26 de janeiro de 2009

Saldos na promoção

Finalmente sim. E veio em jeito de "leva 2 pelo preço de 1". Como nos saldos. De 3ª passo para 2ª e no próximo mês passo logo para 1ª. Melhor, muito melhor, em todos os sentidos, daquilo que eu imaginava na altura em que me falaram pela primeira vez disso. Agora sim, estou de parabéns. A dobrar. E preparado para todos e mais alguns desafios ( que vão ser alguns), e responsabilidades ( que serão imensas), que, a partir de agora, possa vir a encontrar.

PS: ah...e claro, sempre irá existir um copo para comemorar. Ou dois, neste caso.

25 de janeiro de 2009

Desafios...

A Maria desafiou-me para contar 16 factos sobre a minha pessoa. É claro que aceitei logo, mas não peçam para escolher pessoas, quem quiser que se sinta desafiado. A minha maior dificuldade foi descobrir 16 factos interessantes na minha vida mas cá vai :

1 - Não existe nada como o ventre da minha mãe. Eu só saí de lá, à força e com ventosas...

2 - Tenho uma relação com as almofadas deveras engraçada. Reza a lenda, que em criança, além de andar com uma almofada sempre atrás de mim, tipo o outro do Charlie Brown com o cobertor, dormia com 5 travesseiras. Uma na cabeça, uma nos pés, outra a segurar o braço esquerdo, outra o direito e outra nas mãos agarrada a ela. Na adolescência, libertei-me de tudo isso, dormia mesmo sem almofadas. Agora as minhas almofadas favoritas são aquelas que ocupam a cama toda, tipo camas de hotel, embora durma com 2 almofadas lado a lado. Freud deve ter explicado isso bem.

3- Em criança estive a um passo, literalmente a um passo em areias movediças, de morrer afogado. No entanto, a partir daí, perdi todo e qualquer medo da água. Aliás, um dos maiores sonhos da minha vida é fazer/tirar um curso de mergulho.


3- Em pequeno, gravava os relatos de futebol ( do meu clube, pois claro) e ouvia-os toda a semana, imitando o relatador. Tinha k7´s e k7´s desses relatos, hoje dava tudo para os ter em meu poder.

4-Silêncio que vou dormir - não consigo adormecer com barulho, embora depois todo o barulho não me faça acordar porque durmo como uma rocha.

5--Embora agora não pareça, eu na adolescência, usei cabelo grande, assim mais ou menos tipo Kurt Cobain.Grunge power.

6- Nunca, em caso algum, jamais, me peçam para...cortar uma coisa direita com uma tesoura. Coisas de canhotos.

7- Uso óculos desde os 9/10 anos, mas à uns 6/7 anos comecei a usar lentes de contacto.

8- Um dos meus primeiros beijos apaixonados foi num dos sítios mais bonitos da cidade do Porto: os Jardins de Serralves. O normal para quem estudava na escola ao lado.

9- Adoro a Argentina e tudo em seu redor. Por causa de Maradona, pelo tango, por Borges, pelo povo, pela poesia, por Guevara, etc, é, definitivamente, o meu país de sonho.

10- Sou bem mais falador numa conversa a dois do que nas conversas de grupo. Penso que nas conversas de grupo, devo ser mais observador do que falador, mas na conversa a dois não sou dado muito a silêncios e conduzo a conversa. Quero dizer, pelo menos faço questão se faço isso, ou bem ou mal, se são chato ou não, não sei...responda quem souber.

11- Cerejas e morangos com calor, romãs e castanhas no tempo de frio. Maracujás e kiwis todo o ano.

12- Sou um verdadeiro sósia do...Monstro das bolachas. Adoro bolachas de todo o tipo/forma/género.

13- À medida que a idade vai passando vou-me libertando de certas coisas. Na adolescência era bastante tímido e introvertido. O meu trabalho, com o devido contacto com o público, libertou-me de todas as amarras. Melhor quase todas as amarras, ainda existem coisas que continuo a perder por ser assim...

14 - Não me perguntem o porquê mas eu...não consigo distinguir os cheiros.

15- Tenho sorte nos passatempos, já ganhei livros, bonés, cd's, bilhetes, menos dinheiro ( começar a jogar no Euromilhões até pode ser boa ideia) mas o prémio que me deu maior alegria foi uma caderneta e uma caixa completa de cromos da colecção do D'Artacão que ganhei quando era pequeno. Estive toda a tarde a colar os cromos e a sonhar com a Julieta.

16- A melhor definição que dei a alguém de mim próprio foi: sabes um robô daqueles com pilhas fracas que necessitam de um empurrão e depois levam tudo à frente ? É o que eu sou, preciso sempre de um empurrão, um motivo, algo que me dê força para seguir em frente.


22 de janeiro de 2009

" O meu segredo do meu sucesso é: tão somente a minha capacidade comunicativa, o meu talento, o meu método e, passe a modéstia, algum carisma. Mas carisma é só 15%, o resto é suor e trabalho.Muito trabalho."

Bruno Aleixo a ser entrevistado por Carlos Marques, na estação de rádio onde ficou entalado o rissol, ou como se passa vinte e cinco minutos sempre a sorrir.


20 de janeiro de 2009

19 de janeiro de 2009

João Aguardela ( 1969-2009 )

Todas as palavras serão poucas para definir a estupefacção que senti quando soube da triste noticia. Um dos músicos mais influentes na música portuguesa desapareceu, de repente, ficando a sua imensa obra. Quem nunca cantarolou uma canção dos Sitiados ? Quem não ficou maravilhado com a obra dos Naifa ? Tudo é pouco para dizer que a sua obra perdurá no tempo e será sempre recordada. Pena não vivermos num país onde quem cria arte tenha o mesmo tempo de antena do que outros portugueses. Paz à sua alma.



18 de janeiro de 2009

25 anos depois...

Original é o poeta

Original é o poeta que se origina a si mesmo
que numa sílaba é seta
noutro pasmo ou cataclismo
o que se atira ao poema como se fosse um abismo
e faz um filho ás palavras na cama do romantismo.

Original é o poeta capaz de escrever um sismo.
Original é o poeta de origem clara e comum
que sendo de toda a parte não é de lugar algum.
O que gera a própria arte na força de ser
só um por todos a quem a sorte faz devorar um jejum.

Original é o poeta que de todos for só um.
Original é o poeta expulso do paraíso
por saber compreender o que é o choro e o riso;
aquele que desce à rua
bebe copos quebra nozes e ferra
em quem tem juízo versos brancos e ferozes.

Original é o poeta que é gato de sete vozes.
Original é o poeta que chegar ao despudor
de escrever todos os dias como se fizesse amor.

Esse que despe a poesia como se fosse uma mulher
e nela emprenha a alegria de ser um homem qualquer.


Soneto de Inês

Dos olhos corre a água do Mondego
os cabelos parecem os choupais
Inês! Inês! Rainha sem sossego
dum rei que por amor não pode mais.

Amor imenso que também é cego
amor que torna os homens imortais.
Inês! Inês! Distância a que não chego
morta tão cedo por viver demais.

Os teus gestos são verdes
os teus braços são gaivotas
poisadas no regaço
dum mar azul turquesa intemporal.

As andorinhas seguem os teus passos
e tu morrendo com os olhos baços
Inês! Inês! Inês de Portugal.


José Carlos Ary dos Santos ( 7 de Dezembro de 1937 - 18 de Janeiro de 1984)


Descobri este grande poeta na minha adolescência, na altura onde queremos ver além daquilo que nos mostram e nos querem mostrar. Queremos descobrir uma outra vida atrás desta vida. Ele mostrou-me um país, ensinou-me, através das suas palavras, como se rasgava contra as mordaças de uma ditadura e como se mostra o amor na sua poesia. 25 anos depois, a sua obra ainda é actual e a sua ausència é notada num país onde (quase) tudo parece estar como dantes.

17 de janeiro de 2009

Direitos e Deveres

Hoje vivemos numa sociedade onde se desgastam as palavras, utilizamos-as a torto e a direito esvaziando os seus conteúdos e significados . Uma delas é a palavra " direitos". Todos nos incitam para que façam valer dos nossos direitos. Temos direito a isto, direito àquilo e se não nos fazem valer os nossos direitos então temos o livro de reclamações que nos aparece como o Grande Santo Graal dos nossos direitos.
Mas, primeiro e provavelmente o mais importante, são aquilo que toda a gente se esquece quando se refere aos direitos : os nossos deveres. E saber que a linha que distingue uma coisa da outra é ténue e que antes de invocar os direitos, temos de cumprir os deveres.

Esta semana, por duas vezes, pediram-me o livro de reclamações por duas situações que nada tiveram a haver, nem razão para isso. Não houve faltas de educação da nossa parte ( uma delas passou-se comigo e com a minha nova colega de trabalho, e a outra passou-se apenas comigo), não houve mal tratamento, más informações, nada. Pede-se o livro de reclamações sem se lembrarem que necessitam de respeitar quem está no outro lado e além disso não existe uma regra especifica que se deve cumprir e que quebrando essa aí já se pode fazer uso dele. E depois protege-se um lado e o outro quem os protege ? E até é o lado que surge sempre como o maior prejudicado.

À 1 ano atrás descontrolei-me e recusei dar o livro de reclamações a uma pessoa. Sim, recusei, mesmo estando contra a lei recusei, ela indignada disse que iria telefonar à policia, e eu até lhe ofereci o telefone e comecei a ligar o número para espanto de quem assistia, tudo porque ela não me respeitou e levou uma resposta à altura, e sem ser mal-educado ( ou mandá-la calar é ser mal-educado ? ). Nesta semana, uma foi porque ela queria apenas inscrever no livro que esteve lá, como se o livro fosse um mero livro de presenças, ainda por cima quando ela é que estava a infligir a lei ( quem sabe o que faço perceberá melhor esta parte) .
A outra situação teve a haver com um mal-entendido, dei uns prazos de uma situação, que até nem depende de mim, e esses não foram cumpridos.
Que culpa tenho eu, e para quê escrever num livro de reclamações se tem contactos da nossa administração à disposição?

Os dois casos foram resolvidos a bem, se bem que neste último um soco nas trombas daquela pessoa era melhor resolvido, mas levou-me a questionar isto : será que, ao estar sempre a apelar a que façamos uso dos nossos direitos sempre e em qualquer situação estamos a preparar uma sociedade civil irresponsável e que se esquece dos seus deveres ?

2/05/2009

Confesso que a minha maior falha, sim é motivo de vergonha, foi nunca ter ido ver um concerto na Casa da Música. Poderia dar várias justificações para isso, mas agora isso não interessa. O que interessa é que a minha estreia será com a minha maior diva musical. Obrigado à Maria pelo aviso.

13 de janeiro de 2009

Isto é aquilo a que chamo um verdadeiro tesouro. Nada deprimente. Um tesouro que me vai entreter por muito e muito tempo, com vários downloads baixados e noites a sonhar por presenciar momentos como este



olhem só como eles passaram de uma canção para outra. Maravilhoso.

11 de janeiro de 2009

9 de janeiro de 2009

A tremer...

andamos todos a queixar do mesmo. E eu que apenas vi um flocozinho de neve pela janela enquanto tentava despachar um telefonema o mais rápido possível. A ver se neva em condições neste fim de semana. Sofrer com o frio, ao menos que tenhamos alguma recompensa .

8 de janeiro de 2009

Fix It - Ryan Adams




Convém passar para os 2 minutos e 18 segundos para começar a ouvir a canção.

6 de janeiro de 2009

Da transparência...

" Que cara é essa ? Estás triste . "

" Bem..esses teus olhinhos estão brilhantes. Olha, olha um sorriso de orelha a orelha. Isso tem pulga atrás da orelha"

" Andas muito calado. Que se passa ? "

" Os teus olhos não enganam...Eu olho para ti e vejo como estás."

Frases destas tem-me aparecido constantemente, e nesta altura mais do que nunca, na boca das outras pessoas. E o curioso é que, a maior parte, nem são pessoas com mais intimidade comigo. São pessoas de um convívio normal. Isto leva-me a pensar " será que sou assim tão...como se diz...transparente ? Isso será bom ou mau ? Ou perigoso, porque não ?
"

5 de janeiro de 2009

As 3 vidas


Um interessante livro que fala de funambolos, de vidas na corda-bamba e, principalmente, na busca incessante do "eu" através do " outro". Apareceu-me como o livro certo na altura certa. Mais informações no sitio do costume.

4 de janeiro de 2009

O destino ( acreditar nele)

" ...o resto ficou a cargo de algo a que prefiro chamar destino, uma força maior do que qualquer motivação humana que possamos invocar. A certa altura das nossas vidas é conveniente acreditarmos em algo semelhante- uma entidade magnânime, a tal sorte que protege os audazes-, para que a existência não se reduza a triste enfermidade do gesto humano, incapaz, por maior que seja, de rasgar o negrume em que caímos a partir do momento em que chegamos a este mundo. " João Tordo in " As 3 vidas"