26 de junho de 2017

Quase a entrar Julho

e a  barriga a crescer ao ritmo da ansiedade.

PS: não a minha,claro. 

19 de abril de 2017

"Arrival"

Que filme belíssimo. A prova de que não é necessário fazer ficção cientifica com dragões, bichos esquisitos, naves supersónicas e efeitos especiais feitos por computador. Há neste filme, uma humanidade que, por vezes, peca por ausente nos filmes deste género.  
Fiquei apaixonado pela história, tentarei ler o conto que o influenciou e tem uma banda sonora com uma beleza arrepiante. Fiquei tão arrependido por não ter ido ao cinema vê-lo, aposto que nalguns momentos seriam mesmo de outro mundo. Aconselhável.

27 de março de 2017

As minhas novas paixões

acompanhar ténis, ver séries da National Geographic e ler catálogos de coisas de bebés.

6 de março de 2017

Somos um só

Caminhava sozinho no meio do povo mas não me sentia só. Todos cantavam a mesma frase. O mesmo grito. No mesmo ritmo. Ninguém desafinava.Todos sorriam. Eu era um deles. Nós todos éramos um. Crianças ao colo dos pais a vibrar. Namorados a olharem carinhosamente. Amigos abraçados. Desconhecidos trocavam olhares. Enquanto descia as escadas senti-me feliz por ali ter estado. Foi bonito. Que em Maio venha a recompensa. 

23 de fevereiro de 2017

20 de fevereiro de 2017

13 de fevereiro de 2017

Dia Mundial da Rádio

Olhando para trás, no meu post do "Curso de Cultural Geral" cometi um erro. Ou um esquecimento da coisa que mais fez por mim na minha formação cultural: a rádio.  Posso dizer que através da rádio, criei ídolos, sonhos, gritei golos do meu clube, arrepio-me com canções, nasceu desejos, e porque não, também já ouvi tristezas e chorei por noticias dadas. Quase tudo aquilo que me foi dado a conhecer, seja ela de música, mas também de cinema e literatura, foi me dado a conhecer através da rádio, de alguns programas ou então de podcasts, uma nova forma de fazer rádio que ultimamente vale mais a pena ouvir do que ouvir a própria rádio.

Saudades do tempo em que a rádio não era uma playlist repetida ao longo do dia, mas sim quando os locutores nos davam a conhecer novas músicas e novos grupos. Abençoadas rádios que ainda continuam com programas de autor sem seguir playlists de interesses instalados. Viva a rádio. A verdadeira rádio.

10 de fevereiro de 2017

6ª feira musical



Porque para a semana estreia o "T2- Trainspotting" e irei tentar colocar posts sobre um dos filmes que mais marcou a minha adolescência. 

2 de fevereiro de 2017

Curso de cultura geral

Existe um programa de televisão, apresentado por Anabela Mota Ribeiro cuja premissa é a do convidado dar 10 tópicos culturais que foram marcantes na sua vida.
Dei por mim a pensar em fazer o mesmo e achei que seria interessante partilhar o que, até ao momento, culturalmente foi de muito importante na minha vida. É um exercício interessante e diz muito do que nós somos. Aconselho a tentarem. A saber:


1- "E.T - O Extraterrestre" de Steven Spielberg e as minhas primeiras lágrimas ao ver um filme.
2- Bob Dylan em Manchester em 1966 a cantar "Like a Rolling Stone" como nunca se viu. Vi no "Youtube" e pensei que se tivesse uma máquina do tempo iria logo para aquele local e aquela data.
3-"As aventuras de Tom Sawyer" primeiro em BD depois pela escrita do mestre Mark Twain
4- Aquela última cena do filme original " O Planeta dos Macacos- O homem que veio do futuro".
5-" The Sopranos"- do primeiro ao último episódio.
6- Primeira vez que ouvi Tom Waits na solidão do carro numa auto-estrada vazia e escura.
7- Parar na Praça Della Signoria em Florença com 35 graus e um gelado na mão
8-Brincar na rua com amigos. Aprendi a "cultura" da amizade, solidariedade, companheirismo .
9-Os filmes de Charlie Chaplin que mostram mais da vida do que outra coisa.
10- O dia em que descobri o significado de "Big Brother" aquando da leitura de "1984" de George Orwell .

31 de janeiro de 2017

A frase que resume o Mundo

"Há momentos na história em que nas urnas está a ditadura, nas ruas a democracia." - lida no Facebook da historiadora Raquel Varela

24 de janeiro de 2017

Throwback life- O que passou na minha ausência ( resumir o tempo perdido) "

Casar ao som de Nick Cave. "Aida" na Arena Verona. Passear na bella Florença e prometer lá voltar. Patti Smith ao vivo duas vezes. A poesia de Matilde Campilho. Os livros de Gonçalo M.Tavares. Os filhos dos meus amigos. Benjamim Clementine a sussurrar palavras musicadas. Ver que parece que estamos de regresso aos anos 90 culturalmente. Sesimbra em Agosto. Inverno na Suécia. Voltar à infância com "Stranger Things na tv e "Jurassic Park" no cinema. "Boyhood" ou como eu também fui um bocado assim. "Star Wars" no cinema. Podcasts e mais podcasts. Chorar pelo Bowie. Ter na baliza do FCP um galáctico. "Spotlight" ou como era bom o jornalismo estar assim. Dançar Beach Boys no Parque da Cidade. O golo do Éder que me pôs rouco. Beck e "Morning Phase". Veneza com 35 graus.O fim de Leonard Cohen. Parar até altas horas da madrugada em frente à tv por causa dos Jogos Olímpicos. Dylan Nobel da Literatura.O novo livro de Salman Rushdie. Noel Gallagher ao vivo. Uma pizza e uma birra ( cerveja) em Bolonha. Radiohead no Alive. Partilhar sorrisos, alegrias e tristezas com amigos. Sushi ou como passou de um ódio a paixão. O regresso do grande Tarantino. Car Seat Headreast e Angel Olsen o som do futuro. A perfeição do álbum de Nick Cave. As perdas que vamos vendo de pessoas queridas.O Mundo em sobressalto.

20 de janeiro de 2017

6ª feira musical


Esta é dedicada à Magda e ao Gabriel  que ontem deram ao Mundo mais uma Salomé. Parabéns, amigos.

19 de janeiro de 2017

" A morte de um apicultor"

Que livro belíssimo. Tão breve como intenso. Tão incomodativo como um ferrão de uma abelha, como doce como o mel. " A morte de um apicultor" de Lars Gustafsson foi o primeiro livro que li deste autor sueco, falecido o ano passado, e deixa curiosidade para que consiga embrenhar ainda mais na sua obra literária. 

É o espectro da morte, da sua recusa primeiro e depois da sua aceitação, que habita em todo o livro, e na forma como um homem com doença terminal lida com o seu fim. Ou talvez seja da força de viver, sem cair em dramatismos ou lamechices de livros de auto-ajuda.

Para compreendermos melhor a trama, vamos lendo os diários que a personagem principal mantinha durante a sua fase terminal. Após a recepção e recusa de abrir uma carta, na qual poderá constar o veredicto da sua doença, ele escolhe viver perante a inevitabilidade do seu fim.

“Se esta carta contém a minha morte, recuso-a. Não devemos querer nada com a morte. Tive a sorte de aprender isto muito cedo, e é algo que me tem sido útil ao longo da vida.
Após essa recusa acompanhamos o seu caminho para o seu fim, ao mesmo tempo que vamos sabendo de algumas das suas recordações mais determinantes na sua vida, sempre escrito de uma forma simples mas desarmante. 
Um livro pequeno no tamanho, que se lê de forma breve e aconselhável a todos.

“Aquilo que aprendi: não existe uma verdadeira saída para a vida. A única coisa que podemos fazer é adiar a decisão para o dia seguinte, com um pouco de habilidade e astúcia. Mas não há saída. Trata-se de um sistema fechado, e, no fim, só resta a morte. O que não é, de todo, uma saída.”

PS: O livro que li foi da edição ASA, não o da imagem.

18 de janeiro de 2017

Da linha entre a dor e o desejo

“É incomodativa a parecença entre a dor e o desejo. Ambos monopolizam toda a atenção, nada mais existe, como uma mulher amada. São capazes de apagar tudo, as notícias, o tempo lá fora, as mudanças na natureza, até a angústia. É um reino onde impera uma verdade definitiva.” in " A morte de um apicultor " de Lars Gustafsson

12 de janeiro de 2017

Meryl Streep a falar de nós

Nos últimos dias as redes sociais encheram-se de partilhas sobre o discurso, fantástico diga-se, da enorme Meryl Streep, aquando da sua coroação na entrega dos prémios Grammys. Apesar de ser  particularmente dirigido a uma pessoa em particular, no caso a Donald Trump, acho que  "fala" muito do que nós nos estamos a tornar. Como pessoas, mas também como consumidores dos media.

"O desrespeito convida ao desrespeito " disse a uma certa altura Meryl Streep. Penso que essa será a frase-chave daqueles minutos preciosos que merecem  toda a nossa atenção. É só ler as redes sociais e ver o "tratamento" que muita gente deu à morte de Mário Soares. E muitas das queixas eram do género " isto está sempre a dar na televisão." Que vidas tão ocas devem ter essas pessoas para se queixar do que dá na tv, quando podem trocar de canal. E de observar as reacções mais ou menos inflamadas contra os refugiados, ou até quando se organizam "autos-de-fé" sobre qualquer pessoa devido a uma opinião/afirmação/atitude/etc.

Mas também bate sobre um ponto fulcral da nossa sociedade: a imprensa. Estamos a viver um tempo em que a imprensa está a mando de grupos financeiros poderosos, cuja influência na opinião pública, quer social quer politicamente, está a ser determinante para algumas situações negativas que tem vindo a acontecer. E é bom que nós, como leitores, estejamos atentos a isso.

Um discurso corajoso de uma mulher cujo talento não se limita aos ecrãs. Obrigado Meryl Streep. Precisamos de mais vozes dessas. 


10 de janeiro de 2017

1 ano sem Bowie




Ouvi pela primeira vez a canção "Lazarus" no metro naquela manhã em que Bowie tinha desaparecido no mundo dos vivos. As lágrimas vieram-me logo quando ouvi os primeiros versos: 


Look up here, I'm in heaven

I've got scars that can't be seen

I've got drama, can't be stolen
Everybody knows me now

Disfarcei o choro, pus pause na canção e acomodei a minha tristeza no silêncio daquela manhã fria tentando ler um livro.

Não foram as minhas primeiras lágrimas por um ídolo, a vida passa, nós crescemos e perdemos os nossos ídolos nesta caminhada, e comecei a perder muito cedo ídolos quando vi Kurt Cobain sucumbir a um vicio terrível, mas deve ter sido a primeira vez que tive a sensação que a minha vida, a nossa vida, não iria ser a mesma. 

Acho que mudei um pouco o meu ser aquando do desaparecimento de Bowie, foi um pedaço forte da minha vida que desapareceu, foram sonhos, desejos, palavras que me disseram coisas, que me mudaram, que ainda mudam hoje que desapareceram sem me preparar para isso. 

Bowie hoje faz um ano que desapareceu fisicamente e que ganhou lugar na eternidade. Faz-me muita falta. E ao Mundo também.

9 de janeiro de 2017

Recomeçar

Na vida temos, por vezes, fazer novos recomeços. Recomeçar novas coisas, reavivar sonhos, desejos, projectos, concretizar o que ficou esquecido lá atrás. Voltar a pegar em coisas velhas, abandonadas, sacudir o pó, rever prioridades e avançar rumo a uma concretização diferente do que nos levou a abandonar essa coisa. Hoje, farto de muitos adiamentos, resolvi recomeçar a escrever no blog. A voltar a partilhar os meus desejos, os meus sonhos, as minhas angústias, as minhas ansiedades, os meus gostos. Sintam-se tentados a recomeçar a voltar a ler-me.