31 de dezembro de 2012

2012. As imagens possiveís do ( meu ) ano



Como manda a tradição, aqui ficam as imagens possíveis do meu ano de 2012. Foi um ano de vivências novas, de um começo de uma vida nova conjunta onde o amor fala mais alto, de uma viagem a uma cidade inesquecível, do Bon Iver no Coliseu do Porto, do Laxness e de mais um livro do Pamuk, da Patti Smith, do grande Jack White, da Fionna, mas não a do Shrek, da Minta, do "Hobbit" e da Scarlett Johansson ruiva nos " Vingadores", da Meryl Street como Tatcher, do " Downton Abbey", foi o ano dos Jogos Olímpicos, e da Lady e do Juary.  

Como sempre, faltam sempre outras imagens, outros concertos, outros álbuns, livros, filmes,  foi o ano em que o povo saiu à rua percebendo que quem nos governa é um governo corrupto, mentiroso e aldrabão. Saímos deste ano com angústia porque entraremos num ano com uma perspectiva muito negra daquilo que nos espera, mas entraremos com vontade de lutar e de cabeça erguida preparados para o que der e vier. Feliz 2013 :)

29 de dezembro de 2012

24 de dezembro de 2012

Feliz Natal



Desejo-vos um Feliz Natal com muita paz, saúde, fraternidade e tudo do bom e do melhor. God Bless You All :)

21 de dezembro de 2012

Gente Independente

" Gente Independente" é a história de Bjartur, um homem obcecado pela sua independência, social e financeira, pelas suas ovelhas e pela protecção da sua família, que vive num vale isolado de todos no limite da sobrevivência .

O romance é daqueles livros que nos vai conquistando a cada página, Halldór Laxness, inspirado pela sagas épicas da sua Islândia natal, consegue atrair o leitor para uma história da qual percebemos que poderia ter acontecido em qualquer parte do Mundo. Lembrei-me bastante das aldeias portuguesas onde esta história poderia se ter passado.

É verdade que a memória é um processo do qual, por vezes, teimámos a esquecer os acontecimentos mais longínquos, mas desta vez não é assim, " Gente Independente" foi em 2012 o livro que mais me completou e mais me prazer deu ler. 

A melhor descrição sobre esta obra acaba por estar inserida nas próprias páginas deste magnifico livro: 

" a sua alma foi encantada pela sedução de uma obra literária, que nos mostra a condição humana de modo tão real e com tanta compaixão e com tanto amor pelo bem, que nós próprios nos tornamos melhores pessoas e compreendemos a vida melhor do que antes, e almejamos e esperamos que o bem possa sempre prevalecer na vida dos homens" ( pag.219 ).

 Um romance com uma história intemporal de um autor para voltar sempre.

20 de dezembro de 2012

13 de dezembro de 2012

O Hobbit - Uma viagem inesperada

Confirmaram-se alguns dos meus receios em " The Hobbit", no entanto posso dizer que fiquei agradavelmente satisfeito com a globalidade do filme, gostei imenso de rever algumas personagens e alguns lugares das Terras da Idade Média, gostei muito da banda sonora, Ian McKellen como Gandalf está ex-tra-or-di-ná-rio, a personagem Gollum está fantástica mais uma vez, saí do cinema com um enorme sorriso nos lábios de contentamento e vontade que a história continuasse. No fundo, é esse o objectivo da primeira parte da trilogia: tentar captar o espectador para a segunda parte do filme, e, pela minha parte, esse objectivo foi conseguido.

É verdade que Peter Jackson "esticou " um pouco algumas partes da história, como já seria expectável, as conversas de Gandalf com os elfos, principalmente com a Galadriel ( a brilhante e lindíssima Cate Blanchett) sente-se como um apêndice dispensável, a introdução que me pareceu longa, como também existe uma desigualdade no ritmo do filme, confirmando que esta história teria mais sentido se fosse contada em duas partes, no entanto não damos o tempo a passar, nem ficamos aborrecidos. 

Também achei Bilbo Baggins um pouco tonto demais, mas aí percebo esse intuito, o livro original é infantil e isso poderá ter influenciado o actor, assim como deveriam ter dado mais protagonismo a alguns anões, mas acredito que com mais dois filmes pela frente isso poderá se resolver. 

Por último, a sessão foi em 3D, ao que ouvi parece que com a tal nova função, a 48 frames por segundo, eu, que não percebo nada destas coisas técnicas e ainda não sei bem qual a diferença, senti que, de todos os filmes que vi em 3D, este tinha a imagem mais nítida, menos tive problemas em adaptar-me ás imagens de maior movimento e não tive efeitos secundários, mesmo ter tido o azar de ter visto o filme nas filas da frente.

Quanto ao resto, se são fãs de cinema de entretenimento e de histórias da Terra Média aposto que irão adorar reencontrarem-se com algumas destas personagens e conhecer as restantes. Por mim, considero um bom filme de entretenimento dentro do género, menos tenso e ainda pouco capaz de ombrear com a trilogia anterior mas com quase três horas passadas de forma agradável. 





12 de dezembro de 2012

"The Hobbit" - O que pode dar certo e o que pode dar errado

Como grande fã da trilogia " O Senhor dos Anéis",  como admirador da obra de Tolkien ( uma resolução para 2013 é tentar ler todas as outras obras que me faltam), e como já li e reli o livro original, estou muito curioso para ver o filme " The Hobbit", o que vai acontecer hoje, já que ganhei um passatempo para ver a ante-estreia. :-)

No entanto, essa minha curiosidade esbarra nalguns receios fazendo-me baixar imenso as expectativas, o que acontece, provavelmente, por conhecer bastante bem o livro. Na minha opinião, "The Hobbit" tem tudo para dar certo mas muita coisa para dar errado.

A primeira sensação "estranha" que um espectador pode ter é a da "novidade", ou seja a história não foge muito à da trilogia do " O Senhor dos Anéis , se bem que esta é uma aventura mais fascinante do que roubar o ouro a um Dragão, o motivo principal de " The Hobbit".

Outra coisa, e aqui parece-me que pode ser um erro para o insucesso do filme caso ele exista ( e rezo para que tenha imenso sucesso), é que o livro tem poucas mais de 250 páginas em contraponto às mais de 1300 páginas, divididas por 3 livros, do " Senhor dos Anéis", o que me dá receio que Peter Jackson tenha "esticado" muito algumas cenas. E isso, quase que aposto, irá se notar mais no segundo filme, caso a luta com o Dragão, ocorra apenas no último filme.

Por outro lado, aliado ao prazer que um espectador apreciador da Idade Média tem em rever algumas personagens/paisagens/casas/etc, há um humor enorme no livro que poderá ser uma questão fulcral no filme. Ou o realizador nos leva para um humor idiota e infantil, tipo os filmes do Ásterix e aí estraga tudo ( e existe uma cena no trailer que leva para esse campo...), ou então o realizador consegue transportar para a trama um humor não forçado e que nos diverte, como, por exemplo, no fantástico " The Avengers ". 

E ainda temos as situações mais técnicas, se o filme resulta melhor em 3D ou 2D ou 3D em formato HD,etc, além das dúvidas se as lutas conseguem nos mostrar alguma "realidade" ou então transporta-nos muito para o virtual como nos mostram os videojogos, podendo aborrecer o espectador.

Por mim, se Peter Jackson captar o humor do livro e nos divertir, mesmo que seja com uma evidente menor frescura do que a trilogia anterior, com uma realidade mais pura e menos virtual, atiçando-me ainda mais a curiosidade para os restantes filmes já fico satisfeito. A ver vamos. Ou melhor, hoje a ver vou. Depois digo algo. 

PS: Não tentem ver este filme de barriga vazia. Comida, tenho a certeza, neste filme não irá faltar...

10 de dezembro de 2012

" Poucas são a coisas que causam mais decepção à alma do homem do que acordar, especialmente cedo na manhã, enquanto outros dormem. É só quando uma pessoa está acordada que se apercebe como os sonhos nos transcedem. " In " A Gente Independente" de H. Laxness

9 de dezembro de 2012

Do coração que ama

" Poucas coisas são tão falíveis e inconstantes como o coração que ama, e no entanto é o único lugar no mundo onde existe o sentimento de partilha." in " A Gente Independente " de H. Laxness

6 de dezembro de 2012

Pergunta de algibeira

Para quando este livro traduzido em português ? Ou será que vou ter que o ler em espanhol ? Vou falar com a editora que o publica e já venho :) Na verdade, acho que irei tentar ler todos os livros dele em espanhol...


Actualizado: Em 2013, com data a anunciar, temos este livro editado em Portugal, garantiu-me simpaticamente a Porto Editora. :)

5 de dezembro de 2012

No país dos sacanas

“Que adianta dizer-se que é um país de sacanas?
Todos o são, mesmo os melhores, às suas horas,
e todos estão contentes de se saberem sacanas.
Não há mesmo melhor do que uma sacanice
para fazer funcionar fraternalmente
a humidade da próstata ou das glândulas lacrimais,
para além das rivalidades, invejas e mesquinharias
em que tanto se dividem e afinal se irmanam.

Dizer-se que é de heróis e santos o país,
a ver se se convencem e puxam para cima as calças?
Para quê, se toda a gente sabe que só asnos,
ingénuos e sacaneados é que foram disso?

Não, o melhor seria aguentar, fazendo que se ignora.
Mas claro que logo todos pensam que isto é o cúmulo da sacanice,
porque no país dos sacanas, ninguém pode entender
que a nobreza, a dignidade, a independência, a
justiça, a bondade, etc., etc., sejam
outra coisa que não patifaria de sacanas refinados
a um ponto que os mais não são capazes de atingir.
No país dos sacanas, ser sacana e meio?
Não, que toda a gente já é pelo menos dois.
Como ser-se então neste país? Não ser-se?
Ser ou não ser, eis a questão, dir-se-ia.
Mas isso foi no teatro, e o gajo morreu na mesma.”

Jorge de Sena
10/10/73

4 de dezembro de 2012

20 anos



e o Mundo ainda continua a necessitar ouvir as suas vozes .