3 de outubro de 2012

Da austeridade do futuro



Depois de mais umas medidas de austeridade com o termo pomposamente usado pelo ministro das finanças de "brutal aumento de impostos" confesso que sinto um misto de revolta com um certo conformismo. Estas medidas provavelmente irá me levar a pensar em deixar alguns dos meus sonhos e planos em"stand-by" ou, quem sabe, em esquecê-los. O problema é que o tempo passa por nós com uma enorme rapidez e mais tarde não temos força para reerguer os sonhos abandonados. 

Eu, que sou um eterno optimista, digo: sinto-me frustrado. Frustrado por ver que o meu trabalho não será recompensado como estava a ser até ao momento ( mesmo achando que descontava valor a mais), frustrado por ter que encarar de perto com a angustia, o desespero, a desesperança das pessoas, frustrado por sentir que me estão a espremer e a tirar qualidade de vida. Frustrado por não saber como reagir porque quem manda são  tecnocratas sem escrúpulos, corruptos e cuja missão consiste em esquecer as vidas das pessoas em detrimento do seu poderio económico.

 Emigrar ? Quem sabe. Se a solução de todos os meus sonhos passar por aí...

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