Por vezes perco tempo a apreciar nas fotografias de futebol a expressão dos rostos dos adeptos tentando adivinhar naquilo que estariam a pensar e na alegria que estariam a sentir, recordando momentos vividos tentando entrar na pele deles.
De todas as fotografias da grande vitória do meu FCPorto que humilde e pacientemente esperou pelo momento certo para acabar com a bazófia e arrogância benfiquista, esta fotografia de João Moutinho agarrado a um adepto desconhecido que, no meio de uma euforia desmedida, entrou no relvado, é aquela que mais me fascina.
Muito mais do que ver Jorge Jesus, o espelho da bazófia, de joelhos enquanto o roupeiro do FCPorto lhe faz um manguito, e eu teria feito outros gestos piores, ou ter visto Vítor Pereira correr como se tivesse na reta final de uma maratona olímpica, e a mim também me apeteceu correr tanto naquele momento, esta fotografia demonstra o quanto um abraço entre dois desconhecidos, entre o que pagou para estar ali com o que lhe pagam para que ele esteja ali, entre o portista desde pequenino com o que aprendeu a ser portista, reflecte toda uma alegria imensa e toda a magia de um momento tão maravilhoso e tão único que é quase impossível descrever a alegria vivida. Reflecte também a união e a mística tão especial entre a equipa e os adeptos. Foi linda a vitória, agora é cerrar fileiras e todos juntos chegaremos ao tão almejado Tri. Somos Porto.
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