11 de março de 2011

Da memória. De como somos servos dela.

"A memória não é um instrumento do homem, um servo amável, um valet eficiente; parece antes ser o homem o lacaio da sua memória. Porque o homem enfraquece, distrai-se, corrompe-se, mas a sua memória permanece firme, sempre na primeira linha, incorruptível; de maneira que, enquanto o homem tropeça, ou arrefece, ou perde os seus dentes, ou ergue muralhas, ou se disfarça, ou devora os seus semelhantes, ela permanece alerta, absorvendo tudo, guardando tudo, classificando tudo: cavando, cavando, cavando " in " A Ofensa " de Ricardo Menéndez Salmón

2 comentários:

salamandrine disse...

tens que ir espreitar o meu espanhol novo ;P

Menphis disse...

já espreitei.fiquei curioso :)