que é como quem diz "Praga aqui vamos nós ". Até 5ª feira
25 de agosto de 2012
24 de agosto de 2012
24/8/2012 : 1 ano
"Ser amado é consumir-se na chama. Amar, é luzir com uma luz inesgotável. Ser amado é passar; amar é durar." Rylke
Um ano depois e o meu mundo continua a parar quando estou contigo. Um ano depois e as palavras continuam a faltar-me...Que a vida nos continue a abençoar até ao fim das nossas vidas. Parabéns a nós.
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Coisas lamechas da vida,
Os Ingredientes da Vida
21 de agosto de 2012
" Be Here Now" : 15 anos
Era o álbum pós " (What´s the Story) Morning Glory" e as expectativas, e ansiedade, eram imensas. Fui comprá-lo,depois de chatear tanto os meus pais, à meia-noite, não me recordo a loja que abriu especialmente para a venda, comprei em formato de K7 porque não tinha leitor de CD´s !!! Com essa compra tive direito a uma t´shirt :) Passados 3 anos fui vê-los na primeira vez que vieram a Portugal na extinta Praça Sony e hoje ainda guardo o bilhete com o autógrafo do Liam Gallagher e um poster com os autógrafos de toda a banda incluindo do Noel. Sim, foram a minha banda de adolescência e são um dos meus "guilty pleasure" da música :)) Hoje "esbarrei" com a noticia que este álbum saiu à 15 anos. E lembro-me deste dia como se fosse hoje. Foi com um reavivar de memória, coincidentemente na altura em que estou a ouvir atentamente o novo álbum do Noel Gallagher. Aqui fica uma das minhas canções favoritas que tem a participação especial na "slide-guitarra" de Johnny Deep :
PS: A aparelhagem com o dito leitor de cd´s veio pouco mais tarde e o primeiro cd que comprei foi um cd single da canção, incluída neste mesmo álbum, " All Around the World", cujos lados B são uma canção de nome " Flashbax", e as versões de "Fame" ( original de David Bowie) e "Street Fighting Man" ( original dos The Rolling Stones )
PS: A aparelhagem com o dito leitor de cd´s veio pouco mais tarde e o primeiro cd que comprei foi um cd single da canção, incluída neste mesmo álbum, " All Around the World", cujos lados B são uma canção de nome " Flashbax", e as versões de "Fame" ( original de David Bowie) e "Street Fighting Man" ( original dos The Rolling Stones )
20 de agosto de 2012
17 de agosto de 2012
15 de agosto de 2012
"Deixem falar as pedras"
David Machado é um dos nomes mais promissores da "nova literatura portuguesa", depois de ter enveredado pela literatura infanto-juvenil, e após ter vencido alguns prémios, acabou por escrever livros para gente mais crescida.
"Deixem falar sobre as pedras" fala da vida de Nicolau Manuel, um homem velho de memórias confusas que apenas se limita a ver telenovelas ininterruptamente, cujo casamento com Graça Castelo, a sua grande paixão, não chegou a acontecer por ter sido levado, inocentemente, pela Guarda para um interrogatório, levando a começar um rol de peripécias que o iria a afastar definitivamente do seu grande amor.
Nesta obra o escritor obriga o leitor a entrar pelos labirintos confusos e (ir)reais das memórias de Nicolau, pela voz do seu neto, o rebelde e obeso, Valdemar cuja paixão pela doente e anoréctica Alice também o romance dá a conhecer, cabendo-nos, como leitores, tentar perceber/saber onde reside a verdade.
Aqui entra-se nos meandros da acção, sempre cruel, da PIDE, de como as pessoas viviam no limite bastando uma simples denuncia para que a vida se transformasse num pesadelo,de como se (des)constrói um passado e um futuro, de uma terna cumplicidade familiar.
Um bom livro de um escritor que irá merecer outro tipo de atenção da minha parte.
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O Mundo da Biblioteca de Babel
13 de agosto de 2012
De como os JO foram uma lição
Entre a cerimónia de abertura e do encerramento dos JO a Inglaterra relembrou, de forma prazerosa, ao Mundo a força dos seus ícones da cultura pop. Houve erros de casting, normais em festas destas, desde a presença da Jessie J em detrimento de uma Katie Perry, Florence Welsh ou até Lilly Allen, qualquer uma delas teria feito mais sentido, não se ter aproveitado aquela "reencarnação" do Freddie Mercury para que ele actuasse em vez de ter sido a Jessie J cantar, os Muse ( que mau...), as Spice Girls, os Take That, a ausência dos Blur ( embora tivessem sido aclamados na abertura), o desprezo pelos The Smiths, New Order, Joy Division, Coldplay, Suede ou The Cure, etc. Mas serviu para comprovar toda a mais valia da sua música em todos os estilos, como se nós tivéssemos esquecido que crescemos a ouvir/ver/ler/sentir/devorar tudo aquilo que vinha exportado das Terras de Sua Majestade.
E serviu, sobretudo, demonstrar o quanto a cultura é extremamente importante para a afirmação de um país. Uma bela lição para Portugal ao mesmo tempo que saíram noticias que fundações de relevância cultural, como é o caso da Fundação Paula Rêgo, iria fechar.
E serviu, sobretudo, demonstrar o quanto a cultura é extremamente importante para a afirmação de um país. Uma bela lição para Portugal ao mesmo tempo que saíram noticias que fundações de relevância cultural, como é o caso da Fundação Paula Rêgo, iria fechar.
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8 de agosto de 2012
Ignorância olímpica
Todos os 4 anos tudo se repete. Depois da ressaca do patriotismo bacoco à volta da selecção de futebol, e cujos resultados acabam sempre em enormes e orgulhosas vitórias morais, eis que os portugueses se vingam das frustrações do seu dia-a-dia nos atletas olímpicos. Exigem-se medalhas. Exigem-se que eles se superem. Que orgulhem uma nação. Exigem-se tudo e mais alguma coisa.
Não se lembram que para isso acontecer é necessário anos de trabalho intenso e de apoios, sejam financeiros ou profissionais, e mesmo assim podem acontecer vários imponderáveis que não se podem planear ( uma lesão, uma falta de concentração, uma eliminatória com adversários mais fortes, etc).
Esquecem-se que esses mesmos atletas estão mergulhados num amadorismo que não os possibilita de serem atletas de elite e que durante os 4 anos que medeiam cada presença olímpica existe um desprezo de todos que criticam, mesmo que consigam conquistas importantes ( é só relembrar os últimos êxitos à pouco mais de um mês da Patricia Mamona e da Dulce Félix nos Europeus).
Portugal não tem uma cultura desportiva, e tudo começa nas aulas de educação física nas escolas, o que existe nem é uma cultura futebolistica porque não se gosta de futebol em Portugal, o que existe é uma cultura clubistica capaz de gerar ódios e preconceitos vários que extravasam o desporto e passam para o seu lado menos nobre. Infelizmente, não são precisos 4 anos para provar que a ignorância dos portugueses é bem capaz de conquistar medalhas de ouro.
Não se lembram que para isso acontecer é necessário anos de trabalho intenso e de apoios, sejam financeiros ou profissionais, e mesmo assim podem acontecer vários imponderáveis que não se podem planear ( uma lesão, uma falta de concentração, uma eliminatória com adversários mais fortes, etc).
Esquecem-se que esses mesmos atletas estão mergulhados num amadorismo que não os possibilita de serem atletas de elite e que durante os 4 anos que medeiam cada presença olímpica existe um desprezo de todos que criticam, mesmo que consigam conquistas importantes ( é só relembrar os últimos êxitos à pouco mais de um mês da Patricia Mamona e da Dulce Félix nos Europeus).
Portugal não tem uma cultura desportiva, e tudo começa nas aulas de educação física nas escolas, o que existe nem é uma cultura futebolistica porque não se gosta de futebol em Portugal, o que existe é uma cultura clubistica capaz de gerar ódios e preconceitos vários que extravasam o desporto e passam para o seu lado menos nobre. Infelizmente, não são precisos 4 anos para provar que a ignorância dos portugueses é bem capaz de conquistar medalhas de ouro.
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7 de agosto de 2012
" Hotel Problemski "
Hotel Problemski funciona como uma chamada de atenção importante de uma realidade para o qual poucas vezes damos a devida atenção : ao que se passa nos Centros de Acolhimento de Refugiados.
É um livro curto mas cruel, duro, verdadeiro e que se lê com uma sensação de aperto por estarmos a testemunhar um mundo real, cru e que está tão perto de nós. A ler.
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O Mundo da Biblioteca de Babel
6 de agosto de 2012
" O teu rosto será o último"
" O teu rosto será o último" é o livro português que, ultimamente, quase toda a gente fala por duas razões: uma delas, a mais importante, foi a conquista do Prémio Leya 2011. A outra foi porque o autor deste obra, João Ricardo Pedro, é um dos muitos desempregados que lutam para (sobre)viver em condições em Portugal. Neste caso em particular, o autor desempregou-se para escrever este livro, apostando tudo na escrita de uma obra que está a ter um, merecido, sucesso .
Mas, vamos ao que interessa: a história versa sobre uma família que vive no pós-25 de Abril e foca-se na vida do filho Duarte e no seu crescimento num país novo mas com demasiadas fracturas na sociedade para que tudo seja perfeito. No entanto, na sua vida familiar um Mundo novo também se apresenta perdendo a inocência de uma forma trágica.
A escrita belíssima e cuidada consegue-nos transportar para dentro da história levando-nos a desejar que não termine tão cedo a sua leitura. Confesso que já tinha saudades de um livro assim, tão doce e tão cruel ao mesmo tempo, tão melancólico mas com uma luminosidade particular, reflectindo uma visão portuguesa que ainda hoje se mantêm, tudo isso com uma forma de contar histórias e a História de uma maneira tão simples e tão terna. Uma das obras mais fascinantes que li este ano.
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Literatura,
O Mundo da Biblioteca de Babel
2 de agosto de 2012
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