Facto: os Blur têm grandes canções. Outro facto: algumas delas são das melhores e das mais bonitas canções pop feitas por uma banda. Assim de repente " Under the Westway" ( para mim, o melhor momento do concerto), " The Universal", "Tender", " Bettlebum", confirmam este facto. Último facto: todos os vídeos/álbuns ao vivo dos Blur editados criam umas enormes expectativas de tão grandiosos e épicos que são. Um espectador que se prepare para um concerto, vendo/ouvindo-os fica com enorme expectativa que vai assistir ao melhor concerto da sua vida, que vai ter um público que canta a plenos pulmões a " Tender" durante 10 minutos, que vai-se emocionar com o tom épico da " The Universal", que vai saltar com a " Country House", mas quando sai do concerto fica a sensação que sabe a pouco.
Os Blur foram grandes quando poderiam ter sido grandiosos, foram eufóricos quando poderiam ter sido inesquecíveis, podendo ter sido aquilo que quase foram: a melhor banda do Festival ( se o Nick Cave não tivesse tido arrasado no dia anterior).
Começaram frios, sem qualquer empatia com o público, parecendo mais que estavam a "debitar" as suas canções, algumas delas com uma interpretação algo indesejável, como " Coffee & TV" e com alguns defeitos de som, por exemplo o coro gospel não se ouvia, mas a pouco e pouco foram-se soltando e lá conseguiram conquistar e serem conquistados acabando por dar um concerto muito bom, mostrando as suas mais-valias.
Fica o desejo de os ver novamente, mas fica a satisfação de ter realizado um sonho: vê-los ao vivo.
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