Entre um esboçar de cansaço e um agitar de corpo nasceu um desejo interior de que tenho que descansar mais. Parecendo que estava a adivinhar o meu pensamento, apareceu-me a razão do meu cansaço nas colunas do meu pc
E recordei-me da primeira vez que ouvi aquele som tão diferente, tão único, tão jazz ( - mas não é jazz, explicou-me o meu amigo ), tão blues ( e eu que venero blues ), tão rock ( - mas não é bem rock- dizia ele ), tão mágico.
Da sua figura gigante a falar tão apaixonadamente enquanto fazia um rewind no seu leitor de K7's, agora até seria mais fácil amigo, já nem é necessário fazer rewinds e fast-forwards, nem sequer temos de decorar de que lado está aquela música que queremos mostrar num instante enquanto não toca para irmos para dentro daquela sala tentar construir o nosso futuro.
Recordei-me eu, adolescente com cabelo desgrenhado e sonhos do tamanho do mundo, da minha tristeza quando abri o " Blitz", naquelas terças feiras onde só o " Blitz" era o único assunto possível, e li que aquela voz tão encantadora teria se calado para sempre em pleno concerto, e do sentimento de injustiça e de revolta que senti.
Daqueles almoços da malta do secundário toda junta, nas traseiras daquele supermercado em plena Avenida da Boavista ( cada vez que passo por lá ainda sorrio a recordar-me daqueles momentos), do convívio que se gerava ao som da música dos Morphine, e de outros grupos também, da amizade que estava a brotar e se iria desvanecer com o tempo porque a vida separou os nossos caminhos , das nossas discussões futebolísticas e politicas sempre acaloradas mas que terminava sempre com sorrisos .
E recordei-me da primeira vez que ouvi aquele som tão diferente, tão único, tão jazz ( - mas não é jazz, explicou-me o meu amigo ), tão blues ( e eu que venero blues ), tão rock ( - mas não é bem rock- dizia ele ), tão mágico.
Da sua figura gigante a falar tão apaixonadamente enquanto fazia um rewind no seu leitor de K7's, agora até seria mais fácil amigo, já nem é necessário fazer rewinds e fast-forwards, nem sequer temos de decorar de que lado está aquela música que queremos mostrar num instante enquanto não toca para irmos para dentro daquela sala tentar construir o nosso futuro.
Recordei-me eu, adolescente com cabelo desgrenhado e sonhos do tamanho do mundo, da minha tristeza quando abri o " Blitz", naquelas terças feiras onde só o " Blitz" era o único assunto possível, e li que aquela voz tão encantadora teria se calado para sempre em pleno concerto, e do sentimento de injustiça e de revolta que senti.
Daqueles almoços da malta do secundário toda junta, nas traseiras daquele supermercado em plena Avenida da Boavista ( cada vez que passo por lá ainda sorrio a recordar-me daqueles momentos), do convívio que se gerava ao som da música dos Morphine, e de outros grupos também, da amizade que estava a brotar e se iria desvanecer com o tempo porque a vida separou os nossos caminhos , das nossas discussões futebolísticas e politicas sempre acaloradas mas que terminava sempre com sorrisos .
Recordei-me também desta música, uma das últimas que a genialidade de Mark Sandman deu a conhecer ao mundo
E recordei-me que já à muito tempo que não ouvia falar deles, que não sentia o coração tão aconchegado com as suas palavras, que eles são intemporais e que a sua obra genial nunca se desvanecerá e será para sempre recordada . Alguém aí sente o mesmo ?
2 comentários:
Gostei muito do texto e tens toda a razão já há muito tempo que não ouvia falar deles e eles valem sempre tanto a pena recordar.
Abraço
Quanto ao grupo não posso falar, porque não os conhecia!
Mas quanto às recordações... ai ...ai!!!
O teu texto fez-me recordar os velhos tempos, as alegrias de não ter grandes preocupações e o ser feliz apenas por isso.
crescer é danado às vezes!
Grande post!
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