31 de julho de 2011

" A solidão dos números primos"


Um dos livros da minha vida. Tão trágico e tão belo ao mesmo tempo. Tão simples e delicado mas ao mesmo tempo tão duro na solidão descrita das personagens. Tão longe do que eu sou, mas tão perto do que eu sinto. Um vazio na alma quando o fechei pela última vez. A ler. Para quem procura na literatura respostas para a vida.

29 de julho de 2011

Em continuação do post anterior

" Nunca se pode saber o que se deve querer porque só se tem uma vida que não pode ser comparada com vidas anteriores nem rectificada em vidas posteriores. " In " A insustentável leveza do ser " de Milan Kundera

28 de julho de 2011

Two against one




Como diz a letra desta maravilhosa canção, é quase uma luta que travo comigo próprio quase todos os dias. E, nesta altura, ainda mais. Quando deixarei de ser assim e ir apenas ao ritmo que a vida nos impõe ?

26 de julho de 2011

Já estou inscrito :-O


Foi com uma mistura de enorme nervosismo, um pouco de medo, de ansiedade mas, sobretudo, de confiança que me inscrevi na Meia Maratona da Sport Zone. Nunca pensei correr uma Meia Maratona nesta altura, comecei a correr assiduamente a partir de Fevereiro, desafiado por umas amigas do ginásio, ganhei-lhe o gosto ( à corrida, não às amigas entenda-se, se bem que...), entrei numas provas, a mais longa foi de 16 km e dei comigo a pensar que " se fiz a de 16 km, mais um esforçinho e faço 21". 

Há coisas que se tem que fazer até lá, perder peso é uma delas ( precisava de perder 7 kg, 2 já lá foram com o Festival e uma semana de treino), consequentemente mudar hábitos alimentares, principalmente à noite, e, basicamente, treinar treinar treinar e descansar descansar descansar.  Vamos a ver se sou capaz de terminar a prova. Até lá, vai-se treinando.

23 de julho de 2011

Amy Winehouse (1983 - 2011 ) - Tears Dry On Their Own



Um dos maiores talentos musicais desapareceu aos 27 anos. Como Kurt Cobain, Jim Morrison, Janis Joplin, Jimmy Hendrix e Brian Jones. Sem palavras.

21 de julho de 2011

Do silêncio

" Olha a lua e para as estrelas e diz-me quão estúpida é a festa, qualquer festa, comparada com a beleza da noite. O silêncio é um dom universal e do qual poucos de nós desfrutam. Talvez porque não possa ser comprado. Os homens ricos compram ruído. As almas deliciam-se com os silêncios da natureza. Não podem ser negados aos que os procuram" in "  A minha viagem pela Europa" de Charlie Chaplin

19 de julho de 2011

Dos concertos

Dia 1 - Primeiro vieram os Sean Riley & The Slowriders que confirmaram o seu imenso talento, mesmo com alguns problemas técnicos à mistura, provando ser uma das melhores bandas portuguesas questionando o porquê de não tentarem a internacionalização. The Walkmen confesso que não dei muita atenção ( os festivais também são feitos de momentos assim), e The Kooks deram um concerto aceitável se bem que não seja de todo o meu estilo favorito. Beirut foi uma tremenda desilusão, tinha enormes espectativas, mas fiquei desiludido com o som paupérrimo, com a falta de animação por parte dele parecendo-me sempre deslocado. É urgente que ele volte mas num concerto em nome próprio. Lykke Li vi apenas 20/25 minutos, mas achei um grande concerto, acredito que quem o tenha visto desde o inicio até ao fim, possa recordar este espectáculo como dos melhores momentos do Festival. Artic Monkeys mostraram garra e um som poderoso. Nota-se já grande maturidade nestes míudos.

Dia 2 - O dia mais esperado e aquele que irei recordar para sempre, esquecendo até que perdi B Fachada. Primeiro, Noiserv, sem nenhuma novidade, é já o 3º concerto que o vejo e sinto que o seu talento não pára de crescer. Depois Rodrigo Leão que deu um grande espectáculo ao pôr-de-sol soube tão bem ouvir as sua melodias tranquilas e inspiradoras. De seguida os The Gift procuraram animar o pessoal que esperava as bandas que vinham a seguir e, de certa forma, conseguiram. Apesar de todas as suas canções parecerem de “final de festa”, o que acaba por aborrecer por alturas do meio do espectáculo e irritar já para o final, Sónia Tavares e seus companheiros deram um bom concerto. Portishead foi o momento em que a minha alma ficou cheia. Beth Gibbons...que voz, que presença, que concerto, vai direitinho para os concertos da minha vida. Ela no palco, eu perdido no meio do público, fizemos amor através da sua música.
Quase todo o público estava lá para ver os Arcade Fire e eles acabaram por presentear os seus fãs com um excelente espectáculo visual e um muito bom espectáculo musical. Com o público a colaborar a banda empenhou-se em corresponder, e conseguiu, a toda a euforia desmedida. Gostei muito mais do concerto que vi em Santiago de Compostela, mas foi um grande concerto lá isso foi.

Dia 3 - Os X-Wife deram um concerto interessante dentro do seu estilo rock dançante, a banda do Porto esteve bem na missão de abrir o dia, depois fui ver os PAUS e fiquei surpreendissimo,dois bateristas, uma guitarra e um sintetizador fazem a festa, lançam os foguetes, apanham as canas e voltam a fazer a festa, quero vê-los mais vezes. Elbow deram um excelente concerto, apesar do público juvenil que desesperavam por Slash, e de pensar em que o seu som fosse mais poderoso. Certeiro e irónico, o vocalista dos Elbow foi o melhor “entertainer” que passou no palco principal durante os 3 dias. All my respect to Slash, não desiludiu, em forma, Slash deu um concerto arrasador. E que bom foi recordar Guns´n´Roses.
Quanto aos The Strokes mostraram apenas e só que quando o Lenny Kravitz disse que o rock´n´roll morreu era porque deveria estar com uma grande bezana. Grande som, grandes guitarristas, vocalista no ponto, tudo muito bom. Para o ano há mais. Rock on.

Super Rock


Reza a lenda de que do pó viemos e para o pó voltaremos, e o Super Rock confirmou isso mesmo, o pó foi a “ figura” que se destacou durante os 3 dias do Festival. Àparte o pó, os maus acessos ao recinto do Festival, que mais nos faziam parecer peregrinos do que espectadores de concertos rock, o som paupérrimo nalguns concertos, e algum público que teima em proliferar nestes dias estragando, ou tentando estragar, o espectáculo aos outros, o Super Rock 2011 ficará sempre com um recanto guardado no meu coração.

Felizmente, recordarei este Festival imagens belíssimas, e não só relacionadas com os concertos, o ambiente em redor, o reencontro com os amigos, as conversas cruzadas, os silêncios no Parque de Campismo, a Lagoa de Albufeira cheio de mulheres giras, a paisagem da Aldeia do Meco, os meus momentos de solidão atenta a ler o livro da Patti Smith enquanto mastigava vagorosamente uma maçã, a lua cheia a iluminar o céu, a reflexão interior que sempre fazemos quando estamos a tentar preencher o vazio do tempo, mas também recordo as horas em que me perdi, literalmente, nas ruas da Aldeia do Meco até aparecer uma adepta do “karma” ( abençoada..) que nos deu boleia salvando-nos de andar durante mais uma hora. Intenso, divertido, poderoso, com muito pó, recheado de momentos inesquecíveis, eis o Super Rock 2011. 

Apenas isto



Essa miúda é uma fogueira
Que te acende as noites em qualquer lugar
E tu desejas arder com ela
Enquanto bebes o perfume
Que ela deita nos seus trapos de cor
Para te embriagar

Essa miúda é um exagero
Diz que sem ti não sabe voar
Mas tu adoras voar com ela
Enquanto inventas espaços novos
Ela vai arquitetando uma teia
P´ra te aconchegar

Essa miúda faz-te acreditar
Que o sol é um presente
Que a aurora trás
Principalmente p´ra ti

Essa miúda é uma feiticeira
Prende-te a mente e põe-se a falar
E tu bem tentas compreende-la
Mas o que sai da sua boca
Não parece condizer com o que ela
Te diz com o olhar

Essa miúda faz-te acreditar
Que o sol é um presente
Que a aurora trás
Principalmente p´ra ti - Jorge Palma

17 de julho de 2011

Há momentos em que a música entra em nós, nos arrepia, nos emociona, nos eleva a alma a outro sítio como se fosse um chamamento dos Deuses. Há momentos em que a música nos coloca num estado desconhecido, numa espécie de transe. Há momentos em que a vida parece parar e tudo ao redor não existe.Há momentos em que não conseguimos colocar em palavras. Este foi o meu momento no Festival em que tudo isso aconteceu.


13 de julho de 2011

5 de julho de 2011

Festival de música de sonho

O desafio foi pensado desta maneira, programar um festival de música de sonho com duas condições: bandas "impossíveis" ( ou que já terminaram, ou que os elementos já faleceram ) e com 4 bandas para o palco principal e outras 4 para um palco secundário. Parecendo fácil, acreditem, não o é. Aqui vai a minha "sugestão":

1º dia: Palco Secundário: Zeca Afonso; Lhasa de Sela, Tim Buckley e Nick Drake.
Palco Principal: Simon & The Garfunkel, Johhny Cash, The Beach Boys e The Beatles.


2º dia: Palco Secundário: Ornatos Violeta, Elliott Smith, Jeff Buckley e Joy Division.
Palco Principal: Nirvana,The Velvet Underground,The Doors e Led Zeppellin.


3º dia:Palco Secundário: António Variações, The Eagles, Janis Joplin e Cream.
Palco principal: Nina Simone, Queen, Jimmy Hendrix e Pink Floyd.



4º dia: Palco Secundário: Tédio Boys, The Stooges, The Clash e The Ramones.
Palco principal: Frank Zappa, Queen, Bob Marley e Ziggy Stardust.


Para verem como é difícil este desafio, digo que ficaram de fora nomes como Elvis Presley, James Brown, Genesis, The Black Sabbath, The Smiths, Yes, Cat Stevens, Crosby,Stills, Nash & Young, Jerry Lee Lewis, Serge Gainsbourg,Fleetwood Mac, Police,The Smashing Pumpkins, The Birthday Party, The Who, entre outros. Aqui fica feito o desafio a todos que se sentirem tentados a fazer o mesmo.

2 de julho de 2011

"...só podemos contar com a compaixão e o entendimento dos outros se os nossos fracassos puderem ser explicados, se as nossas derrotas tiverem sido lutadas com coragem até ao fim e se o nosso sofrimento for a consequência inevitável destas duas causas razoáveis. Se por vezes somos felizes sem motivo, nunca podemos ser infelizes da mesma maneira. E, numa época severa como a nossa, espera-se que cada um escolha o inimigo certo e um destino à medida das nossas forças". in "Morte na Pérsia" de Annemarie Schwarzenbach