A atribuir um adjectivo às Noites Ritual de 2010 escolheria a palavra “morno”. Em comparação àquilo que se passou nos últimos anos, foram duas noites cheias de altos e baixos que as pessoas do Porto viram, se bem que penso que a maior razão tenha sido num cartaz menos equilibrado do que em comparação aos anos anteriores.
Continuam-se a repetir os mesmos erros, com a conjugação de dois palcos, os concertos são, invariavelmente, muito curtos, o que é pena. E porque não, as Noites Ritual se transformarem em duas noites com 3 ou 4 bandas no Palco Principal e depois, num desses dias, ou até Domingo, abrir espaço às bandas do palco secundário? É que isto de andar para cima e para baixo, com noites onde estiveram quase 20 mil pessoas acaba por ser cansativo e assim perdem-se concertos que até poderiam ser interessantes no palco secundário. Além da, já falada, curta duração dos concertos, assim alargava-se o tempo de actuação das bandas principais e toda a gente ganhava com isso.
Salto- Um registo interessante, uma mistura de Vampire Weekend-Rádio Macau-Sétima Legião, muito anos 80, um baixo-guitarra-sintetizadores, mas bem agradável. Um caso a seguir.
Tornados- Quiseram animar o público com o seu rock´n´roll anos 60, mas este não estava disposto a ser animado. Nunca vi um público tão menos participativo do que este. E o pior vinha a seguir. Quanto aos Tornados, deram um concerto com altos e baixos, às vezes, na parte dos slows, foi a pender para o aborrecido, mas quando aceleravam a sua música foi bom de se ouvir. Bem animados, são os convidados ideais para concertos que se queiram festivos.
Samuel Úria- Concerto curtíssimo, ficando a sensação de saber a muito pouco. Uma aparição tão fugaz, como intensa. É artista para ver num concerto “a sério”. Irónico, divertido e bem acompanhado, confirmou ser um dos nomes mais curiosos ao vivo. Permitem-me uma expressão futebolística: a jogar em casa deve dar excelentes espectáculos. Um concerto que cabia bem no palco principal.
Diabo na Cruz – O melhor da noite. Deram um grande concerto, mais num registo mais rock do que o esperado. Acho que o registo popular que é bem proeminente no álbum, ao vivo perde-se mais, ganhando mais uma galhardia rock,que também , valha a verdade, é apreciável. Pareceu-me, e isto não é uma crítica destrutiva, que os holofotes sobre o B Fachada, que é o maior deles todos, baixaram um bocadinho. No Sudoeste, onde vi o seu concerto via Facebook, ele, com a sua braguesa, brilhou mais, aqui foi mais discreto. E, o maior problema dos concertos de borla, público muito pouco participativo para quem deu um grande espectáculo. Mereciam uma grande recepção e não só na " Dona Ligeirinha".
Anaquim – Concerto excelente, animados, com muito público a quererem vê-los, outro concerto que caberia bem no palco principal. Desde o genérico da “Conversa da Treta”, com dedicatória especial a António Feio, à música da série Tom Sawyer, passando pelas mais conhecidas, a banda deu um concerto bem engraçado.
Oquestrada- O cansaço era muito, as dores no pé, lesionado, não facilitavam, a música não me atraia muito, deu para ver 15 minutos e ir embora.
Continuam-se a repetir os mesmos erros, com a conjugação de dois palcos, os concertos são, invariavelmente, muito curtos, o que é pena. E porque não, as Noites Ritual se transformarem em duas noites com 3 ou 4 bandas no Palco Principal e depois, num desses dias, ou até Domingo, abrir espaço às bandas do palco secundário? É que isto de andar para cima e para baixo, com noites onde estiveram quase 20 mil pessoas acaba por ser cansativo e assim perdem-se concertos que até poderiam ser interessantes no palco secundário. Além da, já falada, curta duração dos concertos, assim alargava-se o tempo de actuação das bandas principais e toda a gente ganhava com isso.
Salto- Um registo interessante, uma mistura de Vampire Weekend-Rádio Macau-Sétima Legião, muito anos 80, um baixo-guitarra-sintetizadores, mas bem agradável. Um caso a seguir.
Tornados- Quiseram animar o público com o seu rock´n´roll anos 60, mas este não estava disposto a ser animado. Nunca vi um público tão menos participativo do que este. E o pior vinha a seguir. Quanto aos Tornados, deram um concerto com altos e baixos, às vezes, na parte dos slows, foi a pender para o aborrecido, mas quando aceleravam a sua música foi bom de se ouvir. Bem animados, são os convidados ideais para concertos que se queiram festivos.
Samuel Úria- Concerto curtíssimo, ficando a sensação de saber a muito pouco. Uma aparição tão fugaz, como intensa. É artista para ver num concerto “a sério”. Irónico, divertido e bem acompanhado, confirmou ser um dos nomes mais curiosos ao vivo. Permitem-me uma expressão futebolística: a jogar em casa deve dar excelentes espectáculos. Um concerto que cabia bem no palco principal.
Diabo na Cruz – O melhor da noite. Deram um grande concerto, mais num registo mais rock do que o esperado. Acho que o registo popular que é bem proeminente no álbum, ao vivo perde-se mais, ganhando mais uma galhardia rock,que também , valha a verdade, é apreciável. Pareceu-me, e isto não é uma crítica destrutiva, que os holofotes sobre o B Fachada, que é o maior deles todos, baixaram um bocadinho. No Sudoeste, onde vi o seu concerto via Facebook, ele, com a sua braguesa, brilhou mais, aqui foi mais discreto. E, o maior problema dos concertos de borla, público muito pouco participativo para quem deu um grande espectáculo. Mereciam uma grande recepção e não só na " Dona Ligeirinha".
Anaquim – Concerto excelente, animados, com muito público a quererem vê-los, outro concerto que caberia bem no palco principal. Desde o genérico da “Conversa da Treta”, com dedicatória especial a António Feio, à música da série Tom Sawyer, passando pelas mais conhecidas, a banda deu um concerto bem engraçado.
Oquestrada- O cansaço era muito, as dores no pé, lesionado, não facilitavam, a música não me atraia muito, deu para ver 15 minutos e ir embora.
2 comentários:
O autor deste blog (um tal de Menphis) não percebe nem está a par de nada do que se tem feito recentemente na música portuguesa. Vai lá apenas para conhecer e fazer depois críticas infantis e deslocadas.
Aconselha-se também a que nunca organize nenhum evento pequeno, médio ou grande. Depois de ler a crítica à organização de um festival onde não há momentos mortos e super bem organizado... my god!!
Que tudo corra bem na tua área (que não é a música de certeza).
Dizer que o cartaz era menos equilibrado, apenas porque não aprecio o estilo de música dos cabeças de cartaz, em comparação com os do ano passado, é algum crime ?
E dizer que os concertos são muito curtos, e que gostava de ouvir mais tempo das bandas, principalmente do palco secundário, o que tem de mal ?
Porque raio as pessoas não aceitam as opiniões das outras ? E porquê a minha opinião, tão infantil como lhe diz,lhe ralou tanto?
Além do mais, penso que a critica vai mais para o sentido do público não colaborar no espírito festivo das Noites do que propriamente à organização que, calculo, tenha feito muitos sacrifícios para organizar um festival gratuito e de qualidade numa cidade onde os apoios à cultura são muito poucos.
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