29 de novembro de 2013

Versões improváveis ( 19 )

Lily Allen a cantar " Somewhere only we know" dos Keane numa versão que até eu, que não gosto do original, aprecio e muito.



PS: Na verdade Lily Allen é uma das minhas "guilty pleasures" :) ...

28 de novembro de 2013

Suede: anos 90 bem medidos ( post atrasado, mas ainda a tempo )


 Com a música dos Suede vem sempre recordações nostálgicas e foi isso que aconteceu. Relativamente ao último concerto em 2011 foi um concerto menos eufórico, mais "maduro", com um som mais puro, com uma energia sempre contagiante apesar do Coliseu do Porto não ter enchido. Os Suede provaram que mesmo após 20 anos do seu êxito-mor ainda fazem sentido, e é essa a sua maior conquista concerto a concerto. 

27 de novembro de 2013

Do Paulo Fonseca ( um longo desabafo )

A minha primeira birra com o Paulo Fonseca foi quando, ainda treinador do Paços de Ferreira, veio ao Dragão jogar à defesa e quando a equipa pacense já perdia por 2-0, ele não mexeu no sistema táctico da sua equipa esperando que os deuses do futebol lhe dessem oportunidade de chegar à baliza adversária, o que tal não viria a acontecer. Mas como o treinador era da outra equipa que não a minha, apenas lamentei como era possível o futebol português ter treinadores destes que mais se contentam em não perder, ou perder por poucos, do que vencer. Após isso dei-lhe mérito pelo grande trabalho no Paços de Ferreira.

Depois, numa rica tarde de Verão daquelas que com este frio já sentimos saudades, comprei a revista " Dragões" com uma grande entrevi
sta de apresentação com o novo treinador do FCPorto. Ser admirador de Wenger e Jorge Jesus, dois eternos perdedores se bem que o francês é bem capaz deste ano mudar esse epíteto, também não era um bom cartão de visita mas a própria entrevista em si espremida não trazia nada de novo, nem de bom. Poderia bem ter gasto os 3 € numa outra coisa, por exemplo numa ida ao Costa Café beber um capuccino e comer um muffin e ficava mais satisfeito. Torci o nariz quando ele aclamava que iria mudar o sistema, recordei-me de Del Neri que disse que iria mudar a forma de jogar da equipa e que o presidente o contratou foi porque algo estava mal. Isso até seria um discurso normal não fosse o FCPorto ter acabado de ser campeão europeu, e de ter dois anos gloriosos com Mourinho ao leme.

Entretanto começa a época...o FCPorto conquista a supertaça com um grande jogo frente a um fraquissimo Vitória de Guimarães, a época desenrola-se o FCPorto lá começa a ganhar, sempre a jogar fraco mas pronto lá vamos perdoando porque o sistema ainda se está a impor, porque continuamos a vencer, etc,etc. No entanto, os sinais que se pressentia algo mau estavam a nascer a olhos vistos cada jogo, ou porque a equipa não conseguia terminar os jogos tranquilamente, ou porque a jogada era sempre a mesma ( o médio defensivo recebe a bola manda para as laterais e os alas/laterais que se safem...), ou porque não se aproveitava os imensos cantos e livres, ou porque sentia-se que não se estudava o adversário, ou porque as alterações nunca mudariam o sistema táctico e eram sempre feitas muito tarde, havia sempre qualquer coisa que podíamos pegar. Veio uma boa vitória frente ao Sporting e o Guimarães para a Taça de Portugal, mas não existia uma vitória devido a um rasgo de genialidade do treinador, não existia a chamada "vitória com o dedo do treinador" mas sim porque...somos melhores.

Já não bastava o discurso pobre, a atitude conformada, o sistema de jogo que mudou descaracterizando uma equipa tricampeã, e isso é o seu maior erro que ainda não percebeu,  começaram os empates perdendo uma vantagem preciosa no inicio do campeonato e o presumível adeus à Champions . 

E porque o post já vai longo, não acho o Paulo Fonseca o único culpado, já todos percebemos que a dispensa do Iturbe foi imposta, o caso Izmaillov, a direcção também é culpada por escolher um treinador que não iria apostar na "evolução da continuidade" ( ora vede o que está a fazer Guardiola no Bayern Munique) mas sim em fazer uma rotura com um sistema, embora com defeitos, vencedor, acho que o fim como treinador do FCP está próximo. Segundo ele nunca anda aos esses e que segue sempre em frente com as suas convicções, e aí é que reside a questão as suas convicções não são para treinador com a história do FCPorto. O futuro o provará. 

PS: Tenho muita pena que a maior parte da blogosfera portista ter perdido a capacidade de fazer auto-critica da sua própria equipa mesmo quando vencíamos.Curiosamente foi quando começaram a surgir as convenções de blogs portistas patrocinadas pela direcção portista. Já parecem os outros que ajudaram o Passos Coelho. 

25 de novembro de 2013

Do Blog

 Saudades de escrever a sério.Falta de tempo.Problemas no computador Template que confunde e que não dá para escrever comentários ( 3 pessoas já se queixaram.), portanto mudo o template de forma mais simples. Um dia este blog ainda se reaviva da melhor forma.Até lá, ele vai sobrevivendo.

12 de novembro de 2013

A falta que Saramago faz

"A diferença (entre a ditadura e o capitalismo) é que não é a ditadura como nós conhecemos. É o que eu chamo de «capitalismo autoritário». A ditadura tinha cara, e nós dizíamos é aquela, ou aqueles militares, o Hitler, o Franco, o Pinochet, mas agora não tem cara. E como não tem cara não sabemos contra quem lutar. Não há contra quem lutar. O mercado não tem cara, só tem nome. Está em toda a parte e não podemos identificá-lo, dizer «és tu». Mesmo as pessoas que lutaram contra a ditadura, entrando na democracia acham que não têm mais que lutar. E os problemas estão todos aí. O mercado pode tornar-se uma ditadura. 

José Saramago, in 'O Globo (1999)'

5 de novembro de 2013

A ti...pelo teu aniversário

Mais e menos

No amor, regras que contem,
Há uma só que não é vã:
Amar hoje mais do que ontem
Mas bem menos que amanhã
E eu num fado que isto guarde
Também acrescentaria
Amo-te mais cada tarde
Do que amei nascendo o dia
E cada vez muito mais
Do que antes, mas tais requintes
São muito menos, ver vais
Do que nos dias seguintes
Com resultados tão plenos
Como somar dois e dois:
Muito mais e muito menos
Conforme "antes" e "depois"
No amor, regras que contem,
Há uma só que não é vã:
Amar hoje mais do que ontem
Mas bem menos que amanhã
                                        ( Vasco Graça Moura )