30 de dezembro de 2005



Está na hora...
Na hora de mudar
De sorrir, de chorar
Está na hora...
Contamos os minutos apressadamente
A vida corre á nossa frente
Vamos ! Juntos...está na hora...
Com as mãos dadas, com os lábios colados
Com os corpos atados á loucura de viver
Está na hora...o nosso mundo não pode morrer...

BOM ANO NOVO 2006


29 de dezembro de 2005

2005 balançado ( IV )
Cinema
Foi o ano de Clint Eastwood. Na minha opinião, " Millian Dollar Baby" foi o melhor filme que vi em 2005 e um dos melhores de sempre.
Desde a história até ao elenco, é um filme perfeito, vi-o em DVD e adorei-o, as interpretações fabulosas de Eastwood e da Hillary Swank.
Perdi os filmes de Tim Burton ( "Charlie e a fábrica da Chocolate" irei ver em DVD e " A Noiva Cadáver" não irei perder no cinema ), e Ingmar Bergman ( " Saraband está na minha lista de compras de DVD's ), entre outros, mas certamente que nenhum foi melhor do que " Million Dollar Baby "...ou não ?
Expectativas para 2006 : " Munique " de Spielberg ; " Código da Vinci " com Tom Hanks e Andrey Tattou; o génio de Woody Allen juntamente com a deusa Scarlett Johansson, qualquer do Tim Burton e Emir Kusturica a filmar a vida de Maradona

28 de dezembro de 2005

2005 balançado ( III )

Livros

É –me muito difícil escolher os livros do ano porque não leio por ordem de saída, nem sou critico literário, leio ou por impulso, ou porque tiveram boas críticas, ou pela capa, ou porque alguém me aconselha, ou leio até clássicos, por isso vou reflectir pelos livros que li em 2005.
Foi um ano onde me encantei por Richard Zimler, um escritor judeu americano a viver na cidade do Porto , os seus livros são poemas em prosa com uma delicadeza e beleza imensa.
Também foi o ano onde li a obra de Chico Buarque, esse grande autor brasileiro, “ Budapeste “ foi dos melhores livros que li, relendo-o num espaço de 1 mês porque fiquei extremamente encantado com a história.
Foi o ano em que me apaixonei por livros históricos, onde li pela 1º vez José Saramago, foi o ano que ainda não li Dan Brown , ano que descobri José Luís Peixoto e Fernando Campos, li quase todas as obras de Irvine Welsh, ano das biografias ( a biografia romanceada de Bob Dylan foi a que mais deu prazer de ler ), enfim foi um ano onde devorei muito e boa literatura.
Em 2006, espero mais livros de Richard Zimler, espero começar a ler Gonçalo M. Tavares , quero ler mais livros históricos mas sem ser imitações do “ Código da Vinci “ ( irei tentar lê-lo no próximo ano !!! ), mais biografias de músicos e actores ( espero uma biografia de Charlie Chaplin, quem quer fazer uma biografia séria deste génio do cinema ), quero ler mais Pablo Neruda e ler “ Biografia do filme “ uma enciclopédia histórica de cinema.

Melhor Livro que li em 2005 : 1º “ Meia Noite ou o Principio do Mundo “ de Richard Zimler ; 2º “ Uma noite na escuridão “ de José Luís Peixoto ( um livro já antigo mas que descobri este ano ) ; 3º “ Crónicas “ de Bob Dylan

Menções Honrosas : “ As Intermitências da Morte “ de José Saramago,Goa, ou o Guardião de Aurora “ de Richard Zimler; “, “ O Confessor “ de Daniel Silva ( comecei agora a ler e já me está a viciar ( good choice, Carlota ) )

Livro que durou 2005 e vai durar 2006 : “ O Livro do Desassossego “ de Fernando Pessoa

Livros de 2005 que quero ler em 2006 : “ O Padrinho – O Regresso “ de Mark Winegarder, “ Codex 632 “ de José Rodrigues dos Santos e os livros publicados de Gonçalo M. Tavares.

Colecção a observar : “ E agora algo completamente diferente “...livros da Gradiva de humoristas, já li o do Seinfeld e Woody Allen, falta-me John Stewart e “ Cartas de um loucode Ted Nancy

Clássicos a ler em 2006 : “ As vinhas da ira “ de Steinbeck e “ O Padrinho “ de Mário Puzzo
A comprar brevemente : “ A lenda de Martim Regos “ de Pedro Canais e “ Biografia de um filme

27 de dezembro de 2005

2005 balançado (II )
Televisão / DVD
2005 foi o ano das séries televisivas, séries essas que reeditadas em DVD foram um sucesso excelente. Foi o ano do sucesso de séries como “ Os Sopranos “, “ 7 Palmos de Terra“, “ 24 “ , “ Seinfeld “ ou, principalmente, “ CSI “, entre muitas outras e de reedições de filmes e séries antigas para matarmos as saudades.
Algumas das nossas televisões deram estas séries, e aí destaca-se a RTP 2, o AXN ( o melhor canal televisivo de 2005 ) e a Sic Comédia onde cada uma delas nos deu horas e horas de prazer á frente do pequeno ecrã. Prazer esse que se desvanece cada vez mais, olhando à péssima programação que existe nos canais generalistas.
“ Reality Shows” de 5ª categoria ( ainda existe alguém com paciência para aquilo ? ), telejornais com duração entre 1:30 h e 2 horas ( se dermos uma vista de olhos pelos canais estrangeiros verificámos que os mesmos têm duração de 30 a 50 minutos ), falta de series de categoria a horas próprias, filmes repetidos 3 ou 4 vezes por ano, falta de um grande “talk-show “ ( vê-se “Conan O’ Brien “ ou “ Jay Leno “ na Sic Comédia para desenjoar ), de um grande programa de humor ( os “ Gato Fedorento “ na RTP é uma boa notícia, vamos a ver a que horas os programas deles passam... ), enfim, valha-nos a TVCabo para ver boas coisas.
Comprar as séries em DVD também é uma excelente ideia, o pior é mesmo o preço, para em momentos de aborrecimento possamos ver alguma coisa interessante na nossa televisão.
Este ano destaco “ CSI “, foi a série que mais me entusiasmou, tenho quase toda a série, apaixonei-me pelas histórias, pelo elenco, pelas coisas que aprendo, por tudo. O curioso é que “ CSI Miami “ não me agrada tanto como o Las Vegas, acho que o elenco é mais “ plástico”, não é tão natural, além do mais a beleza de Jorja Fox ( Sara Sidle ) e Marg Helgenberger ( Catherine ) ou a genialidade de William Peterson ( Gil Grissom ) fazem muita falta .
Destaco também “ Seinfeld “ a melhor série de humor que já vi, uma série que passava ás 2 horas da madrugada na TVI e fazia-me estar levantado até essas horas, agora está em horas decentes na Sic Comédia.
Quanto ao ano de 2006 as expectativas é que as televisões melhorem a sua programação ( força Penim estou contigo !! ) e que o povo português seja educado com coisas que possam aprender e não “ entretido “ com coisas ignorantes.

Melhor Série : 1º- “ CSI “ ( AXN e SIC ) 2º - “ Seinfield “ ( Sic Comédia ) 3º “ 24 “ ( RTP 2 )

Menção Honrosa : “ Daily Show with John Stewart “ ( Sic Radical, que saudades ), e programas de Nuno Markl e Gato Fedorento

Melhor personagem : Kramer da série “ Seinfeld “ 2º Gill Grissom da série “ CSI ” 3º - “ Elaine “ da série “ Seinfield "


Melhor DVD Musical: 1º “ No Direction Home “ Bob Dylan; 2º “ Live 8 “; 3º “ Franz Ferdinand " dos Franz Ferdinand

26 de dezembro de 2005

2005 balançado ( I )
Depois do Natal é tempo de reflexão e de consagração para aqueles que se destacaram durante o ano que agora finda. Eis algumas minhas reflexões, começmos pela Música

Foi o ano dos Arcade Fire, essa é uma única conclusão que muitos críticos musicais chegaram aquando da publicação dos seus balanços musicais num ano onde o rock voltou em força a dançar-se nas pistas de dança, onde o interesse pelo folk foi reavivado atrvés de nomes tão diversos como Devendra Banhart, Joanna Newson, CocoRosie, Iron & Wine, entre muitos outros, e onde o hip-hop e passou a ser moda .
Foi o ano da expansão dos MP3, até eu não resisti e comprei um, ano do Live 8, ano dos songwritters, dos DVD’s musicais, o ano dos grandes concertos e festivais em Portugal, e o ano em que a música portuguesa vendeu mais do que o habitual, embora não quer dizer que vendeu mais qualidade do que o habitual.
Quanto ao ano de 2006 e ao que esperamos dele em termos musicais, esperamos, essencialmente, um grande regresso dos Radiohead, o regresso da sempre linda Fionna Apple, um grande 3º albúm dos The Strokes, a continuação dos sucessos de 2005 dos Arcade Fire, Franz Ferninand, Kaiser Chiefs, grandes concertos para Portugal e não só Rolling Stones ou Rock in Rio.

Melhor Album: 1º “ Funeral dos Arcade Fire; 2º “ I am a Bird Now “ Antony and the Johnsons ; 3º - “ You could have it so much better “ Franz Ferdinand
Menções Honrosas : “ Takk “ dos Sigur Ros , “ Employment “ dos Kaiser Chiefs e “ The Secret Migration “ dos Mercury Rev

Melhor Álbum Nacional : 1º “ Our hearts will beat as one “ David Fonseca ,2º “ Twice the humbling SunOld Jerusalem; 3º “ Rocky Grouns, Big SkyThe Unplayable Sofa Guitar

Nomes de 2005 para ouvir/ descobrir em 2006 : Bright Eyes, Laura Veirs, Animal Collective, Andrew Bird, Richard Swift, Colleen .

23 de dezembro de 2005

FELIZ NATAL
Desejo a todos um Feliz Natal, recheado com muita saúde, paz, amor e muitas prendas.

21 de dezembro de 2005

Arcade Fire : 2005 foi deles
Este ano na sempre questionável, mas curiosa, divulgação dos melhores do ano pelas revistas, sites e blogs especializadas em música houve , quase, uma unanimidade, sempre perigosa, mas muito justa : os Arcade Fire foram “a “ banda de 2005 e o seu álbum “ Funeral “ foi , sem margem para dúvidas, “ o “ álbum deste ano que está quase a findar.
Aliás este álbum vai ser um daqueles que raramente se esquecerá e que por muitos anos ficará na história da música e na memória daqueles que o ouviram.
Comprei o CD com uma curiosidade imensa devido aos fartos elogios que a imprensa especializada debitava, além do mais, não era só a imprensa que os endeusavam , outros músicos com destaque especial para David Bowie, o 1º músico a clamar atenção para o álbum e Bono Vox, cuja música “ Wake Up “ era a introdução de todos os concertos dos U2, foram também um dos grandes impulsionadores para que este álbum tenha tido toda atenção que merecia.
“ Funeral “ é um álbum inovador, a sua beleza vem da sua música teatralizada, do seu romantismo, das suas imagens, das suas palavras, de um imensidão bela que encanta quem ouve !
Certamente, foi a descoberta que deu mais prazer neste ano e a banda que mais ouvi num ano recheado de boas recordações musicais.

19 de dezembro de 2005


As flores do mestre Murray

Ontem fui ao ver o último filme em que entra Bill Murray, esse grande actor que parece o nosso tio mais velho sempre charmoso e encantador, e passei um boa tarde de cinema.

" Broken Flowers - Flores Partidas " poderia ser um capítulo de " Lost in Translation ", embora seja um filme mais chato, no sentido de ser um filme mais passivo, mas é um filme onde o nosso sorriso está sempre a acompanhar as cenas mirabolantes de um Murray, talvez, no topo da sua forma .

É claro que a deusa Scarlett Johansson também faz falta e Murray "carrega" o filme todo nos ombros, mas faz com uma genialidade e um á-vontade impressionante, só comparando ao seu á-vontade em usar um fato de treino "Fred Perry" passeando e vivendo numa vivenda luxuosa .

O filme é um bom filme para ver, mas com calma, ás vezes a seca aparece e os bocejos também, tem ainda uma excelente banda-sonora, com música africana, vale a pena vê-lo, nem que seja por causa de um actor em que crescemos a sonhar com ele em " Ghostbuster's " e agora é um dos actores de cinema onde essa mesma geração o consagrou.

14 de dezembro de 2005

«É uma brincadeira de crianças — disse o senhor Kraus. Quando o político nos fala do céu, e aponta o dedo para o alto dizendo, vêem?, é aí, nesse momento, que devemos olhar atentamente para os objectos que ele guarda na cave.»

Esta citação é do último livro de Gonçalo M. Tavares ," O Senhor Kraus " , e a 1 mês de, mais , umas eleições dá que reflectir... e para pôr na lista do Pai Natal também .

9 de dezembro de 2005



Um grupo viciante

O grupo rock escocês Franz Ferdinand, provavelmente, deve fazer a música mais viciante deste principío de século !

Depois de um ano em que foram reis e senhores de uma industría sempre ávida de " next big things ", o ano de 2005 foi um ano de confirmação do valor da música que este grupo cria com a edição do seu 2º albúm de uma carreira que tem tudo para ser recheada de " hits" sempre cantaroláveis e sempre bons de ouvir.

O novo albúm, " You could have it so much better ", vem trazer á luz " mais do mesmo", ou seja, é quase uma repetição do 1º albúm homónimo que a a banda lançou, brilhantemente, em 2004, mas ninguém leva a mal porque esse " mais do mesmo " é um mesmo que agrada aos ouvidos, que dá vontade de balançar os corpos, e é, acima de tudo, um albúm que vicia sem efeitos secundários.

É um disco que dá para ouvir em todos os lados, na estrada, na rua, em casa, ou, porque não, num disco/bar perto de si, certamente que se está a ouvir música divertida, alegre, mas, acima de tudo, muito boa música.

PS: Além deste álbum os Franz Ferdinand aproveitaram a onda e lançaram um DVD musical com concertos ao vivo que mostra a energia, a coesão e a força deste fantástico grupo. Aconselhável a todos que acreditam no Pai Natal !

PS2 : Se ouvirem no autocarro um telemóvel a tocar com músicas dos Franz Ferdinand vão ter com o dono do telemóvel..provavelmente, serei eu...