Todos sabemos que um dos maiores segredos, eu até me atreveria a chamar de arte, da Humanidade é tentar escolher a fila correcta num supermercado. Outro dos segredos é escolher uma sessão de cinema onde podemos estar concentrados a ver o filme, sem nenhum ruído de alguém estar a comer pipocas/batatas fritas/gomas( riscar o que não interessa), ou a beber sumo ou então sem estar ao lado de pessoas a conversarem alto como se estivessem no café, isto sem esquecer do sempre útil telemóvel a tocar ou a receber mensagens.
Neste Domingo fui a um cinema o qual já não ia à anos ( lembro-me de ter visto lá " Space Jam", será o último ? talvez.), costumo ir aos cinemas do Arrábida, mas não estava com pachorra para me enfiar no cinema e vir de lá chateado com o público domingueiro e pipoqueiro, e tive um diálogo com a minha consciência ( acontece-me muito e muitas vezes ao dia)

" hummm...filme do Tarantino ? O pessoal da pipoca não vai, ainda por cima com soldados a tiraram escalpes e muito sangue e tal, ficam logo enjoados. Mas está lá o Brad Pitt. "

não arrisquei e quase a contragosto lá fui ( ir sozinho tem essa liberdade de escolher o lugar onde se vai) e posso dizer uma coisa, já não sentia essa sensação de "entrar no filme adentro" à muito tempo. Ok, o filme quase nos obriga a entrar na história e a não querer sair de lá, e sim, já senti essa sensação nos outros cinemas mas o silêncio na sala, o ambiente de tranquilidade, a sala ser acolhedora, à moda antiga, fez-me sentir tão bem e revigorado que agora não quero outro cinema. Ou melhor, isto claro quando os filmes que quero ver estrearem por lá.

Mas a minha felicidade foi grande, quando soube que os filmes que se seguem e que quero ver vão lá estar. A começar logo na próxima semana, com a estreia deste.