Há algo nos livros de Pamuk que me completa e faz com que o autor turco seja um dos meus escritores favoritos. Em todas as obras que li dele, e com este é já a quinta, contemplei sempre a sua leitura com agrado e demorando-me com todo o prazer que se tem quando se lê um livro que agrada.
Aquela doce melancolia sempre presente em cada página, a descrição poética e apaixonada de Istambul que nos faz sonhar visitar aquela cidade, a maneira subtil como o autor nos envolve, além de estórias bem construídas e melhor resolvidas, quando escolho ler uma obra de Pamuk, sei o que vou encontrar e também sei que ficarei sempre satisfeito e mais completo quando termino a sua leitura.
" A Casa do Silêncio" não foi excepção, o livro, narrado de forma polifônica, conta a estória de uma casa habitada por duas pessoas, Fatma, uma amarga idosa com 90 anos com um segredo que a atormenta, e o seu submisso empregado anão, Rédjep, que é visitada pelos seus três netos despoletando uma série de acontecimentos na vida de todos desembocando num epílogo trágico.
Pela minha parte a leitura das obras de Pamuk não terminam por aqui, a todos aconselho uma leitura das suas obras, podendo mesmo começar por esta, porque a verdadeira literatura é feita de livros como este.