7 de agosto de 2013

D. Quixote: em ebook não dá j€ito

Ando a ler o " D. Quixote". Já há algum tempo que queria ler este livro, e à cerca de 6/7 meses atrás li de uma assentada as primeiras 150 páginas. Entretanto pousei-o e li vários outros livros. No entanto, agora apeteceu-me novamente pegar na aventura do cavaleiro, e seu fiel escudeiro, que apenas por ter lido muitos romances de cavalaria pensa ser capaz de viver  todas e quaisquer aventuras que apareçam pela frente. Ou melhor, ando a ler o " D. Quixote" e o " 2666" do Bolaño, dois calhamaços que, provavelmente, irei lê-los durante muito tempo, intervalados com outros.

Mas, o que queria reflectir neste post é apenas uma coisa: para evitar andar com o livro pesado de um lado para o outro, procurei na net o livro de Cervantes, que já está caído no domínio público, para o colocar no meu ebook. E procurei de forma legal, fui ao site da Wook e da Fnac e verifico que o ebook do livro está com preços acima dos 17 €. Pior ainda, só existe uma tradução e mesmo nos sites onde disponibilizam obras de borla de autores em domínio público, como Fernando Pessoa, Eça de Queiroz, etc, esta obra não se encontra disponível. Deverá ser o único livro em domínio público que para se ler num ebook é necessário recorrer à pirataria, que foi o que eu tive que fazer. E mesmo assim, teve que ser em brasileiro. 


Num tempo onde se "convida" as pessoas a aderir mais à leitura dos livros digitais, este é um dos maiores exemplos que não é com esta "politica" que se chama mais leitores.

2 comentários:

Madrigal disse...

eu acho vergonhoso que se cobrem por livros que já não têm direitos de autor o mesmo que se cobra por livros em que os autores ainda gozam de boa saúde :) e os preços dos e-books são demasiado altos para serem atractivos.
Se tiveres interesse em ler clássicos, a civilização anda a lançar alguns a bons preços e com boas edições, não sei é se serão títulos com interesse para ti.

Menphis disse...

ora bem, se existir uma nova tradução de alguém "contemporâneo" acho que deveria ter direito à sua remuneração,agora neste caso existem traduções de autores no domínio público, não faz sentido não existirem ebooks com essas traduções.

quanto à Civilização, obrigado pela dica ;)