15 de setembro de 2010

E de repente, sem contar, eis que recebo um convite, totalmente inesperado, para ver isto



e só posso dizer que adorei.

Dos Supertramp apenas conhecia as canções com maior êxito, que foram, como é óbvio, recebidas com maior entusiasmo do que as restantes. Antes do espectáculo estava expectante, não sabia muito bem o que iria encontrar, se um concerto de uma banda em estado de maturação ou um grupo de amigos que se juntaram apenas para ganhar uns trocos, mas encontrei, daqueles que foram, e continuam a ser, dos grupos mais importantes, e históricos, do rock sinfónico, um colectivo de músicos de primeira linha, de enorme categoria, conseguindo realizar um espectáculo irrepreensível, e bastante agradável, com um alinhamento inteligente, para quem quase encheu o Pavilhão.

E a média de idades não estava assim tão alta como pensei, havia público de todas as idades sempre dispostos a se juntar à festa. E, valha a verdade, a acústica do Pavilhão, apesar de tudo, portou-se à maneira, o som esteve bom, mas, certamente, aquele recinto necessita, urgentemente, de uma enorme modernização a fim de o tornar muito mais funcional e moderno. A cidade do Porto já merece ter um Pavilhão Rosa Mota mais moderno e atraente preparado para grandes espectáculos.

Apesar do imenso e insuportável calor que se encontrava lá dentro, em contraponto à maravilhosa noite, com uma lua lindíssima a iluminar o mundo, que se encontrava lá fora, foi muito refrescante e saboroso assistir a um concerto diferente, que passou muito rápido, tornando-se numa autêntica festa de reencontros, onde a maior parte do povo reencontrou a sua juventude e recordou bons momentos ao som daquelas grandes, e fantásticas, canções. Apesar da imensa falta que o Roger Hodgson, a sua voz em falsete é inconfundível dando outra dimensão às canções, quem o substituiu esteve muito bem.

Que importa se alguns solos parecem intermináveis, se as canções nunca têm a duração de menos de 5/6 minutos, se aquilo que ouvimos já foi criado à quase 40 anos atrás, o que importa é sentir a música e partilhar a alegria de ver ao vivo grandes músicos a tocarem grandes canções, e isso, foi sentido nesta terça-feira.

"At night, when all the world's asleep,
the questions run so deep
for such a simple man.
Won't you please, please tell me what we've learned
I know it sounds absurd
but please tell me who I am " - The Logical Song" - Supertramp


2 comentários:

susemad disse...

Tão porreiro! Se não tivesse ido ver Rodrigo Leão tinha ido vê-los a Lisboa! ;)

Menphis disse...

entre os dois também preferia ir ver o Rodrigo Leão, mas posso dizer que gostei muito de ver os Supertramp e fiquei fã.