Patriotismo saloio ?

Confesso que em 2004 coloquei a bandeira na janela, e até fui um dos entusiastas, mas este ano ainda não coloquei bandeira..e não vou fazer nada para a colocar.

Se em minha casa quiserem pôr, tudo bem, mas não irei mexer uma palha para apoiar Portugal .

Não entrarei em correntes cibernéticas, não vestirei as cores da selecção, o cachecol continua guardado, as mensagens no messenger não irão invocar a vitória, não comprarei revistas com posters, nem livros , mudarei o canal que fale da selecção, virarei as páginas dos jornais com as notícias de Portugal, não pintarei os nomes de nenhum jogador, nem nada, apenas apoiarei Portugal da maneira como devo apoiar...vendo os jogos e torcendo para que ganhe..e já agora cantando o hino.

Estou cansado do treinador que pede aos portugueses que o apoiem e depois não explica as razões técnicas, que desrespeita tudo e todos ( hoje jogadores fugiram aos imigrantes de Luxemburgo que criam apoiá-los..de quem têm medo ? ), de um presidente marioneta que diz quem critica é contra eles ( 25 de Abril 1974 = liberdade de expressão, vivemos em democracia por isso posso criticar ), dos jornalistas cuja propraganda pró-Scolari é demais ( domingos à tarde a levar com Daniel de Oliveira a fazer propraganda à selecção desde muito tempo. ), da clubite dos adeptos e jornalistas ( já agora se Portugal fôr campeão do mundo que marque Ricardo Costa ou Deco. ), enfim de tudo.

Espero que Portugal me entusiasme com as suas vitórias, mas um país que depende das vitórias da sua selecção num jogo para melhorar o seu auto-estima só pode ser um mau país para viver.

E já agora, a nossa bandeira colocada em todo o lado , dá mesmo para enjoar, é um " dejá-vu ", um apelo feito por uma pessoa que não dá valor a ela, porque é brasileiro e digamos se calhar é um pouco pimba, a bnadeira não tem a majestade de uma bandeira da Inglaterra ou Escócia, nem a beleza de uma do Brasil ou Argentina, e também porque esquecemos das coisas que este país nos envergonha...e não são poucas.

Por isso, Viva Portugal...mas sem bandeiras