Quando algo nos diz muito acabámos por ser mais facilmente conquistados, somos mais parciais nas nossas opiniões, mas os concertos de Patrick Watson parecem ter um dom genial, acabando por ser impossível não sair deles com um sorriso de orelha a orelha pleno de felicidade, e não sermos conquistados pela sua simplicidade, pelo seu imenso talento ( posso dizer novamente genialidade ? ), por serem verdadeiramente únicos.
Nas suas canções, que parecem terem saído um caldeirão mágico, há espaço para tudo: para a imprevisibilidade do jazz, para o ritmo frenético e dançante do cabaret, para a sedução do blues, para a beleza intemporal da música mais clássica, para agressividade juvenil do rock, para a simplicidade viciante do pop, para a poesia das suas palavras, juntando a sua voz fantástica e os seus companheiros de estrada que se complementam bastante bem formando um grupo coeso e que se sente que estão a divertirem-se imenso em palco.
Mesclando temas novos a pedirem um álbum novo com temas mais antigos, mas com novas roupagens, o canadiano mostrou o seu imenso valor, ficando a aguardar por mais momentos tão belos e únicos como aqueles que foram vistos no Teatro Sá da Bandeira.
PS: Na 1ª parte, Tiago Bettencourt mostrou um seu outro lado, um lado mais "singer-songwriter" cantando versões de artistas como Arcade Fire, Tom Waits, Bob Dylan, entre outros e novas canções suas, com destaque muito positivo para uma canção de intervenção que poderá surpreender num futuro próximo. Certamente, um projecto a seguir com atenção.
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