31 de março de 2011

PJ Harvey - Written on the Forehead

Dois paises, dois povos, o mesmo mundo. De uma lado as fotografias que mostram as ruínas de uma guerra. No outro lado a vida de outra gente mas que poderia bem ser a nossa. Pelo meio a perfeição da música a unir duas realidades bem presentes e bem diferentes no mundo actual.



Fotografias e realizaçao de Seamus Murphy

29 de março de 2011

Da (não) justificação do mal

" O mal encontra justificação na sua existência. O mal não precisa de prova ontológica, nem de redução ao absurdo, nem de fé ou de profetas. O mal é a sua própria expectativa.
A minha vida ensinou-me que é o bem que precisa de justificação. É o bem que precisa de um porquê, de uma causa, de um motivo. É o bem que, na realidade,constitui o mais profundo dos enigmas. " in " A Derrocada" de Ricardo Menéndez Salmón

27 de março de 2011

Gosto disto

e acabo cada programa com uma sensação de vazio por não ter a possibilidade de viajar mais e de conhecer novas terras e novas culturas.

25 de março de 2011

Desligar




Desligo quando ergo o rosto à procura dos raios de sol. Desligo quando corro na margem do Rio Douro. Desligo quando vejo o Douro vinhateiro. Desligo quando entro na porta 9 do Estádio do Dragão. Desligo quando leio um poema. Desligo quando oiço uma canção. Desligo quando vejo o Tom &Jerry. Desligo quando vou para cima de uma bicicleta para fazer spinning. Desligo no café de manhã de Domingo. Desligo quando descubro o silêncio. Desligo quando abraço a minha prima. Desligo quando discuto música com o meu primo.Desligo quando sorrio para um bebé. Desligo quando  como cerejas. Desligo quando ponho açúcar nas romãs. Desligo  quando estou com quem amo. Desligo quando estou com quem odeio. Desligo quando como maracujás. Desligo quando converso com amigos. Desligo quando apagam as luzes do cinema.Desligo quando vejo uma mulher bonita na rua. Desligo quando vejo a Scarlett Johansson.Desligo quando  a Ana Ivanovic faz um "pass shot". Desligo quando leio algo que me faça dobrar os cantos da página. Desligo quando vejo o Porto através de Vila Nova de Gaia. Desligo quando vejo a ruiva do "Mad Men". Desligo quando entro nos Jardins do Palácio de Cristal. Desligo quando fecho os olhos para dormir. Desligo quando salto para uma piscina. Desligo quando viajo de comboio.Desligo quando tiro uma fotografia. Desligo quando me elogiam. Desligo quando bebo um cappuccino em dias frios. Desligo quando como um gelado em dias quentes.Desligo quando recordo a infância. Desligo quando me contam anedotas. Desligo quando como ameijoas.Desligo quando estou a jogar o FM.Desligo quando o Tom Waits sobe ao palco.Desligo quando arrumo os livros nas estantes.

Desligo, por vezes até, dessa necessidade de nos desligarmos por breves momentos. Este fim de semana vou tentar desligar um pouco de tudo tentando-me conectar à vida. Para que ela tenha outro sabor.


PS: Vídeo, e "inspiração" para post, retirado daqui.

22 de março de 2011

Versões improvaveís ( 16 )

A artista que deu o concerto que mais vibrei em 2010 num Festival a cantar o artista que mais quero ver em 2011, num Festival, a canção que me fez nascer uma ideia, um pouco louca, e que um dia, talvez, a ponha em prática. Aqui fica Florence & The Machine a cantar Beirut. Se bem que eu prefira a original, esta versão demonstra a versatilidade e a força da voz de Ms. Florence Welch. E ouvir Beirut, mesmo na voz de outros, é sempre bom em qualquer altura.

21 de março de 2011

Do dia da poesia

 Guia de conceitos básicos

" Use o poema para elaborar uma estratégia
de sobrevivência no mapa da sua vida. Recorra
aos dispositos da imagem, sabendo que 
ela lhe dará um acesso rápido aos recursos
da sua alma. Evite os atolamentos
da tristeza,e acenda a luz que lhe irá trazer
uma futura manhã quando o seu tempo
se estiver a esgotar. Se precisar de
substituir os sentimentos cansados
da existência, reinstale o desejo
no painel do corpo, e imprima os sentidos
em cada nova palavra. Não precisa
de dominar todos os requisitos do sistema:
limite-se a avançar pelo visor da memória, 
procurando a ajuda que lhe permita sair
do bloqueio. Escolha uma superfície
plana: e deslize o seu olhar pelo
estuário da estrofe, para que ele empurre
a corrente das emoções até à foz. Verifique
então se todas as opções estão disponíveis: e
descubra a data e a hora em que o sonho
se converte em realidade, para que o poema 
e vida coincidam. " ( Nuno Júdice)
“Na vida e no poema 
 dar menos um passo" ( Adília Lopes )

20 de março de 2011


E, de repente, numa tela escura no meio da rua acende-se uma luz e um sorriso cúmplice.

   01 Sit Down Beside Me by meluzive

19 de março de 2011

Sessão de Cinema - Aardman Animations Infantil

Hoje é dia de ir a Vila do Conde ver


A ovelha Timmy


e a ovelha Choné



Duas sessões de cinema incluídas neste ciclo de cinema de animação. E eu que, estupidamente, perdi a sessão com o Wallace & Gromit...ah, é claro, a pequenina também vai. Aliás, é por causa dela que eu vou lá, que eu não gosto lá muito disto..

um bocadinho, vá

só um pouco mais do que alguns adultos

ok, ok, na verdade, ela serve de desculpa para eu ir :P

17 de março de 2011

A marca do Dragão

Cada vez mais tenho orgulho de ser Dragão. Dois treinadores com a marca do Dragão passaram aos 4ºs de final da Liga Europa mostrando que ao contrário de que muitos cobardes possam querer passar uma mensagem falsa e rasteira, aqui trabalha-se com qualidade e rigor sempre na busca da vitória. Parabéns Villas Boas e Domingos. Lado a lado, e passo a passo, vamos sonhando com a vitória final. E que lindo seria uma final entre os dois.

14 de março de 2011

Ryan Adams no Teatro Sá da Bandeira no dia 17 de Junho

 
Nem acredito. No meu 1º dia com 30 anos. Um dos meus concertos de sonho. Que seja um bom prenûncio. Ainda nem estou em mim. Ryan Adams...e eu que vou meter umas cunhas para ver se o conheço e para me autografar os 9 cd´s originais que tenho dele :P

13 de março de 2011

00:53:52


É a correr que sentimos mais a nossa força psicológica a funcionar. Mais até do que a força fisica. Passou-me pela cabeça, e por vários momentos, desistir ou fazer batotice cortando caminho, ou, principalmente, parar, mas ao meu lado esteve sempre aquele espirito com força que temos escondido em nós que não me deixava ir abaixo, que me soprava aos ouvidos que não poderia parar, que estava quase chegar à meta, que não poderia desistir e lá consegui chegar ao fim dos 10 Km com o tempo programado

Pensei que fosse mais fácil, vi-me confrontado com algumas contrariedades ( pequeno-almoço demasiado pesado para correr e 3 dias sem ter ido treinar foram os maiores erros ), custou-me adaptar correr no meio de imensa gente, mas depois de me libertar e de controlar o cansaço fui-me motivando a mim próprio para conseguir terminar com um bom tempo e, felizmente, tudo correu bem. E sem dores no calcanhar e no joelho que me estavam a preocupar. Agora venha a próxima corrida, continuar a treinar mais forte  aprendendo com os erros para ser ainda melhor. Como em tudo na vida.

12 de março de 2011



Objectivo principal: Correr para se divertir e divertir-se a correr.
Objectivo secundário: terminar em menos de uma hora.

11 de março de 2011

Da memória. De como somos servos dela.

"A memória não é um instrumento do homem, um servo amável, um valet eficiente; parece antes ser o homem o lacaio da sua memória. Porque o homem enfraquece, distrai-se, corrompe-se, mas a sua memória permanece firme, sempre na primeira linha, incorruptível; de maneira que, enquanto o homem tropeça, ou arrefece, ou perde os seus dentes, ou ergue muralhas, ou se disfarça, ou devora os seus semelhantes, ela permanece alerta, absorvendo tudo, guardando tudo, classificando tudo: cavando, cavando, cavando " in " A Ofensa " de Ricardo Menéndez Salmón

10 de março de 2011

Do corpo. Como parte de nós.

"O homem con­vive com o seu corpo, mas não o conhece. Pelo menos não de uma forma exaus­tiva. Um homem e o seu corpo são rea­li­da­des dis­tin­tas. É isso cer­ta­mente que per­mite com­pre­en­der a essên­cia última da dor, que não é mais do que a rup­tura que pro­voca a indi­fe­rença do corpo face a nós pró­prios. Uma dor de den­tes, obs­ti­nada e surda ao nosso desejo, basta para fazer ver seme­lhante drama. E é tam­bém isso cer­ta­mente o que per­mite a um ser humano con­ser­var o seu nome, a sua dig­ni­dade, aquilo que mais inti­ma­mente pos­sui, quando o seu corpo, na doença, na muti­la­ção ou na velhice, já não lhe pertence." In " A Ofensa" de Ricardo Menéndez Salmón

8 de março de 2011

Blue Valentine


No cinema, como na vida, sempre tive tendência para gostar de histórias de amores incompletos.

PS: Ryan Gosling é, definitivamente, dos actores, no momento, com o estilo mais cool, o qual , confesso, invejo, fazendo-me lembrar os momentos áureos do  Edward Norton. Michelle Williams está enorme na sua interpretação, bem merecida a nomeação para os Óscars. Um filme demonstrativo de que o amor também é uma coisa que se gasta e uma chama que se apaga com a mesma facilidade com que se acende.

6 de março de 2011

96. 

Vejo as paisagens sonhadas com a mesma clareza com que fito as reais. Se me debruço sobre os meus sonhos é sobre qualquer coisa que me debruço. Se vejo a vida passar, sonho qualquer coisa.
De alguém alguém disse que para ele as figuras dos sonhos tinham o mesmo relevo e recorte que as figuras da vida. Para mim, embora compreendesse que se me aplicasse frase semelhante, não a aceitaria. As figuras dos sonhos não são para mim iguais às da vida. São paraletas. Cada vida - a dos sonhos e a do mundo - tem uma realidade igual e própria, mas diferente. Como as coisas próximas e as coisas remotas. As figuras dos sonhos estão mais próximas de mim, mas []

2 de março de 2011

I´m so tired



Muito.Muito.Muuuuuiiiiiito.