O segredo da vida é

nunca perder a compostura.

Xavi 108 - 67 Inter de Milan

Xavi fez, durante a partida, 108 passes certos. O Inter de Milan fez 67 passes, sendo que o jogador que fez mais passes acertados foi Júlio César, com 12 passes. Para quem não sabe, Júlio César é um grande...guarda-redes, cuja missão é parar golos ( e parou um de forma espectacular) e não fazer passes certos.

Perdoem-me os "patriotas", talvez eu continue a ter uma visão da vida romântica, quiçá ingénua, mas prefiria ter um jogador como o Xavi em vez de uma equipa como o Inter.

Mas hoje toda a gente aplaudiu Mourinho. Espero que amanhã não critiquem os autocarros que as equipas pequenas colocam em frente às balizas das suas equipas.

Sábado de tarde, Domingo de manhã

( Fotografia de Álvaro Barreto, surripiada, mas com respeito e admiração, aqui )

Enquanto o sol me ilumina a alma vou observando as pessoas. Casais, de todas as idades, de mãos dadas, pessoas solitárias correm, à procura da forma ideal, crianças brincam desordenadamente como se o mundo terminasse naquele momento, bicicletas passam, perigosamente, rente a nós, raparigas vaidosas no seu jogging, esplanadas repletas de pessoas sedentas de sol e da sua luminosidade, relembram-se recordações do tempo que passou, fazem-se projectos do tempo que ainda vem, programam-se ciclos de vida, passeiam-se cães, olha-se o mar com inveja, delicia-se com a paisagem.

O segredo da vida não está no inicio das coisas, mas no saber recomeçar a viver. Sabe tão bem o recomeçar a viver com a companhia do sol e do calor. Que seja para continuar.

25 de Abril Sempre

(Fotografia de Eduardo Gageiro)

Apesar de tudo, continuemos a festejar Abril.

Com toda a tranquilidade...não.

Espero bem que isto não seja verdade. Pelo menos, agarro à credibilidade do jornal que, à uns dias atrás, punha em destaque, na primeira página, uma mulher a elogiar a pila do Cristiano Ronaldo, e que diariamente se masturba intelectualmente com o que ela ( a pila do CR ) faz e com o que ele ( o dono da pila) faz e diz.

Depois a blogosfera ampliou, de forma estúpida, principalmente no futebol, aquele movimento do " ouvi dizer/vi/disseram-me/garantiram-me...", todos com fontes desconhecidas. Acreditando no que essas pessoas dizem, Paulo Bento já comprou cinco casas em Vila Nova de Gaia, duas na Foz, jantou em quatro restaurantes com Pinto da Costa e já assinou. Mas em Coimbra, todos garantem que é o Vilas-Boas.O tempo, como em tudo na vida, dirá quem tem razão. Cá para mim, nenhum deles.

Paulo Bento no FCP não me daria nenhum jeito neste altura. Primeiro, porque estou a atravessar um fase em que engolir um sapo, daqueles dos gigantes, não me saberia nada bem. Depois, porque não quero pagar um jantar ao meu director. Com a particularidade do seu mau gosto de ser benfiquista.

Como sócio, a minha opinião vai no sentido que Jesualdo chegou ao fim da linha. Depois a minha preferência vai para um treinador estrangeiro. De preferência, este.O futuro o dirá, mas como o futuro está nas mãos de quem mais acerta do que erra, fico mais descansado. Isto é...se ele não for buscar o Paulo Bento.

Se forem verdade essas noticias, então...que seja, rei morto, rei posto, porque no futebol os melhores são sempre os nossos.

Actualizado: Este também era uma boa hipótese.

Haiku

Já é primavera:
Uma colina sem nome
Sob a névoa da manhã.
( Matsuo Bashô)

Do livro que estou a reler, adoro esta parte :

" As pessoas preocupam-se que os filhos brinquem com armas, e que os adolescentes vejam vídeos violentos; temos medo que algum tipo de cultura de violência os domine. Ninguém se importa que os miúdos ouçam milhares – literalmente milhares – de canções sobre corações destroçados e rejeição e dor e tristeza e perda. As pessoas mais infelizes que conheço, romanticamente falando, são as que gostam mais de música pop; e não sei se foi a música pop que provocou essa tristeza, mas sei que eles ouvem canções tristes há mais tempo do que vivem infelizes."

É aquele tipo de coisa que funciona como um verdadeiro reconhecimento da nossa vida. É por isso que digo que se me quiserem conhecer intimamente, então leiam este livro, ainda por cima têm garantidos momentos de diversão e de auto-ironia.
É um dos livros da minha vida, mesmo que não seja literariamente rico, mas divirto-me imenso a lê-lo. E já o devo ter lido e relido 4/5 vezes!

Também adoro o filme, principalmente esta parte que é, para mim, dos melhores pedaços de cinema que vi, ainda por cima com uma música que me diz imenso, o grande Jack Black com a versão de “ Let´s get it on” de Marvin Gaye.




PS: Prometo não repetir muito os posts deste blog com o deste blog. Mas não resisti quando li esta parte.

Blur - DVD " No distance left to run"

Das compras mais obrigatórias no momento

Uma espécie de Haiku ( I )

FIM DE SEMANA

" Sorriso no rosto,
decote generoso-
Nua Primavera."

PS: A partir de hoje, vou começar a mostrar alguns dos meus Haikus que vou escrevendo.

Father & Son

Um diálogo musicado entre um pai e um filho. Uma música que arrepia, um poema que emociona. Fica aqui este bela canção, como forma de homenagem ao meu pai que hoje completa 54 anos.

E agora, um haiku, ou uma espécie de haiku, da minha autoria

" A mão que embala
no sentido belo da vida.
- Parabéns, papá."

Instrumental Life

Sempre desejei ter um blog sobre blues, mas tenho vindo a adiar esse desejo porque cheguei à conclusão que talvez não estivesse tão "dentro" do género como gostaria, para fazer um blog, no mínimo, decente e sem recorrer a lugares-comuns. Além do mais, sempre fui bastante eclético nos gostos musicais, não me dedico apenas a um só género, como devem ter reparado na música que, por vezes, aqui coloco.

Depois, à medida que fui tirando fotografias nos concertos, e vendo outras fotos, quer de profissionais, quer de amadores, juntando ao gosto pela fotografia em geral, criei um fascinio particular nas fotografias sobre música. E achei que um blog sobre, apenas e só, fotografia, quer sejam de concertos, poses, fotogramas, ou até capas de álbuns seria interessante mas...

Por outro lado, sempre desejei escrever sobre música, dar opinião, fazer criticas de álbuns, de livros musicais, por isso, um dia, pensei " e se juntasse tudo isso num só blog ? ".

E foi isso que, nas últimas semanas, tenho vindo a preparar, fixei uma data mentalmente ( no post seguinte perceberão o porquê dessa data), preparei o blog ( se bem que poderão haver algumas alterações ), estava a programar adiantar trabalho preparando posts ( não adianta, gosto de trabalhar com pressão) e a data chegou, por isso achei que é tempo de avançar porque acredito que é na improvisação que trabalho melhor.

Sendo assim, criei um novo blog, apenas e só sobre música, mas que fala sobre tudo em seu redor, de álbuns, de livros, de imagens, de capas de álbuns, de noticias, de desejos, etc, juntando todos esses desejos, tentando ser um pouco diferente do que existe por essa blogosfera.

O blog chama-se " Instrumental Life", e fica aqui. Espero que apreciem.

Do mistério que as pessoas escondem dentro de si

"...talvez seja melhor, muitas vezes, fazer com que o mistério se mantenha em torno de pessoas que conhecemos, sobre as quais formulamos perguntas, e essa ausência de esclarecimento sobre a sua identidade mais profunda levar-nos-á a construir uma imagem que nos fascina muito mais do que a realidade da sua existência".

in " Os passos da cruz" de Nuno Júdice

MESSI

Dá uma certa vaidade ter estado no Estádio quando Messi jogou pela primeira vez na equipa sénior do Barcelona. Foi, por todos os motivos, uma noite para nunca mais esquecer .

Uma Páscoa de bicicleta

Nesta Páscoa, assim como em todo o ano, o apóstolo Falcao nunca me faltou.

Afinal o aviso à navegação, que o blog iria ficar em pause por uns tempos , que aqui esteve durante a manhã, parece que não faz sentido. O pc está bem e recomenda-se. Siga a festa...

Perder-me no caminho
já faz parte da viagem -
contempla as papoilas

( Inahata Teiko )

Sobre Coetzee

Quando é que eu sei que um livro/escritor me marcou muito ?

Quando tenho um período de luto assim que termino de o ler. Não me apetece pegar em livros, durante um certo tempo. Como se fizesse um período de nojo, como quando morre um familiar. No fundo é quase a mesma coisa. O vazio é quase o mesmo. As palavras de alguns escritores preenchem-me de tal forma que, quando elas me faltam, sinto-me perdido. Não consigo libertar-me das suas palavras, como se eu fosse um prisioneiro.

Coetzee entrou para essa galeria restrita de escritores que me aprisionam com as suas palavras.