
Ainda não consegui compreender o porquê de tanto histerismo com o projecto “ Amália hoje”. À uns meses atrás, era moda gostar dos Deolinda, agora é cool gostar deste projecto. Apesar de não gostar do género, reconheço alguma qualidade, e muita “portugalidade” nos Deolinda, agora neste projecto nem reconheço qualquer elemento português nas músicas, nem acho que tenha valor para que as rádios estejam sempre a dar o single. Mas as rádios também estão sempre a dar a mesma coisa...
Quase um poema de amor
Há muito tempo já que não escrevo um poema
De amor.
E é o que eu sei fazer com mais delicadeza!
A nossa natureza
Lusitana
Tem essa humana
Graça
Feiticeira
De tornar de cristal
A mais sentimental
E baça
Bebedeira.
Mas ou seja que vou envelhecendo
E ninguém me deseje apaixonado,
Ou que a antiga paixão
Me mantenha calado
O coração
Num íntimo pudor,
--- Há muito tempo já que não escrevo um poema
De amor
Miguel Torga


casamento VIP) Miss Polly Jean Harvey, agora partilhando os créditos com, o excelente músico diga-se, Mr. John Parish, além dos fabulosos companheiros de estrada, com destaque para o irrequieto baterista, mostrou o seu outro lado.
descalça, o seu corpo frágil pelo palco fora, que sorri inocentemente, que brinca com a sua voz...e que voz, ou melhor, que vozes que habitam dentro de si ! Ora num registo doce, ora em falsete, ora num registo mais grave, ora num registo mais duro (aquele o qual mais nos habituamos a vê-la/ouvi-la), a voz de PJ Harvey encontrou o espaço certo para originar momentos de pura beleza.
quase outonal, que encanta. Se quiserem ver alguma coisa vejam através deste link*, porque, ou muito me engano, ou não haverá vídeos espalhados no Youtube e afins, este público era bem educadinho. Quanto ao espaço em si, posso dizer que fiquei encantado com a Casa da Música, a cidade deve-se orgulhar do espaço e do prestigio que já alcançou nessa Europa fora ( havia muita malta estrangeira ) e que, contrariamente ao que ouvi aí, penso que a acústica esteve excelente, talvez tenha sido do lugar onde estive, não sei. Ficarei à espera do seu regresso, agora a solo, seja num registo rock duro ou mais intimista, mas um concerto da PJ Harvey valerá sempre a pena.
