu tanto o sentido das palavras, de todas as palavras; nem sequer o mais recalcitrante fideísta. E se, como pretendia Heraclito, a alma humana se parece com uma aranha que acorre velozmente a qualquer lugar da sua teia quando sente uma das suas partes danificada, o político é uma aranha que acorre velozmente ao depósito comum da linguagem cada vez que se sente atacado por algum dos seus adversários."
"Somos repetidamente ludibriados, despojados da nossa honra, compelidos a comungar essa hóstia cheia de náusea a que eles chamam democracia, justiça ou liberdade. Todas estas palavras, na realidade tão profundas que deveriam queimar a língua de quem as pronuncia sem respeito, perderam o seu significado, a ponto de soarem aos nossos ouvidos como a música de Verão, ou como uma prece aprendida na catequese quando éramos crianças." in O Revisor, de Ricardo Menéndez Salmón, trad. de Helena Pitta, Porto Editora
Enquanto ainda luto com o meu pc para eliminar o virus que ele possui e que me impede de acentuar as palavras e gozando um pouco este calor que nos sacode a alma e nos levanta o astral, aqui fica Lhasa de Sela como uma forma de pausa e porque a saudade aperta .