29 de outubro de 2005
Entrei numa livraria, de nome Bertrand( a maior loja portuguesa da cadeia ), e eis que fiquei estupefacto quando reparei que o maior livro em destaque na categoria de " Literatura Estrangeira " era " Jerusalem " do ...Gonçalo M. Tavares, tão português como mais 10 milhões...
Não basta ter um segurança que está, de minuto a minuto, a olhar para nós desconfiadamente enquanto vamos sentindo a capa, o cheiro dos livros, desfolhando só pelo prazer de desfolhar uma coisa que nos apaixona, temos este erro inadmissivel de uma livraria com responsabilidades como esta.
Escrevi um e-mail para a gerência da Bertrand a protestar com o facto, espero resposta...será que vou ter direito ?
Aceitam-se apostas...
25 de outubro de 2005
You’ll Never Walk Alone
Hoje, na Inglaterra, é dia de John Peel. Prestou-se a homenagem a uma das melhores, e mais influentes, vozes da rádio britânica.
Confesso que, aquando da sua morte, pouco conhecia a sua vida e carreira mas como tenho um espirito aguçado para a curiosidade e depois de ouvir os, habituais, elogios fúnebres à sua maneira de estar , de ser e de viver, procurando a diferença mas sempre com qualidade, procurei saber um pouco mais de um homem que influenciou todas as vozes de rádio, e apreciadores dessa arte que é a rádio, não só do seu país como de todo o mundo.
John Peel viveu da música e para a música que difundia através da BBC Rádio One, criando um conceito de uma rádio aberta a novos valores e estilos de música, mesclando nomes consagrados com nomes que o público viria, mais tarde, a consagrar.
Criou, ainda, as " Peel Sessions " que consistia em sessões de estúdio exclusivas com bandas e artistas de todos os géneros musicais, nomes como Sigur Rós, Mercury , Low, Morrisey, Belle & Sebastian, The Fall ( a sua banda favorita de sempre ), Cat Power , Pj Harvey, Fanz Ferninand entre muitos outros que passaram pelos estúdios da Radio One.
Algumas dessas " Peel Sessions " são mesmo pérolas musicais com uma qualidade e um experimentalismo excitante para quem é fã dos grupos que tiveram o privilégio e a honra de tocar nessas sessões.
Além do mais, Peel era um dos maiores mentores do Festival inglês Glastonbury, era um fanático coleccionador de LP's( diz-se que tinha perto de 30 mil !!!! ), foi das primeiras pessoas a passar o " Sergeant Pepper’s Lonely Heart Club Band”, dos Beatles, era cavaleiro da Rainha de Inglaterra, e um grande adepto do Liverpool que, curiosamente, foi campeão europeu na época em que Peel faleceu.
A melhor homenagem que se pode prestar a Peel é mesmo tentar "imitá-lo", ou seja procurar sempre ouvir música nova, mas com qualidade furando preconceitos e ideias feitas que estão entranhadas nalgumas rádios portuguesas.
Site a consultar de homenagem John Peel: www.bbc.co.uk/radio1/johnpeel/
Nota : Sabe-se que a TSF vai disponibilizar, gratuitamente, para download alguns dos seus programas em "podcast", o que para consumidores de música em mp3, e admiradores da rádio, como eu, é muito positivo, talvez até um pouco tardio.
Mas então para quando vemos, ou ouvirmos, os programas do António Sérgio, o nosso Jonh Peel, disponibilizados na Net para os ouvirmos a horas decentes e não da meia-noite ás 2 da madrugada e numa rádio onde os D'Zrt são considerados uma boa banda ?
Já agora, e não é pedir muito, a Antenna 3 como rádio estatal, portanto , é uma rádio de serviço público, podia disponibilizar programas de autor dos seus locutores, como, por exemplo, Nuno Calado ( na área da música independente ), Pedro Costa ( na área do música alternativa ), José Mariño ( na área do hip-hop ), Henrique Amaro ( na área da música portuguesa ), Mónica Mendes ( na área da World Music ), António Freitas ( na área do heavy-metal ), Nuno Reis ( na área da música de dança ), os programas sempre excelentes de Álvaro Costa ou até os apontamentos de humor de Nuno Markl . Espero ansiosamente por esse dia em que alguém se lembre disto.
22 de outubro de 2005
Ontem esqueci-me de prestar a minha homenagem , mas a melhor coisa que podemos fazer por Elliott Smith, esse músico sempre solitário e triste, mas romântico, é nunca esquecermos das suas baladas maravilhosas onde o amor, seja ele um amor perdido como um amor correspondido são temas sempre presentes.
No dia 21 de Outubro de 2003, o mundo da música perdia um músico que morreu afogado em vicíos da sua solidão, fugindo a um mundo que sempre o incompreendeu, como não compreende todos os génios, e os fãs perdiam uma voz única.
Conheci a música de Elliott Smith através de ler o jornal Blitz e de ouvir os elogios ao albúm " Figure 8 " . A 1ª música desse albúm encantou-me logo aos primeiros acordes, a beleza de " Son of Sam " é encantadora, e ficou-me sempre na memória.
Um dia, comprei o albúm e fiquei tão extasiado com as suas músicas que depois descobri a carreira dele e mantive sempre atento ás suas movimentações. A morte dele, suicídio talvez, apanhou-me um pouco desprevenido mas as suas músicas e letras essas ficarão sempre no cume mais alto desta montanha, de altos e baixos, que é a vida.
Site : www.elliottsmith.com ou um site de fans www.sweetadeline.net
Albúm : Figure 8 ou Xo
Momento de Fama : Interpretação maravilhosa de " Miss Misery " na cerimónia dos Óscares.
Músicas : são tantas especiais mas " Miss Misery ", " Son of Sam " e " Sweet Adeline " são as minhas favoritas.
19 de outubro de 2005
A chuva cai forte nas nossas janelas e viramo-nos para dentro.
Ouço apaixonadamente rádio.
O programa chama-se " Indiegente " e passa na Antenna 3 e aí redescubro o prazer de ouvir um albúm que amei em todos os Invernos desde 2002.
Nome ? " Out of Season "...Artistas ? Beth Gibbons e Rustin Man ....Música ? " Romance " Recordações ? Um concerto pequeno, mas intenso , que assisti no Coliseu do Porto e a sensação que o Inverno com esta música é mais agradável.
18 de outubro de 2005
Uma Banda a descobrir
Os Cowboy Junkies são uma Banda que convêm descobrir o mais rapidamente possível.
Eles fazem-me lembrar aquelas bandas em que actuam num bar para entreter as pessoas, ou naquelas festas que as Câmaras Municipais costumam organizar para que as pessoas vejam a animação naquela cidade, tipo Festas de Artesanato no Algarve.
Mas, isto não é uma critíca a eles, antes pelo contrário, é um elogio, eles tocam música com variados estilos, usam o Jazz ( muito, principalmente na batida descontraída da bateria ), o Blues ( aquela guitarra parece que mia !!! ), o Rock ( na agressividade e empenho ), o Folk ( quando a harmónica voa pelas canções ), mas são , verdadeiramente, uma banda Pop simples e agradável de ouvir .
São daquelas bandas que uma pessoa põe no carro e ouve bem numa viagem, sem muito ruído, com um Pop simples, honesto, e , muito bom ! Ainda o estou a descobrir a valiosa obra deste grupo , já editaram 10 albúns, mas " Trinity Sessions " e o último albúm, " Early 21st Century Blues ", são pérolas a descobrir .
14 de outubro de 2005
13 de outubro de 2005
10 de outubro de 2005
9 de outubro de 2005
John Lennon - Working Class Hero
Hoje se fosse vivo John Lennon completaria 65 anos e, provavelmente, mostraria a toda a uma geração que o rock'n'roll pode salvar vidas e que só dá prazer habitar num mundo, quando este não vive cercado de diferenças de classes, de preconceitos, de miséria e de ignorância.
Lennon criou hinos á paz, apelou aos fins dos conflitos, políticos e religiosos, que na altura, como agora, minava o mundo, mas as suas letras nunca perderam a actualidade, talvez porque falta-nos ouvir com mais atenção as suas músicas e ler as suas letras.
Hoje é tempo de prestar uma homenagem a um artista, que se definiu sonhador, mas que acreditou, tal como eu, que juntos podemos mudar o mundo.
Assim que você nasce
Eles te fazem se sentir pequeno
Ao não te dar tempo
Ao invés de todo
Até que a dor está tão grande
Que você não sente mais nada
Um herói da classe trabalhadora
É algo para ser
Um herói da classe trabalhadora
É algo para ser
Eles te magoam em casa
E te batem na escola
Eles te odeiam se és astuto
E eles desprezam um tolo
Até que você está tão fudido (e) maluco
Que não consegue seguir as regras deles
Um herói da classe trabalhadora é algo para ser
Um herói da classe trabalhadora é algo para ser
Após te torturarem
E te assustarem por vinte anos ímpares
Então esperam que você escolha uma carreira
Até que você não consegue mais funcionar
Estás tão cheio de temores
Um herói da classe trabalhadora é algo para ser
Um herói da classe trabalhadora é algo para ser
Te mantendo drogado com religião e sexo e TV
E você pensa que és tão astuto, sem classe e livre
Mas você continua apenas (um) plebeu fudido
Pelo que eu vejo
Um herói da classe trabalhadora é algo para ser
Um herói da classe trabalhadora é algo para ser
Há lugar no topo
Eles continuam a te dizer
Porém primeiro você precisa
Aprender a sorrir enquanto mata
Se você quer ser como o povo
Do topo do monte
Um herói da classe trabalhadora é algo para ser
Um herói da classe trabalhadora é algo para ser
Se quiser ser um herói então basta me seguir
Se quiser ser um herói então basta me
8 de outubro de 2005
6 de outubro de 2005
5 de outubro de 2005
O que fizeram os portugueses neste feriado solarengo ? Segundo fontes , não muito, fidedignas os portugueses dividiram-se assim :
25 % - dormiram mais tarde ( ontem, foi dia de ver a Companhia até de madrugada )
20% - procuram saber quem são os candidatos à Junta da Freguesia da sua residência para votar nos amigos
10% - andaram amuados o dia todo ( depois de 8 dias de futebol seguido, hoje não há jogo???? )
e ...
45 % - tentaram perceber porque raio hoje é feriado ???
4 de outubro de 2005
Como é bom ouvir os outros a escrever os nossos pensamentos