14 de fevereiro de 2013

Do dia de hoje

Que este dia continue a ser, para nós, todos os dias. Mas que um dia eu possa saber transmitir por palavras aquilo que sinto por ti. Até lá, vou roubando as palavras dos outros. 


Antes de amar-te, amor, nada era meu
Vacilei pelas ruas e as coisas:
Nada contava nem tinha nome:
O mundo era do ar que esperava.
E conheci salões cinzentos,
Túneis habitados pela lua,
Hangares cruéis que se despediam,
Perguntas que insistiam na areia.
Tudo estava vazio, morto e mudo,
Caído, abandonado e decaído,
Tudo era inalienavelmente alheio,
Tudo era dos outros e de ninguém,
Até que tua beleza e tua pobreza

De dádivas encheram o outono. ( Pablo Neruda )

1 comentário:

Desnorteada disse...

O Neruda sabe sempre o que dizer! ;)