O mesmo tempo perfeito para deambulações nocturnas, mas desta vez com muito rock’n’roll, de todas as gerações, à mistura com grupos menos conhecidos com componentes electrónicas.
Hot Pink Abuse – Um colectivo com uma menina bem “selvagem” na liderança, um pop-rock electrónico bem esgalhado com promessas de uma carreira que poderá ter um futuro interessante se mantiver a atitude demonstrada naquele espaço pequeno, mas muito bonito.
Os Pontos Negros- Acompanhados por uma legião de fans dedicados deram um concerto de puro rock’n’roll sempre com guitarras estridentes, muito comunicativos e bastante empenhados em não perderem oportunidade para brilhar. Com letras engraçadas, contando situações da vida, com ironia e humor qb, Os Pontos Negros podem vir a ser o futuro do rock’n’roll em Portugal. Curiosamente, mostraram um som bem diferente daquele apresentado no álbum, ao vivo a comparação com os The Strokes parece fazer menos sentido, mas ganham ainda uma maior intensidade.
Paul da Silva – mais um concerto a qual a atenção não foi muito, um pop/rock duro mas pouco original. Serviu para descansar para outras emoções.
Blind Zero – Arrisco a dizer que foi o melhor concerto das Noites Ritual, a par com os Mão Morta. Em ritmo de uma festa para amigos, a jogar em casa, os Blind Zero apresentaram um concerto muito consistente, com canções antigas, como se fosse um best-of, misturando alguns temas do novo álbum, e uma versão de “ Where is my mind” dos Pixies” mostraram uma máquina bem oleada e a promessa de um grande álbum. Com Miguel Guedes muito emocionado por regressar a um Festival o qual esteve ausente 11 anos, parece-me que os Blind Zero estão a regressar em grande.Foi bom relembrar os meus tempos de adolescência onde idolatrava esta banda.
Andrew Thorn – João Pedro Coimbra,dos Mesa, mostrou um rock electrónico muito frenético, com atitude muito boa, muito comunicativo e sempre a puxar pelo público. Estou curioso em ver como este projecto irá crescer.
Mão Morta- Com um som muito poderoso, os Mão Morta, tal como os Blind Zero, deram um concerto puro e duro, revisitando a sua carreira Com uma legião de fãns bem maduros e muito conhecedores da sua vasta obra, Adolfo Luxúria Canibal mostrou o porquê de ter a fama de ser um enorme entertainner, verdadeiro agitador de massas, sempre pronto para a loucura. Mas desenganem-se quem pensa que os Mão Morta é apenas o vocalista, eles são um grupo que valem pelo seu conjunto, com grandes músicos, principalmente a baixista que debita um som muito poderoso que parece marcar ritmo às canções. Adorei vê-los e espero poder vê-los novamente.
Venha o próximo, de preferência, no mesmo local.