Versões improváveis ( 5 )

Em publicidade a uma marca de cafés italiana, a Lavazza, Antony Hegarty, acompanhado pela Sinfonietta de Roma, recriou a maravilhosa ária de Puccini, Nessum Dorma. Vindo de quem vem, só poderia dar neste momento mágico



PS: Se a quiserem podem fazer o download aqui.

De como a vida nos vai mudando

" Guardo no fundo da memória o que vi como uma coisa já estranha, que aconteceu a alguém que eu fui e que deixei de ser." João Tordo in " O Livro dos Homens sem Luz"

O Solista

" Por vezes é necessário relembrar o óbvio: se dás força a uma coisa essa coisa fica forte, se impões a força a uma coisa essa coisa fica fraca." Gonçalo M. Tavares aqui

Um filme muito bom, com enormes actores, grandes interpretações e uma verdadeira lição daquele sentimento nobre que é a amizade. E a prova de como a música poderá salvar a vida às pessoas.

A paixão, segundo dizem os entendidos que eu não percebo lá muito disto, pode nascer em qualquer lado, em qualquer esquina, de qualquer maneira.

Hoje estive quase para me sentir apaixonado: a empregada de limpeza do escritório tirou o buço.

Só me ocorre dizer: YES YES YES YES YES YESSSSSSSS

Patrick Watson e Piano Magic no Porto em Dezembro

Evento chama-se Pop Deluxe e acontece a 4 de Dezembro no Teatro Sá da Bandeira, pode a BLITZ adiantar. Piano Magic também em Lisboa.
Patrick Watson, Piano Magic e The Invisible - estes são os protagonistas do evento Pop Deluxe , que acontece no Teatro Sá da Bandeira, no Porto, a 4 de Dezembro, apurou a BLITZ." in site Blitz

Eh pá. Vou ser tão feliz nesse dia.

Versões improváveis ( 4 )

Como não poderia deixar de ser, esta semana, na edição "Versões improváveis" * continuo a homenagear a grande figura, saudosa, de Elliott Smith. Mas, desta vez, esta série vai ser mesmo especial e dividida em duas partes. A primeira é uma versão maravilhosa da sua canção " Clementine" por parte dos The Decemberits, incluída no álbum de homenagem ao músico americano, com o nome de " To: Elliott From: Portland".

A segunda é uma versão do próprio Elliott Smith. A canção escolhida é uma das minhas favoritas de sempre, " Blackbird" dos The Beatles.

* - fica assim, enquanto eu não arranjar um nome melhor .

Não só as coisas acontecem com as pessoas, (...) cada um gera também aquilo que acontece consigo. Gera-o, invoca-o, não deixa de escapar àquilo que tem de acontecer. O homem é assim. Fá-lo, mesmo que saiba e sinta logo, desde o primeiro momento, que tudo o que faz é fatal. O homem e o seu destino seguram-se um ao outro, evocam-se e criam-se mutuamente. Não é verdade que o destino entre cego na nossa vida, não. O destino entra pela porta que nós mesmo abrimos, convidando-o a passar. Não há nenhum ser humano que seja bastante forte e inteligente para desviar com palavras ou com acções o destino fatal que advém, segundo leis irrevogáveis, da sua natureza, do seu carácter.

Sándor Márai, in 'As Velas Ardem Até ao Fim"

Hoje apareceu-me isto à frente, tirado de um livro maravilhoso, lido à imenso tempo. Talvez tenha sido o destino. Vamos lá então construir um destino engraçado. Estão preparados ?

Na segunda-feira, antes de ir ver a Penelope encher o ecrã de cinema com a sua beleza, abri o porta-luvas e peguei, para a curta viagem, num cd ao calhas para ouvir no carro. Apareceu-me Elliott Smith. Hesitei, tentei arrumá-lo diante os outros cd's, tentando escolher um outro, mas algo o empurrava para fora. Dei-me por vencido. Destino ou apenas uma desarrumação no porta-luvas ? Depois de chegar a casa, verifiquei que talvez tenha sido mesmo o destino querendo me relembrar que à, precisamente, 6 anos atrás, a sua voz se calava no mundo dos vivos e passava para a eternidade.

Ver-me ao espelho ( 6 )

" O mais importante é libertar-me dos fantasmas, pois acarreto com as sombras de todas as coisas a que não tive coragem para colocar um fim. Isso reflecte-se, sobretudo, nos meus sonhos: ao contrário da crença habitual, não me parece que os sonhos sejam o espelho dos nossos desejos; cá para mim, acho que os sonhos são o espelho dos nossos horrores, dos nossos piores medos, da vida que poderíamos ter tido se, numa altura ou noutra, não fôssemos incomensuravelmente cobardes." in " As 3 vidas" de João Tordo

Há noticias em que ficamos de tal forma satisfeitos, que quase até parece que a pessoa em causa é algum amigo nosso. No fundo, um escritor também acaba por ser um amigo, o qual recorremos quando necessitamos de algo diferente na nossa vida.

E João Tordo trouxe-me diversão, as respostas certas numa certa altura da minha vida, e trouxe-me um prazer imenso na leitura dos seus dois livros.

Apenas me falta ler o seu primeiro romance, mas neste fim de semana, depois de uma intensa procura de já várias semanas, por uma simples coincidência, veio parar às minhas mãos.

Que este prémio seja o suficiente para que o público abra os olhos para o seu imenso talento.

PS. Podem encontrar as minhas criticas ao livros do João Tordo aqui e aqui. E já agora as primeiras linhas do livro " As 3 vidas", o livro premiado, aqui e uma entrevista chamada de " " João Tordo por João Tordo", numa edição da revista " Ler"

Don´t look back in anger

Agora, todas as 6ªs feiras, são dias de " versões improváveis", na falta de palavras e nos silêncios desta vida, há sempre a música para expressar o que nos vai na alma, por isso vou tentar dar a conhecer, como fiz nas duas semanas anteriores, versões de canções que gosto. Desta vez, esta canção tem a vantagem de estar embrulhada num videoclip delicioso.
Devendra Banhart canta uma das minhas bandas " guilty pleasure" , os Oasis, e uma das canções que mais me marcaram na minha adolescência.

24/11/2009

OBRIGATÓRIO.

Mesmo para quem, como eu,tem quase todos os concertos ao vivo tirados daqui.

Fica aqui um serviço público, as primeiras 8 canções do respectivo disco

Born to be...

Alguém me saberá dizer quem são os candidatos à Junta de Freguesia de Lordelo do Ouro, na cidade do Porto ? É que amanhã tenho de ir votar e não sei quem eles são.

Por falar em Gorillaz, lembram-se deste momento ? Foi dos melhores momentos musicais que já vi na TV . Era daquelas bandas que dava o meu rim direito para os ver ao vivo.

Feel Good Inc.

Mais uma versão " improvável", desta vez são os Editors a interpretarem " Feel Good Inc. " dos Gorillaz.

E quando se é apanhado no meio de um processo kafkaniano o que se faz ? Como se reage ?

"As imagens da memória, depois de fixadas com as palavras, apagam-se - disse Polo. - Talvez eu tenha medo de perder Veneza todo de uma vez, se falar dela. Ou talvez, ao falar de outras cidades, já venha a perdê-la pouco a pouco. " in " As cidades invisíveis " de Italo Calvino

Roubando as palavras do livro de Calvino, diria que dissertar sobre a beleza, sobre a tranquilidade, sobre o sol quente, sobre a comida ( ahhh..nunca comi com tanta satisfação peixinho como nestes dias), sobre as pessoas, sobre o silêncio ( como me faz falta aquele silêncio...) enfim, sobre tudo do Alentejo e do Algarve, seria como roubar as imagens que a minha memória fixou e que quer recordar. De todos os sitios, existem dois, mais do que todos os outros, que deixei ficar a saudade e a promessa de um dia lá voltar, se possível o mais rápido, Vila Nova de Milfontes e Tavira.

Fuga para dentro

Um pouco como um vagabundo à procura de pousio, ou de um animal selvagem à procura do seu destino, é assim que andarei, neste fim-de-semana, pelo Sul de Portugal. Algarve será o destino final, Olhão é o objectivo, Alentejo será um ponto de passagem.
Serão, certamente, dias muito curtos mas saborosos. Segunda-feira estou de regresso, Terça já se trabalha, para depois começar a preparar a nova fase do blog, até lá um bom fim-de-semana para todos.