“Há coisas sobre as quais não se pode escrever como sempre se escreveu. Algo muda. Primeiro os olhos, depois o coração — ou os nervos ou aquilo a que os antigos chamavam alma — e finalmente, as mãos.”
Um livro maravilhoso sobre o fim. Ou sobre o recomeço, conforme as nossas crenças se acreditarmos que a Morte é o fim ou um outro começo. Um livro duro, intenso, mas contido nas emoções. Um livro respeitador sobre o sofrimento dos outros. A autora leva-nos a caminhos do Interior de Portugal, a locais onde em Agosto há alegria e gente, mas de resto do ano há solidão e frio agreste.
Parece que cada palavra foi escrita para não ferir, para não sentirmos pena das pessoas, mas sim para nos mostrar uma realidade que encontramos mais perto do que pensávamos.
Um livro que não é um diário, nem um livro de reportagens, nem um livro de viagem, nem um romance, mas é tudo isso ao mesmo tempo. Que livro !!! A ler.